[ Evento

ícone : Mensagens : 400 Data de inscrição : 03/10/2020

Muitos temem a guerra e o calor da batalha, queimando a alma dos vivos e marcando a terra com o fogo da violência. Mas aquela era uma guerra singular. Única em sua essência. Trazia consigo um inimigo comum entre ambos os lados, um que não se cansava após uma investida, que não se ajoelhava perante a morte e nem mesmo temia o aço mortal. Era o frio. A ventania do norte do País lhe trazia a todo tempo, abrasando como se fogo fosse a pele das sentinelas estacionada sobre as ameias da grande muralha de gelo. E como queimava o frio... como penetrava e enchia o corpo dos homens; com o tempo, estavam tão cheios que o corpo tornava-se dormente, pesado, e não sobravam forças para que lutasse contra ele. De certo, não havia inimigo pior do que o frio, contra quem nem mesmo se tinha forças para lutar.

Mas talvez aquele não fosse o inimigo mais assustador às vésperas da guerra. Da esmagadora maioria dos soldados, pouquíssimos conseguiram pegar no sono. E como poderiam? Talvez aquela fosse a última das suas noites. Em poucas horas, talvez seus corações finalmente experimentassem a frieza do aço temperado, explodindo em sangue e deixando vazar para fora a vida em seus corpos. Era um momento de medo, onde a vontade dos mais bravos titubeava e os heróis se afugentavam sobre a neve.

Mas mesmo assim, o destacamento de soldados rumou às muralhas no crepúsculo da manhã, quando o fraco brilho do sol escalava o interior das montanhas a quilômetros dali. Reuniram-se todos em seus próprios esquadrões, centenas deles, cada um composto por um número substancial de ninjas. Sob o comando da trindade entre Genryuu, Himari e Ren Yuki, cada uma daquelas pequenas unidades tinha a sua importância, o seu papel a ser preenchido no campo de batalha.

Mas por muito tempo, o exército encarou a maré mansa da encosta, sem navios, ninjas ou tsunamis de chakra projetadas contra a grande muralha que cercava o País da Geada. Tirando as vozes dos milhares de defensores, aquele era um silêncio ensurdecedor, quase... demoniaco. Como se esperassem por coisa nenhuma. O alívio em seus corações pareceu brotar como uma flor singular, aos poucos desabrochando e dando seus primeiros frutos, mas tudo isso foi levado com o vento quando a primeira silhueta shinobi surgiu em meio ao nevoeiro que a poucos instantes se instalara sobre o mar. Aos poucos, mais deles foram surgindo, aquela pequena mancha negra se tornando um grande tom de preto sobre a praia.

Como um dos esquadrões em patrulha nas ameias da muralha, Keitaro, Sariel, Susume e Daisuke, bem como seu esquadrão, foram um dos primeiros esquadrões a observar a chegada do exército inimigo. No entanto, diferentemente do que outros jovens do seu esquadrão conjecturaram que poderiam ver, não havia nenhum sinal de Zetsubo Hoshigaki. O paradeiro da grande Sombra da Água era uma incógnita, ainda que fosse ele o personagem principal da sangrenta história de terror que seria escrita naquela praia.

Esse é o tópico oficial do evento mundial A Guerra do Inverno. A postagem neste tópico só é permitida ao narrador e aos participantes do evento, lê-se aqueles inscritos neste tópico.

Para fins de permissão de postagem de treinamentos e afins, fixa-se a máxima de que este tópico servirá como a Narrativa do presente dos jogadores em questão de cronologia. Dito isso, missões e outras formas de sistemas que devem ser executados no tempo presente ficarão bloqueados aos participantes até a finalização do evento. RPs, treinamentos e afins no passado ainda podem ser realizados, ainda que seus ganhos de poder e conhecimento de habilidades não serão computados ao que estiver ocorrendo aqui.

A ordem de postagem é uma só e ela será estabelecida de acordo com esse primeiro turno. Os jogadores são livres para decidir entre si como será organizada essa ordem de postagem. O narrador, obviamente, postará após todos os jogadores, encerrando o turno. O primeiro turno contará com 72 horas para todos os jogadores postarem neste tópico e aqueles que assim não o fizerem serão desclassificados do evento.

Após o primeiro turno, o W.O de cada um dos jogadores será de 24 horas. A perda do tempo de postagem, se não justificada, implicará aos jogadores infratores a penalidade de dano grave (100% da efetividade do golpe) caso tenham sido atacados e, caso não tenham, outras penalidades poderão ser aplicadas.

Será dada permissão aos jogadores para que participem de um Chat-Privado no Discord para que tirem dúvidas, justifiquem a demora na postagem, interajam sobre o evento ou coisas do tipo. Neste chat estarão presentes os Administradores Suzue e Isabel.

Não se preocupem com modificadores. O evento foi feito para que desfrutem dele ao máximo sem que o Grind realizado seja um ponto divisor de águas. Vocês são livres para narrar observar a chegada dos soldados ou interagir entre si neste turno. Saibam das seguintes informações: fora vocês quatro, outros seis fazem parte desta unidade cuja responsabilidade é guarnecer o topo da grande muralha de gelo moldada pelos guerreiros da Geada. Entre esses outros seis, um é o Jonin-Capitão da unidade. Sariel e Keitaro são os sub-tenentes do esquadrão.

Boa sorte e divirtam-se. <3

Soldados de Kiri: 30000/30000
Soldados Defensores: 42000/42000

ícone : Mensagens : 345 Data de inscrição : 27/11/2020

Who Am I?

All of these lines across my face, Tell you the story of who I am

Essa última semana havia sido uma correria, tão bagunçada quanto meus pensamentos. Aproveitei cada segundo ao lado de Hina, de alguma maneira eu tinha encontrado uma maneira de perdoá-la, talvez todas suas mentiras houvessem sido necessárias, pelo menos era o que eu precisava acreditar, pois quem sabe eu sequer retornasse da guerra. No entanto, mesmo estando com Hina, meus pensamentos permaneciam voltados a Keitaro.

Eu sentia sua falta, mas não uma falta física, em nossa última missão ele estava distante, como se o pouco tempo que havíamos passado longe houvesse mudado o que tínhamos. Eu tentei falar com ele, pelo menos pensei, até mesmo escrevi uma carta boba que preferi jogar fora depois. Eu não sabia o que tinha acontecido, e de certa forma não podia pressioná-lo naquele momento, estávamos próximo a encarar uma guerra, não podia agir de maneira oposto a isso.

Na manhã da partida eu fui surpreendido com uma carta, era de Kira. Nela ele me parabenizava pela graduação, dizendo que sabia que eu iria retornar, pois em anos como um jounin, eu havia sido o primeiro que ele tinha ensinado. Por fim, em meio a palavras confusas, ele deixou suas desculpas, esclarecendo que manteria tudo em segredo, se fosse o que eu desejasse. Sinceramente, pouco havia o que pensar sobre a carta, apenas a joguei em minha cama, partindo em minha viagem.

Viajamos juntos, Keitaro e eu. Dessa vez, era palpável o clima estranho que havia ficado, poucas palavras haviam sido trocadas, e as menores tentativas de interações logo se acabavam. De certa forma, ambos tentavam, de sua maneira, mas havíamos perdido aquela mágica facilidade de se abrir um ao outro.

...

Era inegável que os dias com Kira haviam me preparado aquele momento. Tamanho era frio acima daquela muralha. Estávamos em dez, Keitaro em meu lado direito e Susume em meu lado esquerdo, ao lado de Susume, um amigo dele, mais reservado. — Que frio, né? — tentava quebrar o gelo, mesmo que de maneira falha.

Por alguns segundos encarei Keitaro, as palavras ainda estavam lá, guardadas e acorrentadas em meus pensamentos, mas elas queriam sair, lutavam contra o receio em meu peito, mas antes que qualquer coisa fosse dita, as sombras surgiram na névoa, e aos poucos os inimigos começavam a se aproximar, a guerra havia começado.

Em um impulso, segurei sua mão, encarando-o mais uma vez. — Por favor... não morra. — tudo o que precisava ser dito era resumido naquela frase, o suficiente para expressar tudo o que ainda estava guardado em meu peito. Por mais que ainda estivesse mais aliviado, a insegurança daquela guerra ainda me acompanhava.

— Sinceramente... eu vou precisar de uma semana de descanso quando voltarmos a Kumogakure... — dessa vez não era apenas uma tentativa de quebrar o gelo, mas sim de lembrar a todos que ainda tínhamos um lar para retornar.

Considerações:

Uchiha Sariel

600/600

700/700

─ Hye Ri

ícone : Mensagens : 452 Data de inscrição : 06/10/2020

a guerra do inverno

A minha vida mudou consideravelmente no dia em que decidi escolher seguir a carreira ninja, se é que eu possa ver isso como uma escolha, dada a irrelevância da opinião do meu eu do passado sobre determinada questão. Diante de um momento histórico como a guerra que está prestes a acontecer, eu não consegui fugir de indagações completamente plausíveis àqueles que se tornaram um Shinobi sem um motivo claro: Por que eu luto? Não sou patriota o suficiente para querer proteger meu vilarejo, nem mesmo mercenário o suficiente para me mover pelo deleite do contentamento da fortuna. Então qual o motivo que me instiga a travar a batalha de outrem? Estou realmente satisfeito sendo o peão de um jogo sobre o qual não tenho o mínimo controle? Um ninja, realmente, possui algum grau de liberdade, mesmo que mínimo?

Há um turbilhão de problemas se formando rapidamente entre os pensamentos, em uma sinfonia desordenada envolvendo dúvida, arrependimento e confusão. Eu tinha noção de que não deveria ir para o campo de batalha com tantas dúvidas e receios, e por isso me mantive recluso em meu quarto após a graduação. Não havia espaço para treinamento; Nem mesmo para conversas ou diversão; Não havia espaço para pensar nele... Nem mesmo em nós.

Quando o dia mais aguardado chegou, eu ainda não me sentia completamente preparado. Haviam muitas questões que só poderiam ser solucionadas por Ren, e sua ausência prolongada fodia completamente qualquer resquício são que ainda detinha. Eu marchei à guerra sem ver meu irmão, sem nem mesmo saber se ele estava bem após todos os últimos acontecimentos. Fui obrigado a estufar o peito e manter a postura, mesmo que internamente o caos fosse o mais imponente regente.

Diante do clima mais inóspito que havia presenciado, o vislumbre do maior monstro que encontrara até então começava a se fazer presente no horizonte. Talvez somente nesse momento eu comecei a entender a verdadeira magnitude daquela batalha, a marcha do exército inimigo pesava o clima, e uma desconfortável tensão pairou sobre o ar. Face a face com o que poderia ser minha morte, somente a figura de Sariel, juntamente ao seu toque, conseguia me trazer uma sensação mínima de paz e conforto. — Nós não iremos morrer aqui! — Respondi, exercendo um pouco mais de força contra sua mão, ainda em dúvida se estava tentando convencer a ele ou a mim.

Keitaro: 550/550 HP :: 825/900 CH

Considerações:

ícone : Mensagens : 106 Data de inscrição : 20/06/2022

Inverno - País da Geada

Eu costumava achar que o inverno de Kumogakure era rígido, o vento por dentre as altas montanhas sibilam por velocidades exorbitantes nessa estação, carregados por uma sensação gélida que é capaz de cortar a pele de qualquer um que não esteja preparado. Com o tempo, você acaba se acostumando, mas aqui no país da Geada o clima era tão mais perverso que fazia os ventos de Kumo parecerem uma leve brisa de verão. No topo daquela muralha gélida, observando o mar, eu estava me esforçando para me habituar as condições atuais da situação. Mesmo com tantas roupas, o vento me atravessava e enchia meu sobretudo com pequenos cristais de gelo que faziam todo meu corpo tremular com a temperatura baixa. Ficar longe de uma fogueira por mais de cinco minutos me dava a impressão de que meu corpo se transformaria rapidamente em um cubo de gelo. Respirando fundo, eu procurava me concentrar ao máximo, afinal, em um cenário de guerra, a lívida tensão entre todos era apenas um indicativo de uma bomba com pavio aceso, prestes a explodir e envolver todos ali presentes, mas ninguém sabia a que momento.

O esquadrão responsável por esta ala não era muito pequeno, muitos ninjas preparados, Keitaro e Sariel inclusos, além de ninjas de patente mais alta, sendo o chefe do nosso esquadrão um Jonin. Em situações normais, estariam todos provavelmente conversando, discutindo estratégias e entre outros, porém a tensão era palpável, quase como se a gravidade no ambiente fosse vezes maior e pudesse pressionar nosso corpos contra o solo, injetando uma sensação de angústia combinada a ansiedade que já me era familiar, mas se tornava ainda mais insuportável nesse contexto. Aqui, ao menor descuido, eu poderia perder minha vida, e a incessante necessidade de manter o foco ao meu arredor era exaustiva.

O silêncio e a expressão fechada de todos dava pouco espaço para interações. Mergulhei em meus pensamentos e refleti por um momento, que eu não tinha por quem lutar. Desde a academia, me distanciei muito da minha família e passei a viver uma vida solitária, dentro do meu próprio mundo. Por um momento, me questionei se haviam de fato motivos para que eu lutasse tão avidamente por motivos que nem sequer me afetavam de forma direta. Eu estaria pondo minha vida em risco a troco de que, exatamente? Nesse ponto, eu já havia chego na conclusão de que a coisa mais importante para mim mesmo, sou eu, e eu estava me arriscando sabendo que não me importava com nada daquela baboseira política. Keitaro e Sariel certamente me davam motivos para lutar, visto que devo muito das coisas que aprendi a eles, e devotos de Kumogakure como são, ficariam decepcionados se por um acaso eu decidisse não vir. E eu parecia certo da minha decisão, admito, mas sentir a situação na pele me trouxe dúvidas imediatas. Agora, eu estava incerto, de face para o desconhecido, e mergulhado no caos da ansiedade.

Meus devaneios foram interrompidos por Sariel que comentava algo do clima gélido ao passar pelo meu lado, um lembrete que fez eu me agarrar ainda mais no meu sobretudo na esperança de me aquecer, nem que fosse mais um pouco. Os meus olhos fitavam a praia onde o mar encontrava a areia, e no horizonte, o mais denso ecoar de névoa se fazia presente. Dela, aos poucos, pequenos pontos pretos emergiam de forma rápida, se aproximando da encosta a medida que tomavam forma de navios, dos mais variados tipos e tamanho.

- Começou. - Meu semblante fechou enquanto meu coração disparava. A óbvia descarga de adrenalina fez meus olhos brilharem com meu Chakra azul-violeta. - Se prepare, Daisuke. - Eu disse, olhando diretamente para ele.

Fui até a borda da muralha e me posicionei ao lado de Sariel e Keitaro, que observavam de mãos dadas a aproximação da frota inimiga.

- Vou dar o meu melhor, prometo não desapontar vocês. - O medo me subjugava, e mesmo que de forma meio torta, eu procurava acolhimento na figura de mestre que eu havia espelhado em Keitaro desde que ele me ensinará. Encarei mais uma vez a encosta, observando o prelúdio do banho de sangue que aconteceria ali naquela praia, provavelmente em instantes.

Nara Susume | HP: 250/250 | CH: 550/550

Observações:

ícone : Mensagens : 37 Data de inscrição : 16/06/2022

Evento

A Genin in The Village Hidden in The Clouds

Disfrutando do pequeno momento de sossegado antes que a confusão começasse, Daisuke fazia o que muitos shinobis no seu lugar também fariam e limitou-se a olhar para o horizonte pintado de branco que componha o país da geada. De todos os presentes, Susume era o único que conhecia mais ao menos bem visto que já tinha treinado com ele antes. Os restantes eram apenas membros da aldeia que o genin conhecia por reputação e pelos seus estatutos, mas fora isso não havia muito que ele pudesse deduzir e parte dele não queria perturbar a concentração de ninguém com perguntas desnecessárias.

Do topo da sua parede, Daisuke aproximar-se-ia da extremidade da muralha após o chamamento do seu companheiro de Vila e tal como os outros ninjas, observava sinais da eventual chegada das forças inimigas. Parte dele gostava de ter tido mais tempo para treinar e melhorar as suas habilidades, mas em tempo de guerra não havia a possibilidade esperar e rezar que as coisas aparecessem milagrosamente resolvidas. Cerrando os punhos, o Genin iria respirar fundo e deixar que as fichas caíssem a seu favor.

HP: 325/325

CHK: 200/200

Level: 05

Daisuke's Character Sheet

ícone : Mensagens : 400 Data de inscrição : 03/10/2020

De longe era possível avisar uma núvem de sombras e trevas se assomando do campo de batalha.

As hordas de Kirigakure no Sato aderiram a uma rígida formação de centenas de fileiras, cada uma delas contando com aproximadamente cem soldados. Na medida em que suas silhuetas destacavam-se da névoa sobre o mar, marchando incansavelmente através do mar e penetrando na praia que dividia o território dos exércitos, demonstravam uma característica que lhes diferia dramaticamente das tropas defensoras: a organização. Kirigakure no Sato era um exército único, formado por irmãos, amigos e aliados. As tropas de defesa, por outro lado, contavam com desconhecidos, homens e mulheres que outrora atentaram contra a vida um dos outros. Aquilo traduzido ao ambiente de batalha se mostrava na maneira como aqueles milhares de invasores marchavam em perfeita harmonia, cada um deles convencido dos seus objetivos e protegidos pelos irmãos que lhes envolvia na formação.

Era temeroso aos olhos dos defensores.

Ainda assim, teriam de ultrapassar uma massiva barreira de gelo erguida ao longo de muitos meses pelos melhores usuários das artes gélidas do País da Geada, e isso certamente não poderia ser feito escalando. Se assim o fizessem, as muitas unidades sobre a muralha lhes reduziria em milhares em poucas investidas. Além disso, fazendo parte da fronte de batalha principal estava um grande exército composto por ninjas da folha e da geada, numa formação através da praia que mais lembrava uma rede, pronta para envolver-se no exército inimigo e interromper sua investida. Mas a tempestade se aproximava a passos rápidos, evocando serpentes de trovão que rasgavam as nuvens em um misto de fúria e selvageria.

De repente, a névoa tremeluziu e se afastou na região do mar, de uma maneira tão inatural que não seria difícil assumir que tratava-se de um feito shinobi. Através dela seria possível observa a presença de quinze navios de Kirigakure, mais próximos da praia em relação àqueles que trouxeram os invasores, carregando cada um uma espécie de dispositivo tecnológico similar a um canhão.

E frente aquilo, os generais das frontes de defesa nem mesmo puderam reformular sua estratégia. Iluminando o céu com uma multiplicidade de brilhos de colorações distintas, os canhões dispararam. As rajadas energéticas subiram através do céu, tomando espaço em meio ao firmamento como se fossem fogos de artifício. De súbito, os disparos se espalharam, dançaram como uma chuva caótica sobre os soldados na praia, e o som das explosões passou a enfeitar o ambiente tal como os gritos dos soldados na praia.

De sua posição privilegiada sobre a muralha, a unidade de Keitaro e Sariel teria a atenção voltada ao conflito que se instalara na praia. Em vez de meramente perfurar através das defesas defensoras, os soldados de Kirigakure aguardaram ainda sobre a água, completamente inertes enquanto seus adversários recebiam a punição dos céus.

A chuva divina varreu muitos do campo de batalha antes que algo fosse feito a respeito. Mas os defensores eram igualmente hábeis shinobi, e não tardaram à responder diante da ofensiva. De repente, milhares de formações elementais pincelaram o céu da praia, formando barreiras energéticas de cada um dos elementos primários. Na medida em que parte do contingente shinobi se ocupava com a defesa, as centenas de outras unidades avançaram contra os invasores, lhes engolindo em um conflito que só pode ser descrito pelas palavras sangrento e barbárie. As águas outrora cristalinas da encosta da geada em instantes macularam-se de um profundo vermelho. Os corpos dos mortos passaram a afundar sobre a água na medida em que explosões energéticas dilaceravam o corpo dos desafortunados. Ainda assim, parecia haver uma certa desvantagem em relação aos defensores, uma vez que parte dos seus shinobi era obrigada a manter sua defensa frente ao ataque dos canhões.

— Precisamos dar um jeito naqueles canhões ou nossos companheiros lá embaixo serão exterminados. — Kakegurui, o Jonin comandante, pontou sabiamente. — Keitaro, Sariel, eu preciso liderar outras duas unidades aqui encima e não podemos nos dar ao luxo de abandonar nossa posição. Quero que vocês dois se reunam a Susume e Daisuke em um movimento furtivo diretamente contra os barcos, contornando o campo de batalha e lhes atacando por trás. A furtividade será importante aqui, estejam preparados. Se conseguirem destruir os canhões, poderemos virar o rumo da batalha. Vão! — O comandante bradou, antes que voltasse sua atenção às outras unidades sob seu comando. A elas ordenou que auxiliassem os shinobi em terra disparando ataques de precisão contra eles, de maneira a dar algum auxílio aos soldados em terra. Ainda assim, sabia que aquilo era uma tarefa momentânea e que tudo dependeria do sucesso da unidade de Keitaro e Sariel.

Esse é o tópico oficial do evento mundial A Guerra do Inverno. A postagem neste tópico só é permitida ao narrador e aos participantes do evento, lê-se aqueles inscritos neste tópico.

À partir de agora, cada um dos participantes terá 24 horas para postarem de acordo com a ordem estabelecida por vocês neste primeiro turno. Peço encarecidamente que respeitem esse prazo e caso não possam postar no prazo, comuniquem previamente em nosso chat-privado no Discord para que tenhamos ciência.

Creio que a postagem seja autoexplicativa, mas vou dar um resumo. A névoa se dissipou um pouco na região do mar e vocês puderam ver diversos barcos com canhões enormes disparando uma chuva de tiros de energia contra os soldados. Em razão disso, o exército defensor está em desvantagem em relação aos invasores, visto que precisam se dividir em defesa e ataque. Em razão desta estratégia, para fins de cálculo será contabilizado que os soldados invasores possuem 45.000 soldados.

Seu objetivo no próximo turno — e eu recomendo que decidam nele mesmo, sob pena de perdurar mais essa desvantagem na batalha — será planejar uma forma de circundar o campo de batalha furtivamente e chegar até os navios, de forma a sabotar os canhões ou destruí-los. Isso dará muitos frutos e resultados à maneira como esse combate discorrerá, portanto tenham em mente a importância de sua missão.

Boa sorte e divirtam-se. <3

Soldados de Kiri: 29625/30000
Soldados Defensores: 41250/42000

ícone : Mensagens : 345 Data de inscrição : 27/11/2020

Who Am I?

All of these lines across my face, Tell you the story of who I am

O aperto firme de Keitaro era suficiente para livrar todos os medos que pairavam sobre meus pensamentos e coração, naqueles poucos segundos era como se a guerra não estivesse em nossa frente, esperando apenas a primeira faísca que explodiria em uma sangrenta e longa batalha pela sobrevivência.

Repousei as pálpebras dos meus olhos, escondendo a íris azuladas, e com um sorriso em meu rosto liberei os olhos escarlates Uchiha. Ainda não havia me acostumado com aquela pequena sensação, onde o mundo se tornava nitidamente mais fluído, como se eu conseguisse enxergá-lo como nunca antes visto. Minha visão, de certa forma, era um privilégio que até esse momento eu ainda não tinha me permitido explorar, mas que agora significava uma força que iria além da minha origem e existência, era uma chance e eu não podia desperdiçá-la.

Os paredões militares formavam-se além da muralha, que talvez fosse nossa única vantagem mediante a diferença numérica e organizacional de Kirigakure. Por alguns segundos, minha fé ainda era inabalável, confiante de que Kumogakure teria seu momento de redenção em meio aquela tragédia.

No entanto, meus olhos fitaram o horizonte incrédulos, os navios aproximavam-se de forma rítmica e estrutural, carregados com algo próximo ao que seria um canhão. — Vejam! — exclamei de imediato, apontando em direção a névoa. Era um gesto simbólico, não era necessário chamar a atenção de ninguém para aquele momento, ele era tão notável quanto a muralha abaixo dos meus pés.

A fé se esvaiu e por alguns segundos meu corpo estremeceu, minhas pernas enfraqueceram-se, quase que me derrubando ao chão. Mas só foi necessária uma rápida lembrança, o que naquele momento me concedia força e me erguia: Keitaro. Por mais que não fosse minha única fonte de determinação, era a única que eu podia contar naquele instante. O fôlego retornou junto àquele momento, estranhamente sequer havia notado que não respirava desde a minha última frase.

A cena em sequência seria a primeira que permaneceria em minha mente: o brilho que ia ao céu e despencava sobre a terra, retaliando inúmeros soldados que não esperavam por aquilo. — Droga! — a palavra saiu junto a um movimento impulsivo para frente e que rapidamente foi controlado, não havia nada que eu pudesse fazer naquele instante, e só me restava aceitar.

A resposta tardou, mas não falhou. Em uma das cenas mais deslumbrantes que eu já havia testemunhado: uma barreira formou-se no céu, reforçada com cada elemento primário conhecido no mundo shinobi, era sustentável e belo, mas talvez não suficiente. As palavras do jounin não me surpreendiam de nenhuma maneira, de certa forma até me traziam o mínimo de ânimo que era possível retirar daquele momento.

Todo minuto importava e sequer havia tempo para decidir alguma espécie de liderança. Tomei a frente rapidamente, movendo-me quando as palavras do comandante terminavam, apenas assentindo com a cabeça. Fiz um movimento claro, apontando meu braço em direção a direita, esperando que o restante me acompanhasse.

— Irei na frente. Vamos tentar manter uma formação segura que consiga nos resguardar de qualquer situação imprevisível. Eu irei na frente, e peço para que se mantenha na retaguarda Keitaro, Susume você assume a direita-meio e... Daisuke, né? Bom, você assume a esquerda-meio. A qualquer sinal de problema, sinalizem ao Keitaro e ele utiliza de seus papéis para me sinalizar, certo? Vigiarei o nosso caminho e manterei o foco nele, com sorte chegaremos rapidamente até a encosta e de lá, podemos até mesmo usar da névoa ao nosso favor. — as palavras acompanhavam minha corrida enquanto com o auxílio da técnica básica avançamos para baixo da muralha, tentando criar uma distância suficiente do epicentro da guerra.

Geograficamente não estávamos em vantagem para manter nossa furtividade em questão, mas esse era o básico ninja, certo? Com o auge da batalha acontecendo em uma distância considerável de nosso avanço e com o paredão de tiros que caiam do céu, era possível se aproveitar o máximo possível do caos daquele ambiente, mesclando a qualquer sinal de cobertura que surgisse no caminho.

Mantendo o sharingan ativo, minha visão sempre buscaria detalhes que normalmente, naquela velocidade, passariam despercebido, aproveitando-se — caso chegasse próximo suficiente — para notar as águas e névoa adiante, buscando qualquer sinal de chakra que pudesse se tornar um empecilho em nosso caminho, interrompendo nosso avanço no menor sinal de perigo que surgisse. No entanto, caso o caminho estivesse livre, não haveria outra alternativa, novamente usaria da técnica acadêmica para avançar sobre as águas.

— Vamos contornar a névoa... é nossa melhor opção. — informaria ao esquadrão, esperando que todos se mantivessem de acordo.

Considerações:

Uchiha Sariel

600/600

665/700

─ Hye Ri

ícone : Mensagens : 452 Data de inscrição : 06/10/2020

a guerra do inverno

Eu tentei me manter inabalável perante todas aquelas ideias e pensamentos, e considero que havia tido sucesso, até o momento em que o chão estremeceu e eu pude presenciar com meus próprios olhos como é o começo de uma batalha sangrenta. No começo, eu apenas consegui observar estático, quase como se duvidasse daquilo que meus olhos estivessem vendo. Realmente eu estava vivendo um momento histórico como aquele, e não conseguia evitar a tempestuosa ideia de que poderia perder minha própria vida naquele embate de outrem.

Sariel sem dúvida alguma estava se saindo muito melhor que eu naquele posto que nos foi imposto, e eu não pestanejei ao seguir seus passos. — Certo — Concordei com o Uchiha, que tentava tomar a liderança daquele esquadrão improvisado, encarregado de uma tarefa de importância imensurável. Me mantive atrás dos demais, a poucos passos de distância, atento principalmente por qualquer tipo de sinalização enviada pelos três à frente.

Aparentemente a melhor forma de não atrair atenção e alcançar o nosso objetivo era flanqueando o campo de batalha, e sendo otimista, quiçá a neve alta e toda a movimentação hostil fossem o suficiente para esconder nossa localização e trazer sucesso ao nosso avanço.

Keitaro: 550/550 HP :: 870/900 CH

Considerações:

ícone : Mensagens : 106 Data de inscrição : 20/06/2022

Inverno - País da Geada

Era difícil prestar atenção no cenário que se formava diante dos meus olhos. Uma sensação avassaladora de impotência tomava conta do meu corpo, de modo que eu finalmente sentia na pele o que era a dimensão de um campo de batalha de guerra. Sangrento, impiedoso, o embate abaixo da muralha irrompia com brados e um festim das mas variadas cores e elementos, enquanto ninjas utilizavam suas melhores técnicas na esperança de lutarem por suas vidas.

Congelei por um segundo e me questionei novamente se deveria estar ali. A brisa gelada entrando pelos meus pulmões enquanto eu ofegava fazia minha garganta arder, senti as extremidades do meu corpo formigarem e arfei, procurando calma em um lugar onde ela não estaria presente por um bom tempo. O mínimo pensamento de mergulhar na intensidade daquele campo de batalha fazia meu corpo recuar involuntariamente. De fato, me tornar shinobi a beira de uma guerra entre países teria suas consequências, e é óbvio que eu seria puxado para dentro desse redemoinho de acontecimentos políticos, não fazia muito tempo que eu havia completado minhas primeiras missões e formado minhas primeiras alianças como shinobi, e agora, eu estava prestes a perder tudo isso. Quais as chances de um ninja tão inexperiente como eu sobreviver a um combate dessa magnitude? A essa altura, nada fazia mais sentido.

Perdi a liberdade de me aprofundar nos meus pensamentos quando o céu diante do meus olhos irrompeu com uma chuva de disparos advindas da frota de navios que emergia da névoa densa. Projeteis grandes como aqueles possivelmente seriam capazes de reduzir a muralha do país da geada a cacos de gelo se a acertassem de forma sucessiva, e apenas esse breve pensamento induziu meu corpo a descarregar toda a adrenalina que ainda o restava, e mesmo com um clima tão gélido, eu suava como se estivesse de frente para o mais reluzente sol do verão. Para nossa sorte, os shinobis da aliança foram capazes de interceptar os projeteis com uma barreira formada pelas mais variadas técnicas que puderam usar naquele momento. A investida de Kirigakure teria sido frustrada, por ora, mas a fonte do problema era nítida, e seria apenas questão de tempo para que sucedessem. Precisávamos chegar na origem dos disparos.

A ordem de Kakegurui deu sequência a minha linha de raciocínio. Em um estado tomado de adrenalina como estava, interpretei pouco da ordem que foi dada a Sariel e Keitaro, mas sabia que a tarefa de dar fim aqueles canhões tinha sido atribuída a parte do nosso esquadrão. Sariel imediatamente se virou para mim, ordenando que eu vigiasse um dos flancos enquanto contornávamos o campo de batalha em direção aos navios. Tomado pela adrenalina, apenas assenti e segui a ordem enquanto corríamos em uma formação, muralha abaixo para contornar o embate e chegar nos navios da forma mais furtiva que pudéssemos. Não precisaria ser muito bom em lógica para perceber que a linha de frente de uma batalha geralmente é formada por shinobis menos habilidosos. O que encontraríamos naquela frota de navios estaria acima de qualquer coisa que poderíamos enfrentar estando no meio da sangria, precisaríamos ter o máximo de cautela ou a morte seria certa. Sariel e Keitaro pareciam estar em um estado de foco absoluto, quase que como a experiência que eles tinham como ninjas não deixasse o medo sobrepujar o controle que eles tinham pela situação. Naquele momento, tudo que eu poderia fazer era seguir a ordem de ambos, pois é neles que estava guardada a maior chance possível de sobrevivência. Restava esperar que a habilidade de ambos fosse o suficiente para nos manter vivos. Relutante em minha mente, eu seguia a ordem que possivelmente me encaminhava para a minha morte.

- Idiota, você não morrerá. - Uma voz surgiu no fundo da minha mente, quase como se tivesse uma certeza sobre o desfecho desse cenário que eu nunca pensei ter. Aquele pensamento definitivamente não era meu, e se fosse, certamente eu estava louco. - O seu poder, ele é bem maior do que imagina.

Meu corpo formigou com a afirmação, como se uma espécie de energia tomasse conta dele. Minha sombra no chão sibilava, enquanto a parte que projetava minha cabeça se destacava no chão, brilhando com reluzentes olhos azuis. Eu certamente não sabia do que se tratava aquilo, mas até mesmo meus maiores devaneios aconteciam de forma semi consciente. Isso aqui, estava totalmente fora do meu controle, e eu já não tinha mais espaço para me surpreender dada a sequência de acontecimentos que eu havia encarado.

Eu estava ficando... louco?

Nara Susume | HP: 250/250 | CH: 550/550

Observações:

ícone : Mensagens : 37 Data de inscrição : 16/06/2022

Evento: Defensores

A Genin in The Village Hidden in The Clouds

Com o som de canhões no horizonte, a chegada das forças adversárias e o estranho ambiente que tomava conta do local, não era exagero nenhum afirmar que o cenário de guerra que tinha diante si era muito mais pesado do que alguma vez tinha imaginado. A quantidade enorme de vidas que estavam em jogo nest confronto, o número de vidas perdidas no primeiro embate destas forças opositoras proporcionavam-lhe uma perspetiva mais dolorosa e realista do que ele tinha pensado encontrar naquele local. Saber que pessoas tinham morrido no campo de batalha e realmente estar presente para testemunhar esse feito eram duas experiências completamente diferentes e em momentos como estes, Daisuke não conseguia afastar a certeza do quão mau preparado estava para este cenário.

Com as instruções para avançar dadas ao esquadrão, o jovem foi obrigado a sair do seu transe de modo a não correr o risco de ficar para trás. Olhando para os seus companheiros de batalha, membros de Kumogakure com muito mais probabilidades de sair daquele cenário com vida, o Genin limitou-se a acenar em concordância a ordem que lhe era dada apesar de não saber exatamente como é que iria passear por um campo de batalha com poucos ou até mesmo nenhuns pontos de cobertura. O objetivo era avançar em equipa e se tudo correr a seu favor, eles conseguiriam flanquar os adversários e de alguma forma inutilizar os canhões inimigos. Não tendo bem a certeza de como iriam alcançar tal coisa, Daisuke iria simplesmente manter-se em formação e acompanhar a sua equipa até ao objetivo, tendo o cuidado de se manter o mais discreto possível durante a intervenção do grupo.

HP: 325/325

CHK: 200/200

Level: 05

Bolsa Ninja:

ícone : Mensagens : 400 Data de inscrição : 03/10/2020

O plano dos defensores era bom e simples, mas os desafortunados rapazes lutando por sua sobrevivência no campo de batalha não contavam com a maré de azar súbita que recairia sobre suas cabeças. Na medida em que avançava brilhantemente pelo flanco do grande embate, desviando do aglomerado de corpos boiando sobre a água, Sariel tomou para si a liderança e foi capaz de perceber que a névoa que circundava o ambiente a sua frente, ocultando os arredores dos barcos e quem sabe quais outros planos dos invasores, era composta inteiramente por chakra, reconhecido em sua visão como uma grande mancha azulada ao redor das embarcações. O olho escarlate fruto de sua raríssima linhagem sanguínea mostrava seus frutos, mas a pouca maturidade daqueles olhos lhe impediram de observar o perigo que se avizinhava de algum lugar por entre as fileiras que combatiam no centro daquela confusão.

E tudo aconteceu em meio a um grande brilho azulado, evocando luz e desespero ao se interpor no caminho dos garotos. De repente, uma explosão súbita caiu sobre seu caminho. A rajada energética atravessou a rocha da encosta com a fúria do relâmpago, num chiado estridente tal agudo quanto o som das espadas se degladiando no campo de batalha. Escavou a terra numa pequena cratera e posteriormente desapareceu, mostrando em seu interior a silhueta de um homem de cabelos claros, quase esbranquiçados, marcas de peixe através da pele e uma cara de seriedade em direção ao grupo. Sobre sua testa descansava a bandana de Kirigakure no Sato. — O combate é para lá, garotos. Meus superiores me mandaram matar qualquer um que passasse por aqui, mas olha só para vocês... são crianças. Voltem, aqui é o fim da linha para vocês.

[...]

O choque inicial das tropas defensoras em relação aos canhões de chakra eram de um passado recente. Mesmo assim, como todo fato passado, suas consequências reverberavam no presente, causando dor e aflição aos soldados em combate. De repente, como se moldado pelo próprio deus dos mares para punir aqueles que se interpunham em seu caminho, uma grande besta aquática nasceu da maré, ultrapassando a altura mundana e descansando aproximadamente com seus já majestosos trinta metros de altura.

Como uma espécie de híbrido entre dragão e polvo, a criatura rugiu na medida em que seus olhos brilhavam num profundo amarelo, fazendo tremer o coração e a fé das tropas terrestres da Geada. Seus tentáculos atravessaram o campo de batalha como estacadas teleguiadas, atravessando fileiras inteiras de ninjas desavisados, ceifando a vida de outra centena de ninjas.

A morte de tantos inimigos certamente inflamou algo no coração dos invasores, mas aquilo logo se apaziguou quando um conhecido general da Geada entrou em combate. Era o próprio Ren Yuki, o líder daquela resistência e a carta mais poderosa no leque do País da Geada. Aquele não era um homem de ameaças, políticas ou jogos. Seu valor era mostrado no campo de batalha, inflando o peito e atirando-se como uma besta implacável através das hordas invasoras. E muitos foram ousados o bastante para encara-lo com olhos determinados, afinal eram infindáveis as recompensas para aquele que matasse o líder do exército inimigo.

Mas não há mérito para a ousadia em uma guerra shinobi. A distância de poder e habilidade do Líder da Geada para com todos aqueles ninjas de patentes intermediárias era como um abismo grande demais para que números ou disparos energéticos pudessem compensar. Dos músculos do corpo uma brisa suave escapou, derrubando em uma dezena de graus a temperatura ambiente. De repente, a água sobre os pés dos shinobi pareceu se enrigecer subitamente, tornando-se gelo, e logo o que antes era uma pequena crosta cristalina já congelada tornara-se uma praia inteiramente de gelo, chegando tão longe a ponto de quase aproximar-se dos navios. Do gelo centenas de estacas nasceram, erguendo da superfície o cadáver de outra centena dos invasores, equilibrando o jogo na medida em que uma fina chuva de sangue inundava os corpos daqueles que ainda lutavam.

Os homens de Kirigakure no Sato lutavam por honra, dever e ganância, eram racionais e razoáveis em batalha.

Ren, por outro lado, era um líder nascido para ser guerreiro.

Uma besta que não entendia algo diferente da violência.

A criatura aquática, por sua vez, não somente perdeu o protagonismo daquela rápida cena como não teve nem mesmo chance de interpor um ataque; de repente era um grande monólito de gelo em formato bestial, indefesa perante os shinobi que lhes cercavam. Com um impulso poderoso, o Líder da Geada atravessou a criatura com um chute, estilhaçando-a em milhões de pedaços e retornando ao interminável conflito.

Esse é o tópico oficial do evento mundial A Guerra do Inverno. A postagem neste tópico só é permitida ao narrador e aos participantes do evento, lê-se aqueles inscritos neste tópico.

Cada um dos participantes terá 24 horas para postarem de acordo com a ordem estabelecida por vocês neste primeiro turno. Peço encarecidamente que respeitem esse prazo e caso não possam postar no prazo, comuniquem previamente em nosso chat-privado no Discord para que tenhamos ciência.

O resultado do embate das tropas ainda está utilizando o valor imaginário de 45 mil soldados para o soldados de Kiri, salvo os descontos relativos a perda dos soldados invasores.

À partir deste turno, abrirei um tópico especial para a avaliação das postagens, de forma que bons posts recompensarão o exército defensor com um quantitativo maior de tropas derrotadas.

O resultado do dado do Delrey, o membro escolhido no servidor do Discord para o lançamento dos dados, foi uma Falha Crítica com resultado final 14. Os eventos que se sucederam neste turno espelharam diretamente os efeitos do dito dado. O shinobi não lhes atacou ainda, mas a situação de guerra lhe mantém com a guarda alta em relação ao grupo inteiro.

Boa sorte e divirtam-se. <3

Soldados de Kiri: 29203/30000
Soldados Defensores: 40.406/42000

ícone : Mensagens : 345 Data de inscrição : 27/11/2020

Who Am I?

All of these lines across my face, Tell you the story of who I am

Liderar nunca foi meu ponto forte, sequer seria um trabalho que voluntariamente eu aceitaria, mas aquela ocasião iria além do meu controle, cumprir com minhas obrigações, com meus deveres shinobi, era algo que não afetava somente a mim, mas sim a todos os outros que estavam no campo de batalha, amedrontados com a hipótese de qualquer nova surpresa ou artimanha de Kirigakure, que alguns dias atrás tiveram que deixar toda uma oportunidade de vida para trás, apenas para honrar o próprio vilarejo e defender seus familiares.

O sinal de mão sinalizaria a parada próxima ao mar, não era possível seguir, a névoa por de trás do navio era forjada por inteira em chakra e sequer o sharingan era capaz de ir além dela, era uma situação nova, e não seria possível prosseguir de qualquer jeito. — A névoa... — apontava em sua direção — É feita de chakra. Não sabemos o que tem para além dela, é perigoso avançar... como prosseguirmos? — não havia muito há ser feito, a única resposta era continuar, sem temer o que estivesse pela frente.

Antes que qualquer novo passo fosse dado, o clarão tomou a atenção para si, atravessando a distância que nos separava do navio rapidamente, pousando a poucos metros em nossa frente, levantando uma enorme cortina de areia. Aquele momento me fazia questionar... eu havia revelado nossa posição? Esse momento de hesitação? Eu tinha liderado errado?

Meu olhar se encontrou com o de Keitaro apenas por alguns instantes, me trazendo de volta a batalha. Não havia tempo para dúvida, eu tinha escolhido ir na frente, eu não podia hesitar agora. Da fumaça um homem se relevou, trazendo em suas palavras o que não parecia passar de falsa misericórdia. Era uma guerra, nossas bandanas iam além de uma simples indicação, representava nossas escolhas e decisões, novos ou não, não havia espaço para temer aquele momento.

— Descumprindo ordens... que péssimo exemplo. — as palavras não eram atoa, junto a elas o chakra percorreu meu corpo amplificando meus movimentos, um avanço rápido em sua direção, sacando o bastão que até aquele dia não tinha me deixado na mão, acendendo-o em chamas e estendendo seu alcance. O primeiro movimento era na altura do seu torço, em um golpe horizontal, mas não seria o único, o segundo veio logo em sequência, girando o bastão de baixo para cima, tentando atingi-lo próximo ao queixo.

Esperava que os demais me acompanhassem, por mais que temesse pela vida de todos, aquele não era um momento para heróis.

Considerações:

— Uchiha Sariel. Trajando vestes pretas, com uma roupa adaptada para grandes movimentações. Por cima, um casaco para aliviar ao frio. Algo semelhante a isso. Aparência base de Yuta - aqui.

— Yuki Ren, você é perfeito. Me sinto mal por não narrar os acontecimentos dele nesse momento, mas senti que o pequeno espaço que eu tinha era para ser usado de uma maneira clara e objetiva: as inseguranças de Sariel, junto ao seu amor e sua coragem, ele avançou, cumprindo com sua obrigação, em dois golpes com o auxílio da sua técnica ninja, usando para o avanço inicial ajuda da técnica básica (me alertar da quantidade de chakra gasta).

— Kumogakure shines eternal.

Utilizados:

Uchiha Sariel

600/600

595/700

─ Hye Ri

ícone : Mensagens : 452 Data de inscrição : 06/10/2020

a guerra do inverno

Não estar diretamente presente no campo de batalha não me ausenta de toda a tensão que paira sobre aquela atmosfera catastrófica. O suspense é, definitivamente, o maior inimigo de qualquer resquício de sanidade mental. Pensar que a qualquer momento o exército inimigo poderia surpreender com uma nova investida que mudasse completamente os resultados esperados para aquele embate era, no mínimo, assustador. No momento em que consegui avistar, ao longe, em meio às águas, se formar uma criatura de proporções quase colossais, eu senti meu corpo estremecer.

Quão longe as pessoas irão para impor sobre outros sua vontade?
Até que ponto um ninja abdicará de sua liberdade para travar uma batalha que não a sua?

Questões com forte teor filosófico nublavam minha mente dentre os passos incômodos entre o terreno adverso, trazendo reflexões sobre tudo o que Rensuke havia me ensinado até hoje, compostas majoritariamente por aquilo que levava como fundamental. Observar todo o cenário daquele campo de batalha me fazia perder completamente a esperança que detinha sobre um mundo ideal, e aquele monstro opositor era nada mais nada menos que o algoz de toda aquela desolação. Quiçá os esforços longínquos dos defensores, que alcançavam o sucesso e exterminavam a presença da criatura colossal, fosse o suficiente para recobrar minimamente a esperança, mesmo que por um mísero instante.

Em dado momento, preso em devaneios distantes de tudo o que era necessário para aquele momento, apenas consegui ouvir o estridor que açoitou de forma hostil minha audição. Minha visão foi completamente ofuscada no momento em que uma espécie de raio reluziu à frente de nossa posição, e pouco fiz senão manter uma postura que considerava adequada para o início de um embate. — Mantenham a formação! — Tentei ordenar, mas não passava de uma simples balbúrdia.

Tratava-se de um ninja do vilarejo inimigo, e sua fala me trazia certo incômodo. Ele queria que voltássemos para a batalha, de certo modo parecia que tinha misericórdia por sermos jovens, mas ao mesmo tempo tentava nos convencer a voltar a batalha, onde provavelmente encontraríamos um destino tão ruim quanto. Antes que pudéssemos ter qualquer indício de diálogo, Sariel tomou a dianteira, e eu não podia deixar de acompanha-lo. Juntamente aos seus passos, o Shikigami no Mai começou a influenciar todo meu corpo, e uma série de papeis foram lançados através de uma manipulação, tentando flanquear o alvo e reduzir a zona que teria para esquivar-se do Uchiha.

Keitaro: 550/550 HP :: 770/900 CH

Considerações:

ícone : Mensagens : 106 Data de inscrição : 20/06/2022

Inverno - País da Geada

O grupo seguia caminhando pela encosta de forma rápida, concisa, enquanto eu, procurava ignorar as vozes que estavam irrompendo em minha mente e focar na missão que nos fora dada. As ordens de permanecermos furtivos estavam sendo seguidas a risca, ou pelo menos eu pensava que sim. Em minha básica percepção, nem mesmo nossa respiração era audível, os passos, principalmente de Sariel, que era provavelmente o mais rápido da equipe, encostavam de forma leve no solo de forma que nem mesmo os cascalhos esboçavam reação ao toque. Porém ouvidos mais habilidosos do que o esperado por mim espreitavam pela praia, e quase como se estivesse esperando pelo o que havíamos planejado, o inimigo frustrava nossa tentativa.

Um clarão irrompeu dos céus em direção a nossa frente, ofuscando minha visão por um momento, e abrindo uma cratera em sua aterrissagem. Dele, um homem de cabelos claros imergiu, o corpo com várias marcas de peixe denotava sua aparência singular. Uma onda de arrepios surgiu na minha nuca e percorreu minha espinha, a sua presença era amedrontadora e uma ameaça iminente. Sem hesitar, levantei minha guarda enquanto o caos acontecia no campo de batalha bem as nossas costas, o barulho de um enorme estilhaçar ecoava por toda a encosta, enquanto um enorme bloco de gelo era feito em pedaços, uma ofensiva frustrada de Kirigakure.

Fui surpreendido pela cordialidade do nosso inimigo, que pela nossa aparência inexperiente, mostrou um lapso de misericórdia e nos deu a opção de retornar para o campo de batalha que havíamos deixado a pouco. Um traço de humanidade em meio a uma guerra, sinto que se fosse uma pessoa um pouco menos piedosa, possivelmente estaríamos mortos. Entretanto, a inexperiência fazia o medo me dominar com facilidade. Sariel e Keitaro não pareciam nem um pouco intimidados pelo novo visitante, e em uma resposta ríspida a apresentação do estranho, Sariel fez o primeiro movimento da luta, atacando-o pela frente. Percebendo a ofensiva do mesmo, Sariel flanqueou o adversário pela direita.

Imediatamente sinalizei para Daisuke flanquear a esquerda enquanto eu levantava dois soldados. Um deles, ordenei que saltasse para bloquear avanços e tentativas de fuga para cima, enquanto que o outro, surgiu imediatamente nas costas do nosso inimigo, bloqueando 4 de seus 5 lados possíveis. Uma investida conjunta, que teria sucesso com Daisuke cobrindo o único lado para o qual ele teria como se esquivar.

Nara Susume | HP: 250/250 | CH: 506/550

Observações:

Vestimentas: Sung Jin Woo em Solo Leveling, fase adulta, com estatura menor e cabelo mais bagunçado. Pode ser visto aqui

Ninjutsus Utilizados:

Equipamentos Utilizados:

ícone : Mensagens : 37 Data de inscrição : 16/06/2022

Evento: Defensores

A Genin in The Village Hidden in The Clouds

Avançando com o seu esquadrão de forma rápida e cuidadosa, fazendo o seu melhor para ter atenção aos seus arredores da melhor forma que conseguisse tendo em conta a forte camada de névoa que cobria grande parte do horizonte, Daisuke de certa forma rezava para que o som dos canhões e as explosões por eles causadas se mantivessem o mais afastadas do grupo possível. Eventualmente o grupo deparava-se com o primeiro obstáculo do caminho, um monstro cuja postura é óbvia experiência em combate era aparentemente muito maior do que grande porção do grupo em conjunto.

Deixando os outros shinobi assumir o comando da situação, mas sabendo muito bem que a opção dada de voltar para trás era algo que nenhum deles estava dispostos a aceitar. Retirando uma kunai da sua bolsa de ferramentas e preparando-se para o inevitável confronto. Com os lutadores maus experientes atacando pela frente e com Susume investindo pela direita, Daisuke iria de imediato atacar pela esquerda de modo a impedir ou no mínimo, interceptar qualquer tentativa de fuga, usando a sua kunai para desferir um golpe contra o seu oponente assim que tivesse a oportunidade mas nunca baixando a guarda contra possíveis contra-ataques ou investidas.

HP: 325/325

CHK: 200/200

Level: 05

Bolsa Ninja:

ícone : Mensagens : 400 Data de inscrição : 03/10/2020

A experiência de Sariel e o respeito de Keitaro pela liderança do Uchiha eram o diferencial carregado pelos dois shinobis após meses de treinamentos, missões de vida ou morte e aprendizados. Se comparados aos outros dois — cuja jornada tinha acabado de se iniciar —, a diferença era dramática. Mesmo assim, aquela era uma boa oportunidade para que os Genins de Kumogakure no Sato aprendessem com os exemplos de sua geração, angariando aos poucos a experiência necessária para prevalecer naquele cenário de guerra.

Mas aquele não era um treinamento e o hesitar de um único membro do grupo era suficiente para que um shinobi inimigo montasse um caminho de sobrevida no combate. Na medida em que o esquadrão investia contra seu alvo, o homem foi atingido por um sobressalto. Não esperava que dentre eles houvesse um ninja de habilidades oculares tão singulares. No passado, havia lutado com um shinobi usuário do Sharingan e as cicatrizes do embate ainda ardiam nas noites frias de inverno. Com o avanço de Sariel, tudo o que pôde fazer foi recuar um passo, suficiente para diminuir a propulsão do primeiro golpe, mas não hábil o bastante para evita-lo.

— Sem conversa, é...? — O veterano resmungou enquanto analisava o ambiente ao seu redor, procurando na formação inimiga a maior das brechas para evadir-se da armadilha. Quando percebeu que sua retaguarda ainda não estava inteiramente tomada, evocou as valências do seu chakra e concentrou-as sobre a sola dos pés, conjurando um potente impulso energético que lhe fez pousar aos deslizes alguns metros atrás. Na medida em que seus pés novamente repousaram sobre a terra firme, o antagonista proferiu rápidos selos de mão, misturando a energia física e espiritual em seu ser e transmutando o produto no elemento relâmpago. De repente, a atmosfera tornou-se mais purpúrea, arroxeada até, e raios começaram a dançar entre os combatentes.

— Não sou um carniceiro, garotos. Terminarei isso sem que sintam dor. — Ele assegurou. De súbito, os relâmpagos mais próximos dele se moldaram em misteriosas serpentes elétricas, do tamanho de um gorila adulto, cujo sibilo era um misto dos sons proferidos por uma cobra e o rugido do trovão. Seis delas partiram em direção a Keitaro, voando através do ar e parecendo querer domina-lo numa espécie de jaula de relâmpagos. Quanto a Susume e Daisuke, o ninja de Kiri era capaz de perceber no semblante de seus oponentes o seu nível de habilidade e nervoso, e bastou essa informação para que decidisse usar ambos como um isca para dar cabo do Uchiha; contra ambos enviou mais seis serpentes de trovão, viajando através do ar e buscando abocanha-los todos de uma vez. Ele esperava que Sariel se movesse para salva-los e era ai que estaria o seu contra-ataque.

Esse é o tópico oficial do evento mundial A Guerra do Inverno. A postagem neste tópico só é permitida ao narrador e aos participantes do evento, lê-se aqueles inscritos neste tópico.

Cada um dos participantes terá 24 horas para postarem de acordo com a ordem estabelecida por vocês neste primeiro turno. Peço encarecidamente que respeitem esse prazo e caso não possam postar no prazo, comuniquem previamente em nosso chat-privado no Discord para que tenhamos ciência.

O resultado do embate das tropas ainda está utilizando o valor imaginário de 45 mil soldados para o soldados de Kiri, salvo os descontos relativos a perda dos soldados invasores. Neste turno não houve narrativa do combate da guerra pois nada do que está acontecendo lá é mais importante do que o momento que vocês estão passando no presente.

Sariel: Seus dados, se considerados de forma solitária, não seriam suficientes para o êxito da ação. No entanto, com o auxílio dos seus aliados, lhe darei uma bonificação de +6 nos dados do primeiro golpe. Como resultado, o shinobi desconhecido recebeu um ferimento leve do golpe e recuou para trás — uma esquiva que dado o uso de chakra, serviu para defender-se também de Keitaro, Daisuke e Susume —, uma vez que sua retaguarda ainda não estava bloqueada. Parabéns pelo acerto!

Susume: Três pontos importantes devem ser pontuados sobre sua narrativa. A primeira é o uso da bonificação de acerto da Acrobacia, uma perícia de natureza física, ser utilizada para aumentar os modificadores do seu Ninjutsu (Longa Distância). Por uma questão de lógica e se alinhando com todas as regras de combate (que definem, num apanhado geral, que o uso de bonificações dependerá da coerência da dita bonificação com o objeto bonificado), isso não é possível, de forma que desconsiderei o uso e considerei reduzido o valor do seu dado. Além disso, você narrou criar uma sombra atrás do seu oponente, algo que também não é permitido de acordo com a regra de manipulação. Por tratar-se de um evento, equívocos de regras serão desconsiderados e assumirei um movimento neutro que não prejudique os defensores; nesse caso, considerei que criou a sombra próxima a você e que ela tentou ir para a retaguarda do shinobi de Kiri. Esse atraso, no entanto, foi o que não permitiu que a estratégia de vocês fosse decisiva. Por último, mas não menos importante, eu desconsiderei a narrativa de que o movimento do Keitaro foi realizado pela direita, uma vez que somente ele próprio e o narrador podem assumir esse tipo de informação.

Todos: Houve uma grande falha de comunicação entre vocês neste turno e isso se refletiu de forma dramática na postagem. Na postagem de Sariel (Delrey), ele deixa claro o ataque direto por ele realizado. Na postagem do Keitaro (Kaya), ele investe pelos flancos. No entanto, na postagem de Susume, ele narra que o Keitaro atacou pela direita e pede para que Daisuke ataque pela esquerda, enquanto ele próprio ataca pela retaguarda e pelo alto. Daisuke, por sua vez, narra que Susume atacou pela direita! Aqui, a narrativa que realmente importa é a do Keitaro (Kaya), que narra uma investida pelos flancos, não definido apenas um deles. Por isso, considerem que ele atacou de ambos os lados, Sariel pela frente, Susume por trás (de forma atrasada) e pelo alto e, por último, Daisuke pela esquerda. É importante que vocês organizem direitinho o ataque ou podem acabar sofrendo bastante nos próximos turnos.

Todas as postagens atuais serão avaliadas por um outro membro diferente de mim para que seja aferido o resultado de redução de tropas de vocês. A avaliação provavelmente acontecerá Domingo ou Segunda-Feira, por conta dos horários disponíveis do outro membro. De toda maneira, assim que as avaliações forem liberadas, essa postagem será atualizada com os novos valores.

A dificuldade de esquiva dos ataques está em torno de 45. Digo em torno pois ela pode diminuir dramaticamente dependendo do que vocês fizerem para se defender. O ataque contra Susume e Daisuke ocorrerá após o ataque contra Keitaro, para que o shinobi observe como ele irá se defender e para aferir as capacidades do Shikigami no Mai. É importante mencionar que ele já está ciente de que, mesmo que de forma não muito coordenada, vocês se conhecem e podem trabalhar juntos.

Boa sorte e divirtam-se. <3 Por favor, não interpretem nada dito aqui como uma bronca, ok? Sei que o sistema é meio difícil e estou aqui para ir explicando as coisas sempre que necessário.

Soldados de Kiri: 28.728/30000
Soldados Defensores: 39.456/42000

ícone : Mensagens : 345 Data de inscrição : 27/11/2020

Who Am I?

All of these lines across my face, Tell you the story of who I am

Era impossível não escutar as sonoridades da batalha, sons que iam de meros gritos de guerra até súplicas pela própria vida ou apenas os angustiantes sons que um ser humano era capaz de reproduzir em seus momentos finais, além das espadas, armamentos, canhões, e muitos outros sons que instrumentavam aquela melodia horripilante. No entanto, meus olhos se tornaram meu ponto seguro naquele embate, se minha audição não era confiável, restava apenas minha visão, meu trunfo para aquela batalha. Enquanto avançava, senti os tremores que se formaram, notando o som da água se erguendo, mas ignorando-os, não podia desviar minha visão do inimigo.

Meu primeiro ataque tinha surtido algum efeito, mesmo que mínimo, não por conta minha, mas pela ajuda dos meus companheiros. Era uma tarefa complexa, por mais que Keitaro entendesse minha maneira de lutar e eu entendesse a dele, Susume e Daisuke ainda não estavam alinhados a nossa postura, mas talvez isso pudesse ser revertido em uma vantagem.

Transmutando-se em chakra por alguns instantes, o inimigo recuou, afastando-se ainda mais da posição em que estávamos, de maneira tão rápida que não pude reagir de imediato ao seu movimento. O sharingan me permitia notar que um jutsu estava sendo formado, por mais que não me permitisse reinterpretá-lo, era uma complexa rede de informação que me forçava a reagir de maneira tão rápida quanto meus pensamentos — por mais que fosse impossível.

Avancei no momento do seu primeiro ataque, tentando encontrar uma brecha em seus movimentos para encaixar meu ataque. Durante minha corrida, girava o bastão banhado em chamas espalhando suas brasas e me aquecendo daquele forte frio local, impulsionando os movimentos comuns daquela arma, até o ponto em que o direcionei ela quase como se atirasse uma fuma shuriken ao alvo, tentando atingi-lo novamente na altura de sua barriga, pelo lado direito, querendo encaixar um golpe que também atingisse seu braço. Junto ao meu movimento, com a mão que estava livre, saquei do meu arsenal uma pequena bomba de fumaça, usando do meu outro braço para acioná-la ainda no ar, próxima suficiente para que uma cortina de fumaça nos envolvesse, tentando me aproveitar do impulso do meu ataque para atingir suas costas, para então em um único movimento com a ponta do bastão, não apenas atingi-lo, mas jogá-lo um pouco para frente.

— Keitaro, os papeis! — gritei, sinalizando para que aquele fosse o momento do seu ataque. Quando as shurikens avançasse, novamente tentaríamos repetir uma estratégia antiga, envolvendo os papeis em fogo, unindo nossas técnicas em uma ainda mais poderosa.

Considerações:

— Uchiha Sariel. Trajando vestes pretas, com uma roupa adaptada para grandes movimentações. Por cima, um casaco para aliviar ao frio. Algo semelhante a isso. Aparência base de Yuta - aqui.

— Basicamente, tentei encaixar um contra-ataque quando ele tentará atacar Keitaro. Avançando contra ele, esperando conseguir reduzir pelo os modificadores de ataque contra Susume e Daisuke dessa maneira, o foco de Sariel no momento é ele, o sharingan tá vidrado nele, mas não é por isso que ele não ajudará Susume e Daisuke, mas sim pelo motivo de que ele tentará atacar antes desse movimento e continuará sua sequência disso, além disso ele tá pensando que: se Susume e Daisuke não combinam tanto, que eles sejam bônus, e o foco seja realmente ele e Keitaro, no sentindo de mesclarem seus ataques em um único de força superior, talvez confundindo um pouco o inimigo que espera uma colaboração constante entre os quatros.

Eu avancei, girando o bastão, e vou tentar um golpe ali na altura da barriga pela direita, por isso citei que tentaria envolver o braço, pq se ele não se levantar, naturalmente o braço seria atingido. Com a outra mão, tenho ambidestria, vou tentar acionar uma bomba de fumaça no meio da gente, nota que eu não estou jogando exatamente nele, mas sim formando uma fumaça entre a gente enquanto uso do movimento do meu primeiro ataque para tentar alcançar as costas dele rapidamente para meu segundo movimento ofensivo que é usar a força do bastão com a força para jogar ele um pouco para frente e então Keitaro vim as shurikens e eu envolvê-las em fogo como fizemos na podcast narrada pela Suzue.

Esse é o último turno da Zanpakutō, mas todos os movimentos foram utilizando-a juntamente ao Sharingan NV2.

— Kumogakure shines eternal.

Utilizados:

Uchiha Sariel

600/600

510/700

─ Hye Ri

ícone : Mensagens : 452 Data de inscrição : 06/10/2020

a guerra do inverno

Até mesmo estar em uma posição favorável pode ser um fardo em certos momentos. Observar toda a desordem daquela patética tentativa de ofensiva beirava o vergonhoso, mas eu tinha em mente que aquele erro era principalmente meu, por falhar em sinalizar o real intuito da minha ofensiva. Tentei lidar com a frustração daquele erro nos poucos segundos que detinha entre aquele confronto, no intuito de me distanciar de qualquer distração o mais rápido possível, senão estaria sujeito a erros ainda mais grotescos.

Ao passo em que tentava acompanhar toda a movimentação daquela batalha arquitetada em cenário duvidoso, conseguia sentir minhas reservas queimarem conforme as características do Shikigami no Mai se espalhavam pelo corpo. Aos poucos a pele começava a se transformar, denotando o material que começava a substituir a carne, contribuindo com maior flexibilidade para meus movimentos.

Como esperado, nossa ofensiva repentina era devolvida impiedosamente pelo ninja do lado opositor. — Cuidado! — Pouco tempo detinha para dar ordens ou organizar qualquer movimento mirabolante, poucas palavras poderiam ser ditas antes que eu tivesse que lidar com a resposta das nossas ações. Conforme a energia elétrica começava a se moldar e a avançar contra minha direção, o corpo começava a se desfazer em papeis, ao passo em que tentava me movimentar rapidamente em direção à direita, no intuito de retirar o corpo completamente da trajetória de determinado ataque.

Ato contínuo, vi a necessidade de proteger aqueles que estavam sob minha autoridade. Não poderia deixar que eles se ferissem gravemente, e tentaria impedir isso mesmo que custasse todo o chakra que restava em meu corpo. ”Eu não estou sujeito a voltar sem vocês.” — A destra foi erguida, e dela uma anormal quantidade de papeis se juntou no formato improvisado de uma enorme serpente, avançando num trajeto que visava bloquear a manipulação inimiga, tentando enfraquece-la consideravelmente através de um choque direto. Nos pensamentos, esperava que aquilo fosse suficiente para rechaçar a ameaça ou, pelo menos, reduzi-la.

Apesar de estar completamente focado naquela tarefa, o simples ato de clamar pelo meu nome era capaz de sinalizar exatamente o que deveria ser feito. Papeis começaram a se desprender do corpo, moldando quatro armas básicas que rotacionavam de acordo com minha vontade, as quais manipulei remotamente através do chakra, mantendo-me inerte, e foram então lançadas contra a posição do Shinobi inimigo, no intuito de perfurá-lo e surpreende-lo com a combinação dos meus papeis com as chamas de Sariel.

Keitaro: 550/550 HP :: 670/900 CH

Considerações:

ícone : Mensagens : 106 Data de inscrição : 20/06/2022

Inverno - País da Geada

O que parecia o plano perfeito que dificultaria muito a vida do nosso oponente, se transformou em uma tentativa frustrada de detê-lo. Meu Ninjutsu estava melhorando com o tempo, mas ao que parece, ainda não era rápido o suficiente para que um dos meus soldados alcançasse as costas do alvo, fazendo com que ele tivesse espaço para fugir do nosso cerco. O oponente de fato era muito habilidoso, visto que o próprio corpo assumiu o aspecto de um relâmpago e recuou em uma velocidade altíssima para trás. Até o presente momento, ele havia sido misericordioso, mas o que parece é que nossa ofensiva tirou o pior de seus sentimentos, e ele não hesitou em contra atacar. Contra Keitaro, seis grandes serpentes relâmpago irromperam em sua direção, e para minha surpresa, outras seis na minha direção e de Daisuke. Ele havia percebido que somos o elo mais fraco dessa corrente, e a partir daí ficavam claras suas intenções. Queria nos exterminar o mais rápido que pudesse.

Apenas o clarão dos relâmpagos já foi o suficiente para gerar um reflexo no meu corpo, e meus soldados de anteriormente responderam de forma imediata aos estímulos enviados pela minha mente. Enquanto meu corpo se impulsionava para uma esquiva emergencial, os dois guerreiros corriam em direção ao oponente para tentar perfurá-lo em seus braços e coxas, numa tentativa desesperada de me salvar de um perigo iminente. Enquanto movia meu corpo rapidamente, pude observar um pouco do embate direto que Sariel travava com o inimigo, enquanto meus soldados chegavam próximo para ajudá-lo, fazendo um combate de 3 versus 1, e dessa forma, eu esperava trazer a ele alguma abertura para acertar o nosso oponente com mais facilidade. Entretanto, logo após a tentativa dos soldados, uma Kemuridama foi lançada e tampou todo meu campo de visão. Pude escutar a voz de Sariel, o que parecia ser um sinal para Keitaro, que estava totalmente focado em nos defender naquele momento.

Ele utilizou uma grande serpente de papel para tentar contrapor o golpe do nosso oponente, mas a esse ponto, tudo que eu poderia fazer é esperar que meus soldados ajudassem Sariel de alguma forma e que o movimento do meu corpo fosse o suficiente para que eu não fosse atingido diretamente pela técnica do oponente, pois não haviam maneiras de saber se isso seria suficiente para que eu e Daisuke saíssemos ilesos daquela ofensiva. Com meu corpo tomado pela adrenalina, um filme passou pela minha cabeça e o desespero tomou conta do meu corpo. A voz que anteriormente disse que eu era mais forte do que pensava ecoou em minha mente, quase que um lembrete para me manter forte diante daquela situação. Lembrei da ultima missão que eu havia feito, quando enfrentei outro ninja de Kirigakure e quase perdi a vida. Seria esse o meu fim?

Nara Susume | HP: 250/250 | CH: 506/550

Observações:

Vestimentas: Sung Jin Woo em Solo Leveling, fase adulta, com estatura menor e cabelo mais bagunçado. Pode ser visto aqui

Ninjutsus Utilizados:

Equipamentos Utilizados:

ícone : Mensagens : 400 Data de inscrição : 03/10/2020

A brutalidade da guerra fervia cada vez mais em volta dos ninjas; o cheiro pútrido de morte, a neve maculada de sangue conforme os corpos se empilhavam, tudo contribuía para criação do cenário infernal presenciado pelos garotos, um carimbo de ferro na memória de cada um daqueles soldados.

Para que sempre que respirassem, lembrassem do vento gelado e pestilento.

Sempre que pisassem em frente, sentissem seus pés afundando em sangue, carne pútrida e dor.

E quando, em desespero, tentassem ouvir o silêncio, os gritos de desespero e pânico se agarrassem aos seus ouvidos.

Na fronteira da batalha, a peleja se estendia e continuava tensa. Pela velocidade e destreza de Sariel, conseguiu encontrar um pequeno espaço para encaixar seus ataques; o radiante disparo do bastão deslizou por uma parte do torso, causando uma luxação superficial. Tão rápido quanto a brecha apareceu e desabrochou em um ataque, no entanto, a atmosfera em volta do inimigo se banhou em relâmpagos, vertendo freneticamente dos poros de chakra e se emoldurando em uma massiva redoma energética. O Uchiha havia dado apenas o primeiro passo na direção da retaguarda quando essa redoma de energia se expandiu em alguns metros, jogando o pulso de trovão e suas próprias chamas contra ele.

As sombras móveis corriam ao auxílio, forçando-se a tentar acompanhar a velocidade do Chunin, mas sem sucesso. A diferença de experiência e no poder empregado era massiva. Antes que chegassem ao oponente, encontraram a barreira do jutsu, interrompendo seu caminho.

Enquanto isso, Keitaro se empenhava na tarefa de manter a si e os outros vivos, tentando desencaminhar a incursão das serpentes. Sua esquiva foi efetiva, mas isso ainda de nada adiantava. Precisava parar o ataque para que os outros estivessem seguros, tirá-los das presas do perigo. Os papéis se amontoaram cada vez mais, montando uma serpente massiva, sombreando seus subordinados. Com um avanço, ela se chocou contra o ataque de trovão, um estrondo alto por todo o local, fazendo verter papel queimado e chispas de trovão em meio a praia.

O calor do embate foi tamanho que a neve acumulada no chão transformou-se em uma neblina densa por alguns segundos, aquecida pela força e poder daquele único instante. Por um segundo, o tempo parecia letárgico, enquanto o frio severo se encarregava de pesar o vapor de novo para o chão. O sentimento de vitória era palpável, a sensação próxima de que eles tinham, realmente, uma chance.

Mal tinha tido a chance de saber o que aconteceu quando uma das criações de chakra relâmpago irrompeu do ponto de contato, se concentrando em um ponto só como uma lança afiada. Aquele desconhecido era hábil na manipulação da forma do chakra. Cortou pela cortina esbranquiçada, e avançou contra Daisuke, o mais próximo dela naquele ponto.

Em menos tempo que um piscar, ela acometeu, perfurando o peito do ninja de forma certeira, sem nem mesmo tempo para um grito. Do choque, somente um estrondo facilmente audível se não fossem os confrontos estourando a mais de cem metros dali. Daisuke tinha apenas surpresa e choque em seus olhos. Suas mãos se petrificaram numa posição estranha, tentando colocar uma defesa entre ele e a lança. Antes que percebesse, estava no chão, a mancha carmesim crescendo mais e mais. Seus olhos começaram a nublar, vidrados no céu cinzento. De repente, os músculos pareciam mais pesados, difíceis de se manter em pé. As mãos manchadas apertavam a camiseta embebedada em sangue na medida em que o líquido de vida se esvaia do seu corpo.

Tudo aconteceu rápido demais e, quando olhassem, não achariam mais o assassino em lugar algum. Sua redoma, assim como sua presença, tinham sido completamente apagadas. Em um momento, desapareceu. No seguinte, como se um trovão caísse num attossegundo alguns centímetros atrás de Keitaro, ele ressurgiu. Levantaria seu braço, apontando seu dedo de forma quase inofensiva para a cintura desse. Em milésimos de segundos, um filamento energético extremamente concentrado começaria da ponta do seu indicador, tracejando um caminho reto e mirando atravessar o ninja de Kumogakure.

_________________________________________________________________________

Na grande batalha que reunia todos os exércitos, sobre a grande estátua do monstro de água congelada, uma figura conhecida fez-se presente. Era o Nidaime Mizukage, Zetsubo Hoshigaki, que observava atento enquanto seus soldados lutavam lá embaixo, analisando a situação com um olhar distante, quase apático.

Um militar da geada avançou através do gelo, destruindo ninja atrás de ninja com uma lança afiada. Deixou para trás uma fileira de corpos, forçando seu caminho com um olhar sanguinário. Ao final de sua passagem, o hábil guerreiro perpassou através dos restos congelados da grande criatura que outrora enfrentaram, trazendo todo o seu empenho e vigor sobre um único alvo, seu último oponente. Com toda sua força, bradou evocando coragem, conjurando no peito tudo o que era necessário para o que estava prestes a fazer: assassinar Zetsubo. Esperando finalizar aquela guerra ao tomar a cabeça daquele que estava por trás de tudo, o intrépido soldado avançou. Porém, sem nem mesmo olhar para seu agressor, uma lança de água surgiu e atravessou o guerreiro no ar, se movendo apenas para lançar o corpo dele entre os muitos lá embaixo.

Zetsubo, apesar da forma como a batalha corria, tinha um olhar focado em outros pontos. Como um felino que observava sua presa, sua atenção se distanciava dos soldados baixos, das vidas que lutavam em seu nome, e parecia vagar em algum plano distante dali.

De repente, um portal dimensional dilatou seus horizontes, trazendo de seu interior uma mulher sorrateira, trajada no uniforme de Kirigakure no Sato. No rosto, uma máscara ocultava a sua identidade.

— Meu senhor, trago os relatórios mais recentes. Sua serva, Emi Yuuki, faleceu em combate.

Ele mal virou seus olhos para a informante; nenhuma mudança visível apresentou-se no seu semblante.

— Uma ferramenta facilmente substituível e uma informação de nenhuma relevância. Mais alguma coisa? — Em sua última frase, devolveu a mulher um olhar penetrante.

A kunoichi se encolheu levemente, tremendo embaixo do seu olhar de reprovação, mas continou seu relatório.

— Os planos na prisão foram concluídos com sucesso, podemos prosseguir para o próximo passo em breve, senhor.

Ele sorriu levemente, com um brilho sádico e curioso em seu olhar. — Ficarei por mais alguns instantes. Estou interessado em como isso vai terminar. — Ele disse, por fim.

Mas seu sorriso logo desmanchou-se num olhar sério e minimamente surpreso. Longe dali, uma voz intensa e poderosa ecoou por todo o campo de batalha, avançando com tanta imponência que até mesmo aqueles responsáveis pela destruição dos barcos se sobressaltaria. — ZETSUBO! — Era Ren Yuki, o General da Geada, carregando em sua mão uma misteriosa lança de prata que parecia acesa por um brilho gélido na ponta. — TERMINAREMOS ISSO DE UMA VEZ POR TODAS! — E com aquilo, os soldados pareceram se inflamar com o dobro do ímpeto, avançando em carga contra seus oponentes invasores.

Esse é o tópico oficial do evento mundial A Guerra do Inverno. A postagem neste tópico só é permitida ao narrador e aos participantes do evento, lê-se aqueles inscritos neste tópico.

Cada um dos participantes terá 24 horas para postarem de acordo com a ordem estabelecida por vocês neste primeiro turno. Peço encarecidamente que respeitem esse prazo e caso não possam postar no prazo, comuniquem previamente em nosso chat-privado no Discord para que tenhamos ciência.

O resultado do embate das tropas ainda está utilizando o valor imaginário de 45 mil soldados para o soldados de Kiri, salvo os descontos relativos a perda dos soldados invasores. Em vez de descontar os valores referente aos turnos avaliados de vocês editando a postagem anterior, decidi por alterar inicialmente os valores deste turno já descontando aquilo relativo a postagem dos últimos 2 turnos. Em razão disso, vocês podem perceber uma redução um pouco mais significativa nos valores de soldados invasores.

Daisuke deixou o evento e, em razão do fato de estarmos no meio de um combate, simplesmente anular a sua existência como personagem e fingir que ele nunca existiu não daria certo. Por conta disso, a narrativa se sucedeu como vocês mesmos leram: ele foi atingido por uma das técnicas do shinobi e faleceu. Como narrador, não entrei muito no mérito dessa questão, mas vocês são livres para narrar como o personagem de vocês lidou com isso.

Boa sorte e divirtam-se. <3

Soldados de Kiri: 24.624/30000
Soldados Defensores: 39.408/42000

ícone : Mensagens : 345 Data de inscrição : 27/11/2020

Who Am I?

All of these lines across my face, Tell you the story of who I am

Novamente o bastão ardente encontrou-se com a pele do meu algoz, queimando-o com as poucas brasas que restavam sobre a arma. Mais um ataque havia funcionado, a realização do meu esforço, mas era impossível não sentir a frustação de insignificância, era como se não importasse o quanto tentasse, nada parecia eficaz. Onde estávamos errando? Não éramos fortes suficiente? Não... não era isso. A guerra não nos permitia usufruir de tudo o que havíamos construído, nossas relações, nossas conexões, todos os treinos que havíamos feito juntos, em meio a tanto caos, desespero e lástima, nada fazia sentido, nada se encaixava, uma experiência que não importava o quanto houvéssemos nos preparados, não estávamos sequer próximos de prontos para aquele momento.

Quando avancei contra seu flanco, fui surpreendido com a formação interrupta de sua redoma. Naquele milésimo de segundo me questionei como seria possível enfrentá-lo sem tudo que havia aprendido com Kira, mas principalmente, sem o auxílio daquela linhagem. Meu chakra percorreu todo meu corpo, concentrando-se em meus pés, me permitindo um recuo rápido suficiente para que conseguisse evitar ao seu contra-ataque, afastando-me para sua lateral.

— Você não ganhará essa batalha... eu não vou permitir... — minhas palavras não carregavam nenhum peso ofensivo ou de intimidação, era quase como se não fossem ditas ao meu inimigo, mas sim ao meu subconsciente, um aviso de que eu não me permitiria falhar ali. Eu estava dando o meu melhor? Sim, estava. Era minha vida em jogo, não havia outra reposta ou alternativa, mas se meu melhor não fosse o suficiente, eu teria que superá-lo.

Por alguns segundos o encarei, era possível notar a presença do meu chakra esvaindo-se do meu corpo, novamente acendendo o bastão em minha mão, meu olhar tornava-se frio, cravando em meu alvo mais uma vez, por mais que tudo ao me redor me abalasse, minhas pernas e braços não tremiam mais, naquele momento, usei de toda dor e lamuria que meus ouvidos escutava, de todo sangue e morte que meus olhos contemplaram, naquele momento, um sentimento atravessou meu peito, uma vontade inabalável de simplesmente sair vitorioso daquele combate, custasse o que custar, eu pagaria aquele preço.

Mas nada era inabalável.

O corpo de Daisuke caiu-se ao chão de um segundo para o outro, por um momento minha visão perdeu-se do meu alvo, um segundo de distração crucial que poderia mudar todo o rumo daquele embate. O fogo que crescia em meu peito, apagou-se de forma inesperada. A morte era certa, tínhamos sido enviados até ela, no entanto quando tão próximo dela, era impossível não retornar para as mesmas dúvidas de momentos antes, a insegurança e o sentimento de que não era suficiente e de que nada seria.

Aos poucos, não restava mais controle sobre meus próprios pensamentos, minha mente era nublada por uma chuva de insegurança e dúvidas que pairavam sobre ela, segundos cruciais que eu havia perdido enquanto recuperava o próprio folego. Daisuke havia sido perdido, a primeira baixa do meu esquadrão, mas ainda restavam outros dois, Susume e Keitaro.

Em muitos outros momentos, Keitaro sempre era a solução para me resgatar daqueles momentos, mas dessa vez ele apenas era a lembrança, de tudo que estava em jogo, ele não era o único motivo para que eu houvesse me permitido chegar aquela praia, ele não era o único motivo que tinha me feito se atirar contra aquele inimigo, ele era sim um dos motivos, mas não o único. Eu queria protegê-lo, eu queria protegê-la, eu queria proteger a todos os que não podiam se proteger, até mesmo aqueles que não estavam ao meu lado naquela guerra, aqueles que apenas tinham que se render a tirania imposta sobre Kirigakure, eu não podia, eu não posso, eu não irei fracassar.

Meus olhos reencontraram-se na direção do meu alvo, próximo o suficiente para que tentasse acertar um golpe em Keitaro. O tempo que eu havia perdido em meus pensamentos, por mais que poucos, era o suficiente para que nada pudesse ser feito naquele instante, mas eu sabia que seria necessário mais do que um único golpe para derrubá-lo, eu podia confiar em sua força e eu precisava dela para aquele próximo instante.

— KEITARO! SUSUME! — bravejei, ultrapassando qualquer melodia melancólica que ecoava da guerra, eu precisava do meu esquadrão naquele momento, pelo menos o que ainda restava dele, se continuássemos naquele ritmo, cairíamos um a um e eu não permitira isso. — Keitaro, esse não é nosso primeiro inimigo trabalhoso, certo? Juntos... a gente consegue. — não precisava de muito, nenhuma grande estratégia ou plano elaborado, apenas necessitava dele, sua ajuda havia de ser suficiente. — Susume... eu sei do que você é capaz... nos surpreenda, esse em sua frente não tem muito de diferente daquela menininha que você enfrentou... ele só é um pouco maior. — tínhamos tudo a arriscar, mas pouco a ser perdido.

Não foi necessário esperar o fim das minhas frases, meu movimento começou em meio a elas. Esperava que meus aliados pensassem em algo naquele tempo, visto que mesmo por segundos instante, eu ainda podia roubar a atenção do meu inimigo. Avancei tão rápido quanto meus outros movimentos, mas mais determinado do que qualquer um anterior aquele, era possível sentir as rachaduras formando-se no impacto pesado dos meus pés contra o chão, a poeira levantando-se no caminho trajado até o alvo. O bastão, que ressoava as chamas de minha afinidade, foi manejado em um movimento de arco, um ataque carregado de sentimento, que ia do amor ao ódio, atravessando todos os desejos que queimavam em meu peito, um movimento tão pesado quanto a dor imposta para executá-lo, alcançando todos os limites que meu corpo fosse capaz de alcançar.

Mas não acabaria ali, não haveria intervalos além do necessário entre o primeiro e o segundo movimento, quando o bastão alcançasse o fim do primeiro movimento, ele retornaria, usando do mesmo impacto provindo do primeiro, tentando atingi-lo em um segundo ataque tão impactante quanto o anterior, evitando que houvesse qualquer brecha para a criação de uma nova redoma. Ao fim dele, esperaria que meus aliados já estivessem prontos, saltaria o máximo possível, tomando distância consequentemente aos selos que eram forjados, enchendo meus pulmões de chakra abundante, expelindo em um movimento único de dezenas de pequenas bolas de fogo, dessa vez, não seria necessária uma combinação, apenas cercá-lo, de todas as direção, forçando-o a se manter focado em meus ataques, esperando conceder, mesmo que em uma pequena escala, uma brecha de ataque para meu esquadrão.

Considerações:

— Uchiha Sariel. Trajando vestes pretas, com uma roupa adaptada para grandes movimentações. Por cima, um casaco para aliviar ao frio. Algo semelhante a isso. Aparência base de Yuta - aqui.

— Essa é a postagem de maior desenvolvimento individual de Keitaro, um momento em que ele percebe que o seu amor não é tudo, mas parte de algo muito maior. Um sentimento único cresceu nele, uma motivação que até agora não havia em sua vida de forma tão clara e objetiva. Ele sempre quis proteger aqueles que ama, mas nesse momento, ele sentiu algo além: ele queria proteger a todos. Eu usei muita apelação narrativa para enfeitar o post, no sentido de citar limites corporais e afins, mas que no RPG será a mesma métrica que os ataques anteriores.

— Quanto aos movimentos, pouco tenho como escapar do básico, mas fiz movimentos querendo forçá-lo a usar tudo de si para se manter em combate contra mim, ganhando tempo para que o Pink e o Cérebro entre em ação com o guarda-chuva de papel (brincadeira a parte, esse foi nossa postagem de maior planejamento e por mais que eu não reflita tanto isso, tentamos elaborar algo mais coletivo). Meu primeiro movimento foi brutal, mas o segundo vem para pressioná-lo, me concedendo a bonificação que pode se tornar mortal caso nosso plano falhe. No fim, um golpe, que no momento para Sariel, era apenas fogos atirados contra o inimigo, mas acredito que deva ser incrementado com nosso papelman Keitaro.

— 58 no dado de esquiva, por isso narrei conseguir desviar, perdão se isso foi uma falha minha.

— Para terminar as piadocas dessa consideração: tudo feito em capacidade máxima dos atributos do personagem!

— Kumogakure shines eternal.

Utilizados:

Uchiha Sariel

600/600

375/700

─ Hye Ri

ícone : Mensagens : 452 Data de inscrição : 06/10/2020

a guerra do inverno

Diante de um céu vazio como este, no qual uma batalha trava-se entre a luz lunar e o fumo acinzentado, eu me encontrava completamente imerso nos feitos que ocorriam perante meus olhos. O coração palpitava, em um ritmo que só tinha a se acentuar a cada novo acontecimento em meio a tal embate tão inesperado, quiçá tão fatal quanto inesperado. Quando presenciei o líquido carmesim manchar parte da pureza daquele cenário esbranquiçado consegui, pela primeira vez, me ver vítima do realismo do assassinato. ”Nós somos tão frágeis...” — As pupilas dilatavam e eu não conseguia focar-me em nada mais senão o corpo daquele rapaz, que nada havia conquistado além de um fim maculado em um campo de batalha que não lhe pertencia... Não de verdade.

Em um momento tão intenso e sensível quanto aquele, apenas consegui isolar-me em pensamentos avulsos, em uma desolada tentativa de negar aquilo que havia acontecido diante de meus olhos. Com um semblante quase inexpressivo e o rosto tão pálido que era capaz de refletir parte do brilho astral, eu me arrependia amargamente de não ter aproveitado mais toda a naturalidade que meu país me proporcionava. ”Eu deveria ter prestado mais atenção nas estrelas...” — Se eu caminhasse para o mesmo fim que aquele rapaz, nem mesmo a paz de falecer em meu próprio vilarejo eu conseguiria alcançar... E isso é uma coisa que simplesmente não consigo aceitar.

Uma sensação ardente apossava-se lentamente de toda a extensão corpórea, ao ponto de afastar levemente as cruéis influências físicas daquele clima glacial. A marca da maldição há de expandir-se uma vez mais, para que torne tangível uma versão anteriormente inalcançável. Em míseros instantes todo sentimento nutrido foi amplificado, e a figura daquele Shinobi inimigo situava-se em um novo pedestal. Derrotá-lo havia se tornado minha maior prioridade, e eu abusaria de cada gota daquelas reservas de outrem para alcançar meu momentâneo desejo.

O inimigo desaparecia diante de nossos próprios olhos, camuflado em meio a distração causada pelo falecimento de um querido companheiro. A minha forma corporal começava a distorcer-se e distanciar-se em muito da humanidade – O corpo parcialmente desfeito em papeis era evidenciado pelos origamis que se manifestavam pelas extremidades, enquanto um par de chifres diabólicos começava a se fazer presente acima das orelhas, agora pontiagudas. – Recorrendo a tanto poder, em um ato de defesa, as reservas de Chakra começaram a queimar, aprimorando momentaneamente as habilidades físicas, enquanto as asas ficavam à postos, esperando algo que estava por vir. ”Onde está você!?”

Quando um não familiar estrondo mostrou-se presente, lançar-me-ia na posição oposta à sua origem. As asas se expandiriam ao passo que o Chakra queimava a cada novo movimento, tentando afastar-me da posição inimiga, ascendendo aos céus ao passo em que recuava em direção a Sariel, temendo sofrer do mesmo destino que Daisuke. Embora minha atual humanidade pudesse ser questionada, as palavras de Sariel conseguiam me atingir, incendiando a vontade e guiando-me em direção a um caminho onde poderia encontrar esperança, mesmo que mínima.

”O seu sofrimento não vai ser em vão! Sua consciência não vai se esvair diante de um maldito céu cinzento... Eu não vou deixar que as cinzas ofusquem a importância do seu sacrifício.” — As palavras internalizadas floresciam em meio a pensamentos de culpa e vingança. Posicionado a alguns metros acima do chão, os poucos momentos que havia passado com meus companheiros começavam a se repetir em minha mente, no que parecia uma torrente que guiava-me por um caminho há muito obscuro. — Sariel... Susume... Daisuke... Chloe... — Ao passo em que os sussurros recitavam o nome daqueles que me encorajavam, uma exorbitante quantidade de papeis começou a se desprender do corpo, flutuando no céu acinzentado, tomando para si o domínio do cenário.

As folhas de papel começaram a se juntar, moldando origamis com uma aparência distinta de tudo o que havia ousado replicar até então. As inúmeras manipulações pigmentavam o céu sem cor de acordo com a manifestação do Chakra de coloração dourada, moldando um compacto céu estrelado, com um brilho radiante que cessaria apenas quando as minhas reservas se esgotassem. ”Uma réplica do céu de Kumogakure... Eu espero que essa última imagem, inspirada no seu lar, ilumine o caminho da sua alma, Daisuke!” — De forma inevitável uma lágrima escorria pelo rosto, uma enorme falha para minha carreira como ninja, porém uma prova inegável da minha até então questionada humanidade.

Juntamente às estrelas artificiais juntaram-se diversas Shurikens de Origami e duas tarjas explosivas, no intuito de aumentar consideravelmente a mortalidade daquele cenário, que estava prestes a transformar-se na minha manipulação mais poderosa até então. — Susume! Use as sombras! — Minhas palavras poderiam ser vagas para a compreensão inimiga, porém o Nara saberia exatamente o que fazer com todas as sombras produzidas por aqueles astros artificiais.

Esperaria então pela confirmação do parceiro, e quando recebesse, ambas as mãos seriam erguidas, com o Chakra entrando em uma espécie de combustão imediata, esforçando-se severamente para controlar a tão pesada manipulação. Aquelas inúmeras estrelas avançavam contra a posição inimiga, formando o que parecia uma galáxia improvisada, inspirada nas memórias mais harmoniosas que nutria do céu estrelado de Kumogakure no Sato. Fazendo companhia a todo aquele brilho estavam algumas dezenas de Shurikens de Origami, que rotacionavam e visavam perfurar o corpo do Kirinin, alterando sua trajetória a poucos metros do alvo, dividindo-se e flanqueando por ambos os lados, no intuito de reduzir a área livre para sua fuga. Por fim, as duas tarjas explosivas mescladas às inúmeras estrelas iriam se ativar, tentando reduzir o inimigo a mera poeira estelar.

— Morra... — Sussurrei.
"Por favor... Morra..." — Supliquei.

Keitaro: 470/550 HP :: 670/900 CH

Considerações:

Aparência de Hawks, Boku no Hero Academia. Versão um pouco mais jovem. Vestes atuais.

O céu estrelado consiste em 3 Manipulações Rank B (Shikigami no Mai), juntamente a 2 Kami Shuriken e 2 Tarjas Explosivas.
Vou lançar um dado de acerto individual para cada jutsu e manipulação, então favor considerar que trata-se de múltiplas ofensivas constantes.

-20 Chakra para o mantimento do Shikigami no Mai
-150 Chakra para o uso das Manipulações Rank B
-60 Chakra para o uso do Kami Shuriken
-40 Chakra para o uso do Shunshin no Jutsu (10 Metros)
-02 Kibaku Fuuda
-80 HP para uso do Juinjutsu

Reservas Juin: 530/800

Usados:

Equipamentos:

ícone : Mensagens : 106 Data de inscrição : 20/06/2022

Inverno - País da Geada

Keitaro havia feito a maior parte do nosso movimento defensivo, graças a ele, consegui escapar ileso do que seria provavelmente o fim de minha vida. O choque da serpente de papéis com o relâmpago combinado ao meu movimento foram capazes de me tirar do alcance da técnica. Aliviado, reposicionei meu corpo e me virei para o inimigo apenas parece perceber que Daisuke, nosso companheiro de esquadrão, não havia tido a mesma sorte que eu. Empalado por um relâmpago, o sangue se esvaia de seu corpo enquanto a escuridão nublava seus olhos, lhe tirando a vida. Eu não conhecia Daisuke o suficiente para criar algum tipo de vínculo com ele, nosso treinamento havia se resumido a uma batalha amistosa e só, não era como se fossemos amigos, mas eu o enxergava como um igual. Nesta guerra, eu e ele estávamos em posição de igualdade, dois ninjas amadores tentando se encaixar em um cenário caótico ao qual sentíamos que não éramos pertencentes. Observar a vida de Daisuke deixar a nossa realidade de uma forma tão abrupta me fez mais uma vez, questionar o porque de eu estar diretamente envolvido com essa guerra, por motivos que não me dizem respeito, e agora, profundamente mergulhado nestas circunstâncias, não havia mais como voltar atrás. O inimigo estava a nossa frente, e lamentar a morte de Daisuke seria apenas uma distração que eu não poderia me dar ao luxo, ou terminaria como ele.

Nesse momento, me senti cruel por potencialmente não dar a mínima para isso, mas durante toda minha vida, a única pessoa que tive até Keitaro e Sariel surgirem, foi a mim mesmo. O único impacto que surgia dessa situação toda, pelo menos em mim, era o de ver uma vida aliada sendo perdida de forma tão clara aos meus olhos, e não havia tempo para lamúria. Sariel me encorajou, observando minha relutância, me fazendo lembrar do meu embate com Chloe, o qual foi relativamente fácil. Acho que eu era a Chloe, dessa situação, afinal... Mas estar com ela definitivamente me ensinou que estar em uma posição de desvantagem não é motivo para desistir, e de certa forma, as palavras de Sariel me encorajaram a dar tudo de mim.

Frenético e impiedoso, nosso oponente deu sequência em seu movimento em uma investida em velocidades exorbitantes para cima de Keitaro, que não falhou em responder a altura, em um movimento conciso de suas asas, se afastando do nosso oponente que era imediatamente surpreendido por Sariel no auge de sua determinação. Ver Sariel se mover daquela forma enquanto gritava meu nome e de Keitaro ascendeu algo dentro de mim que eu não sabia que estava lá, o tom de sua voz indicava que o combate se aproximava do fim e que nenhuma vida a mais deveria ser perdida neste campo de batalha, que não fosse a do nosso adversário. Seu movimento era veloz e conciso, como sempre, mas muito mais descuidado, deixando todas as brechas defensivas abertas, ele atacava apenas com o intuito de devastar do soldado de Kirigakure o mais rápido possível, a força, o ódio, o intuito eram perceptíveis.

Não havia tempo para ficar apenas observando qual seria o resultado dessa ofensiva, sem pensar duas vezes, recuei meus soldados que já estavam presentes no campo de batalha e coloquei na constituição de seus corpos duas tarjas explosivas, uma para cada, enquanto aguardava o momento correto de ordenar seus movimentos. Keitaro começava a liberar uma quantidade massiva de chakra que era perceptível até mesmo para um amador como eu, seu corpo se tornava branco como os papéis que controlava enquanto chifres surgiam em sua testa, uma aparência demoníaca que emanava um poder surreal. Eu não fazia ideia de até onde o poder de Keitaro chegava, mas com certeza não sabia que isso estava incluso no pacote, e mesmo eu, que sou seu aliado, pude sentir uma ponta de intimidação. A extensão do seu poder certamente havia aumentado, e em apenas um movimento, o céu limpo começava a ser tomado por inúmeras folhas de papéis que obscureciam o ambiente, criando um atalho entre minha sombra e a do nosso adversário. Nesse momento, quase como se por instinto, vi uma oportunidade que foi categoricamente indicada por Keitaro que vociferou num tom ordenoso para que eu utilizasse a brecha que ele havia proporcionado.

Dominado pela aflição pela adrenalina, me ajoelhei enquanto minhas mãos assumiam a posição do selo "Rato", e em seguida, não hesitei em projetar minha sombra em direção ao soldado de Kirigakure, enquanto ordenava mentalmente que meus dois soldados corressem em paralelo ao feixe, acompanhando a intenção de acertar seu alvo. O Kage Mane sibilou por dentre as várias sombras de papéis espalhados pelo céu, cortando caminho e fazendo conexões enquanto se ramificava de forma exponencial em direção ao oponente, fazendo com que minha sombra entrasse em contato com a de nosso adversário antes mesmo de tocá-lo de fato. Os soldados, que não conseguiram acompanhar a rápida projeção do Kage Mane, se aproximavam a medida que a ofensiva de Keitaro tomava seu desfecho nos céus, criando um festim explosivo ao redor de nosso adversário enquanto eu me certificava de manter firme a minha posição, enquanto restringia a movimentação do soldado de Kirigakure. Meus soldados sombrios observaram a situação enquanto aguardavam o momento perfeito para atacar, e assim que as explosões cessaram, eles seguiram minha ordem final, perfurando o oponente imobilizado enquanto eu explodia as tarjas em uníssono com a ofensiva. Uma enorme fumaça em função das múltiplas explosões tomou conta do local, e o desfecho da situação era incerto, mas eu estava confiante em nosso sucesso.
Nara Susume | HP: 250/250 | CH: 461/550

Observações:

Não narrei o acerto ou não da ofensiva do DelRey, mas sei que ele tirou crítico e imagino que tenha acertado e causado uma distração mínima. Baseado nisso, a gente fez a play de usar as sombras dos papéis de forma sequencial. A minha intenção é que meus soldados ataquem APÓS a ofensiva conjunta do Kaya, que deve acontecer no momento em que o inimigo já se encontra imobilizado pelo meu Kage Mane, tentando garantir os acertos dele independente de qualquer coisa, fazendo com que os meus soldados o "finalizem" enquanto ainda está imobilizado após o ataque do Kaya, se o dano for suficiente para isso. Lembrando que os soldados perfuram primeiro, o que daria dano de Manipulação Rank C, e em seguida explodem, dando o dano de duas tarjas explosivas.

Vestimentas: Sung Jin Woo em Solo Leveling, fase adulta, com estatura menor e cabelo mais bagunçado. Pode ser visto aqui

Ninjutsus Utilizados:

Gastos:

Equipamentos Utilizados:

ícone : Mensagens : 400 Data de inscrição : 03/10/2020

A seu próprio modo, a morte de Daisuke reverberou no coração de cada um dos rapazes que lutava por sua vida no campo de batalha. Para alguns foi um lembrete da mortalidade humana. Para outros, a renovação de um voto de proteger todos aqueles que suas mãos pudessem alcançar. Se esperava reduzir seus números e quebrar a sua formação, o shinobi desconhecido tinha agora aumentado a convicção e a determinação de seus oponentes, transformando cada um dos meninos em guerreiros habilidosos. A aura pungente daqueles três intensificaram-se na medida em que seus espírito lidavam com o choque da morte, e em pouco tempo a sua presença era muito maior do que a do algoz do outro lado daquele embate.

E o avanço dos ninjas de Kumogakure estourou como um relâmpago ainda mais brilhante que aqueles em posse do inimigo. Sariel foi o primeiro, desferindo poderosas pancadas embebidas em fogo e comprando tempo o suficiente para que seus companheiros pudessem realizar o seu assalto. Na medida em que se esforçava para desviar de um golpe ou outro, o shinobi observou a grande nuvem de papéis se formando sobre sua cabeça, mas os instintos de batalha estavam absolutamente focados em protege-lo dos ataques do Uchiha; não havia espaço para pensamentos complexos sobre a maquinação dos inimigos.

E de repente, o campo de batalha gelado tornou-se um festival de sombras e brilhos frente aos seus olhos. Não tinha a força necessária para contrapor a energia sobrenatural que constringia os seus movimentos, nem tampouco a habilidade necessária para erguer muros de energia suficiente para protege-lo da multiplicidade de investidas entregues à sua pessoa. Em instantes, a dor sumiu, fruto da completa queimada dos nervos musculares, e logo depois a visão tornou-se turva e escura. O silêncio abraçou-o em seus últimos momentos. O assassino de Daisuke estava morto.

Mas a vitória parecia amarga demais para ser comemorada.

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Esse é o tópico oficial do evento mundial A Guerra do Inverno. A postagem neste tópico só é permitida ao narrador e aos participantes do evento, lê-se aqueles inscritos neste tópico.

Cada um dos participantes terá 24 horas para postarem de acordo com a ordem estabelecida por vocês neste primeiro turno. Peço encarecidamente que respeitem esse prazo e caso não possam postar no prazo, comuniquem previamente em nosso chat-privado no Discord para que tenhamos ciência.

O resultado do embate das tropas ainda está utilizando o valor imaginário de 45 mil soldados para o soldados de Kiri, salvo os descontos relativos a perda dos soldados invasores.

Como combinamos desde o inicio do evento, postagens bem feitas e estratégias boas são mais importantes do que os dados. Em razão disso, considerei todas as ações realizadas por vocês neste turno como um sucesso. Em razão da quantidade de danos sofridos, bem como da impossibilidade de defender-se, o Ninja de Kiri que vocês enfrentavam morreu. Vocês podem continuar seu caminho até os barcos, se assim desejarem. Como recompensa pela brilhante postagem e pela derrota do seu primeiro desafio, 5000 tropas foram removidas do exército de Kirigakure no Sato.

Boa sorte e divirtam-se. <3

Soldados de Kiri: 19.597/30000
Soldados Defensores: 39.354/42000

ícone : Mensagens : 345 Data de inscrição : 27/11/2020

Who Am I?

All of these lines across my face, Tell you the story of who I am

Enquanto as chamas avançavam, de forma desengonçada e pouco maleável, os origamis voaram iniciando a ofensiva de Keitaro e Susume. Naquele momento me tornei mero espectador, não havia mais o que eu pudesse fazer durante aquele momento, os ataques de Keitaro normalmente envolviam explosões grandiosas e eu não queria ser atingido por uma... novamente. No entanto, aproveitei aqueles pequenos segundos para que fosse possível um descanso, mesmo que mínimo. Os origamis ajuntaram-se acima de tudo, forjando algo que em poucos segundos tornou-se a mais bela ofensiva de Keitaro que já havia testemunhado, os papéis juntaram-se, formando algo que parecia... um céu? Sim, um céu estrelado, reforçado com o chakra dourado formando uma cena de tirar o fôlego de quem apenas assistia.

Admirar não era minha única função, por mais que fosse impossível ignorar a beleza daquelas estrelas, meus olhos mantinham-se em meu inimigo, que talvez tenha se surpreendido naquele instante. A chuva de ofensiva de Keitaro veio uma atrás da outra, acompanhada do avanço das sombras de Susume e seus soldados, que pareciam carregar algo em suas costas... sim, eram papéis bombas. Recuei imediatamente ao notar aquela cena, eu sabia o que me aguardava e logo concretizou-se, a forma mais única que os ninjas de Kumogakure haviam dominado com o decorrer dos anos: se um combate ficar difícil, exploda a tudo.

Somente naquele momento consegui enxergar a Keitaro, por mais que não entendesse o que estava acontecendo, sua circulação de chakra estava anormal, uma intensidade de poder que nunca havia partido dele. Além disso, sua aparência não era a de sempre, além da deformação causada pelos papéis, havia um chifre em sua cabeça e sua pele estava pálida.

A fumaça abaixou e não havia mais inimigo, averiguei o local, constatando nossa pequena vitória. Naquele momento, pensei em abraçar a Keitaro, mas não era o momento. Olhei para além do mar, piscando meus olhos, deixando os olhos carmesins descansarem. — Nossa missão ainda não acabou... — disse, encarando o navio que iriamos de encontro. — Daisuke... sua morte não será em vão. — não esperei nenhum segundo a mais, o chakra tomou meus pés e os primeiros passos foram dados, rumo ao navio dos canhões.

Considerações:

Uchiha Sariel

600/600

375/700

─ Hye Ri

ícone : Mensagens : 452 Data de inscrição : 06/10/2020

a guerra do inverno

O significado daquela vitória ia muito além de uma felicidade momentânea, na verdade, sequer havia felicidade em meio à mistura de sentimentos proporcionada por tal feito conjunto. Há, de fato, um grande alívio em ver a queda do nosso próprio Golias, ato que conseguia reacender chamas esperançosas apagadas até então. Talvez, apenas talvez, em meio a toda desgraça daquela guerra, nós fossemos capazes de concluir o nosso objetivo e dar fim de uma vez por todas a todo aquele massacre. Eu finalmente conseguia ver nossa missão como fundamental e possível de ser completa, ao contrário de anteriormente, que via como uma missão impossível, longe do nosso alcance.

Os lábios se tornavam cada vez mais avermelhados, manchados pelo meu próprio sangue, que se acumulava pela via oral por conta da manifestação física daquele poder proibido. Eu conseguia sentir em cada movimento que minha energia vital estava sendo dolorosamente drenada, porém eu não podia apenas deixar de lado todo aquele poder. A marca da maldição era um trunfo, e após a sua ativação, eu teria que mantê-la pela maior quantidade de tempo possível, e talvez essa linha de pensamentos contribua para minha morte.

Tendo ciência da minha aparência anormal, utilizei da manipulação do Shikigami no Mai para voltar ao chão, onde encontrei Susume e Sariel. Tinha esperanças de que os dois não se alarmariam com aquilo que momentaneamente me tornei, e os mantive sem uma mínima explicação. — Sim. Vamos continuar... Talvez algo assim nos ajude a chegar mais rápido — Após o movimento da destra, uma serie de papeis presentes no ambiente começaram a se reunir, formando o que parecia uma plataforma flutuante, com tamanho suficiente para carregar os dois. Não planejava alçar voo e atrair a atenção dos nossos inimigos da vila da névoa, mas almejava com isso utilizar de minhas reservas para poupar o esforço físico dos meus aliados, talvez contribuindo com a velocidade de nosso avanço, já que não mais seriamos afetados pelo terreno adverso.

Caso nenhuma intervenção fosse feita, seguiríamos então até nosso objetivo, prosseguindo no caminho tomado até então. Doía amargamente deixar para Daisuke para trás, porém estávamos em meio a uma crise, e deveríamos lidar com ela acima de tudo.

Keitaro: 390/550 HP :: 670/900 CH

Considerações:

Aparência de Hawks, Boku no Hero Academia. Versão um pouco mais jovem. Vestes atuais.

-80 HP para uso do Juinjutsu
-20 CH para manter o Shikigami no Mai
-50 Ch para a manipulação RankB

Reservas Juin: 460/800

Usados:

Equipamentos:

ícone : Mensagens : 106 Data de inscrição : 20/06/2022

Inverno - País da Geada

Nossa ofensiva havia surtido o efeito desejado. Mesmo que fosse experiente, não haveria um corpo comum resistir as sucessivas explosões sem utilizar de alguma artimanha defensiva, e como ele estava imobilizado, não conseguiu. A fumaça baixava, e observar o nosso algoz, ou pelo menos o que restava dele, me gerou um impacto de natureza indefinida. Por um lado, estava feliz de ter sobrevivido, de ter conseguido ser útil em meio ao caos que havia acontecido, mas pelo outro, a aura sombria que pairava execrava a tristeza misturada a culpa de Sariel e Keitaro, que sentiam profundamente a perda de Daisuke. Levado ao impulso de confortar meus amigos, disse as primeiras palavras que pairaram sobre minha mente:

- Se não fosse por você... eu estaria morto agora. - Olhei para Keitaro - Sei que a perda dele é significativa, mas você e Sariel fizeram tudo que estava ao seu alcance. Ele era muito forte... - Limpei um pouco das cinzas que manchavam o meu rosto em função das explosões anteriores.

Não podia evitar de me sentir fraco devido aquela situação, mas mesmo dentro das minhas limitações, eu sabia que estava arriscando minha vida pelo propósito que Kumogakure havia me dado, e mesmo que esse propósito estivesse sendo de certa forma nublado pelas minhas convicções pessoais, não podia deixar de sentir que eu estava cumprindo com o meu dever, mesmo que todas as vísceras do meu corpo, cada fio de cabelo me dissessem para fugir o mais longe possível daquele campo de batalha. Confiava em Sariel e Keitaro, mas eu não teria a mesma sorte que Daisuke. Não mais uma vez.

Sariel indicava que o mais correto a se fazer era prosseguir com a missão inicial, e lá estávamos nós, indo em direção ao berço do nosso inimigo, para encontrar oponentes possivelmente mais poderosos que o anterior. Mesmo que acreditasse em nosso potencial, não fazia ideia se seríamos capazes de enfrentar o que nos aguardava, seja lá o que fosse. Keitaro complementou a ídeia de Sariel fazendo uma espécie de prancha de papel que nos ajudou a flutuar pelo local em direção ao navio, de forma que não fossemos percebidos com facilidade. Nosso principal objetivo agora, era chegar no navio e destruir os canhões, que ainda faziam suas investidas, com rajadas de energia sendo disparadas no campo de batalha e devastando soldados da aliança a medida que nos deslocávamos.

- Nós vamos... ficar vivos? - Uma pergunta que era para ser a mim mesmo, acabou escapando em voz alta enquanto eu estava agachado entre Sariel e Keitaro, a medida que a prancha de papel se movia em direção ao nosso destino, enquanto eu aproveitava para recuperar um pouco da energia que havia gasto no combate.

Esperava eu, que fosse um bom destino.

Nara Susume | HP: 250/250 | CH: 461/550

Observações:

ícone : Mensagens : 400 Data de inscrição : 03/10/2020

Mais de dez mil homens morreram em batalha. Outros mil agonizavam entre as muitas passadas dos shinobis em constante choque; caídos, aqueles homens foram brutalmente pisoteados na medida em que os exércitos se chocavam, e aos poucos sua visão era selada para sempre, se turvando na medida em que uma centena de espadas e armaduras maculavam sua visão e escureciam seu mundo. Na medida em que mais soldados iam morrendo, os tenentes de esquadrão instruíam seus homens a contornar os cadáveres, mas com o tempo, passaram a lutar sobre a pilha de cadáveres destruídos, sem se importar no quão terrível aquilo era à imagem dos que se foram.

A morte dos homens, no entanto, não era capaz de levar embora a disposição dos homens. Inspirados pelo General Ren Yuki de um lado e pelo grandioso Zetsubo Hoshigaki do outro, mesmo o mais covarde dos guerreiros se enchia de vontade — ainda que uma lança vinda de algum lugar da fronte inimiga desse fim aos seus sonhos num só arremesso. Quando os líderes dos exércitos se encontraram, uma nova classe de batalha se iniciou, tanto em importância quanto em violência. Haviam dentre as fileiras de guerra muitos ninjas habilidosos, Jonins que até mesmo participaram da Guerra da Conquista, mas era inegável que a classe exibida por aqueles dois homens era sem igual. Projetando suas mãos contra a água, Ren evocava um massivo cemitério de estacas geladas e pontiagudas, estraçalhando mil guerreiros inimigos em seu caminho, espalhando-se em meio ao lado ofensor e avançando contra os barcos que lhes alvejava. Mas Zetsubo, que outrora vagava em pensamentos longínquos, parecia especialmente atento no selvagem que lhe fazia resistência; proferiu selos de mãos rápidos, criando um tornado que pareceu puxar para si grande parte do mar, se avultando em grandiosos setenta metros de altura e destruindo todas as estacas — e shinobis — enquanto avançava contra o exército defensor e a muralha.

E de repente um grande estrondo atraiu a atenção de todos. O tornado avançou sem oposição, explodiu contra a muralha e parte do grande construto de gelo desmoronou, extinguindo a vida de outra dezena de guerreiros. — Desse jeito, seus homens não durarão muito tempo, general. — Zetsubo comentou em tom jocoso. Mas antes que a risada pudesse se perfazer em seus lábios, o homem sentiu o movimento dos ventos que anunciou um golpe direto da espada de Ren. A lâmina de aço temperado assobiou e atravessou centímetros acima da cabeça do Mizukage, lhe tomando de espanto e surpresa. Depois, cadenciou o próprio corpo para recuperar a postura e tomou distância, apenas para ser mais uma vez acometido por uma enxurrada de ofensivas do selvagem general. Ren sabia que enquanto o mantivesse refém de seus rápidos golpeios, as técnicas elementais de Zetsubo não seriam um problema; daquele jeito, lograria êxito em dar tempo aos seus homens, para que desse a volta por cima na guerra e destruíssem de uma vez por todas aqueles canhões.

—

Na medida em que o grupo de infiltração assomava-se dos barcos, a primeira coisa que notariam era a sua constituição. Os mais sábios dentre eles reconheceriam a procedência do metal: tratava-se do aço feérico, encobrindo o navio com um brilho prateado que denotava nobreza e resistência. À partir dos seus estudos, não seria difícil aos rapazes assumir que técnicas shinobi de baixo nível de destruição não seriam capazes nem mesmo de riscar aquela proteção, de maneira que mesmo visualmente seria possível descartar aquela forma de estratégia. Todavia, era também perceptível que não haviam ninjas ao redor das embarcações, provavelmente um equívoco dos estrategistas responsáveis pela guerra em não cogitar que um destacamento menor pudesse ser enviado para neutralizar os barcos. Mesmo assim, da altura em que estavam, ainda não era possível dizer com certeza se havia alguém no topo do navio ou não, de maneira que não restava-lhes escolha a não ser encontrar um modo de entrar e, com a maior celeridade possível, dar cabo dos antagonistas.

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Esse é o tópico oficial do evento mundial A Guerra do Inverno. A postagem neste tópico só é permitida ao narrador e aos participantes do evento, lê-se aqueles inscritos neste tópico.

Cada um dos participantes terá 24 horas para postarem de acordo com a ordem estabelecida por vocês neste primeiro turno. Peço encarecidamente que respeitem esse prazo e caso não possam postar no prazo, comuniquem previamente em nosso chat-privado no Discord para que tenhamos ciência.

O resultado do embate das tropas ainda está utilizando o valor imaginário de 45 mil soldados para o soldados de Kiri, salvo os descontos relativos a perda dos soldados invasores.

Me adianto em pedir desculpa pelo atraso na postagem e não prometerei que não acontecerá novamente. Os períodos finais da faculdade tem matérias que exigem trabalhos semanais em vez do habitual semestral, de maneira que meu tempo de postagem fica bem limitado. Para piorar tudo, ontem o disjuntor da minha casa explodiu — literalmente — e eu precisei providenciar a troca. De toda forma, sempre que tiver tempo, postarei sem demora.

A postagem de transição não será contada para fins de cálculo de turno no tópico de avaliação. Além disso, também não descontaremos soldados dos defensores pelo turno passado desta vez. Considerem isso um bônus por sua excelente performance no turno passado, especialmente Susume e Keitaro.

Boa sorte e divirtam-se. <3

Soldados de Kiri: 19.597/30000
Soldados Defensores: 39.354/42000

ícone : Mensagens : 345 Data de inscrição : 27/11/2020

Who Am I?

All of these lines across my face, Tell you the story of who I am

Os poucos minutos que tivemos em cima daquela plataforma eram mais que o suficiente para finalmente descansar ao corpo, pois a mente em nenhum momento se acalmava. Queria vislumbrar a guerra, tentar tirar alguma conclusão que me confortasse, ou talvez notar que era hora de se retirar, mas meus olhos vidravam nos navios a frente, principalmente naquele que tínhamos como missão destruir.

— Obrigado, Keitaro. — agradeci. Susume não parecia tão bem, talvez fosse por conta de Daisuke ou apenas o clima desagradável da guerra. Ouvi as palavras que escaparam de sua boca, naquele instante senti novamente uma pontada em meu peito, eu tinha falhado com Daisuke e agora ele estava assustado... e com razão. — Não posso prometer isso a você... mas saiba que se não voltarmos vivos, morreremos todos juntos, certo? Não vamos desistir. — eram palavras idiotas e até mesmo um pouco vazias, não havia o que ser feito, por mais que eu não priorizasse minha própria vida, eu ainda não podia garantir a sobrevivência dele, mas esperava que fosse o suficiente para um conforto momentâneo.

Keitaro tomou a frente, trazendo informações relevante sobre o material do barco que até aquele momento eu ainda não havia percebido. Por alguns segundos cogitei as ideias de sempre, uma chuva de fogo com papel ou qualquer outra combinação de poderes que já tínhamos apresentado para aquele momento, mas talvez não fosse suficiente e não podíamos desperdiçar tempo.

— Ainda é um navio... e se tentássemos virar ele? Susume... você faz um dragão de sombras, né? Algo assim? Você o cria, enchemos ele de papel bomba e então criamos uma distração aqui por cima, ele contorna o navio e explode tudo por debaixo dele, se tudo ocorrer bem, a onda deve ser suficiente para vira-lo, certo? É uma ideia muito doida? — as palavras saiam da minha cabeça e iam direto para minha boca, não buscava agir de forma lógica naquele momento, mas sim de forma rápida.

Entreguei os dois papeis que guardava em meu arsenal, esperando que fosse suficiente para juntar com os da minha equipe. — Criarei inúmeras bolas de fogo pequenas. Keitaro, se possível, é melhor que você as controle com suas shurikens. — sugeri, lembrando das tentativas pouco confiáveis de as utilizar sozinho. Os selos de mão foram feitos e assim as bolas de fogo foram forjadas no ar, no entanto, assim que Keitaro assumisse as primeiras, outra leva seria feita, para um ataque duplo, novamente acompanhado de Keitaro.

— Sua vez, Susume. — alertei.

Considerações:

Uchiha Sariel

600/600

275/700

─ Hye Ri

ícone : Mensagens : 452 Data de inscrição : 06/10/2020

a guerra do inverno

Tudo o que me foi dito até então, principalmente as palavras de Susume, conseguiam desestabilizar completamente qualquer resquício de serenidade que ainda detinha naquela situação. Eu passei as últimas semanas temendo exatamente essa ocasião, onde veria meus amigos sofrendo por uma batalha distante demais da realidade deles. Susume, Daisuke, Sariel, Chloe... Todos são apenas crianças... Eu sou apenas uma criança. Nós não deveríamos estar aqui, mas agora que já estamos, não há volta.

— Nós não vamos conseguir danificar o navio com as habilidades que temos em nossa disposição, mesmo uma manipulação tão grande quanto a que fiz contra nosso último oponente terá dificuldades para arranhar aquele metal... — Os lábios pálidos lançavam as palavras entre as cinzas que pairavam sobre o ar, enquanto os olhos eram completamente redirecionados à embarcação, analisando-a de forma precisa e incisiva. Apesar da observação, falhava em concretizar um plano que nos fizesse alcançar o objetivo sem necessariamente nos expor ao risco, porém Sariel se mostrava extremamente útil nesse quesito.

— Não sei se vai funcionar, mas podemos tentar. O único problema é que se falharmos apenas estamos anunciando nossa chegada. — Apesar de certa relutância, acabei cedendo ao plano, mesmo com suas possíveis falhas. Primeiramente, uma quantidade específica de papeis se desprendia do meu corpo e aos poucos moldavam-se no formato de um dragão, tal qual a criatura sombria manipulada anteriormente por Susume. A criatura alçaria voo, encarregando-se do trabalho que anteriormente seria das Shurikens de origami, sendo atingido pelos projéteis de fogo de Sariel e sobrevoando o navio, no intuito de distrair sua tripulação.

— Toma, Susume! — Daria ao Genin uma quantidade controlada de tarjas explosivas, quinze ao todo, para que mesclasse com sua habilidade para abalar a embarcação. Manipularia então a plataforma de papel criada anteriormente e tentaria nos manter ao alcance máximo de nossas manipulações, para que Susume conseguisse lançar seu Dragão de Sombras contra nosso alvo sem que ficássemos completamente à mercê das explosões. Quando o Nara se prontificasse e fizesse sua investida, eu reforçaria nossas defesas com a criação de uma pequena parede de papeis, mantendo-a entre nossa posição e a explosão, amplificando sua resistência através do Chakra Amaldiçoado.

”Todo cuidado é pouco com tantas Kibaku Fuuda envolvidas em uma explosão...”

Keitaro: 310/550 HP :: 670/900 CH

Considerações:

Aparência de Hawks, Boku no Hero Academia. Versão um pouco mais jovem. Vestes atuais.

-80 HP para uso do Juinjutsu
-20 CH para manter o Shikigami no Mai
-100 Ch para a manipulação RankB (Dragao + Barreira)
-15 KF

Reservas Juin: 340/800

Usados:

Equipamentos:

Re: [ Evento - Mundial ] A Guerra do Inverno