Naruto Lasting RPG
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O Novo MundoTrama Atual

Após uma longa e devastadora batalha contra o Imperador Iedolas Aldercapt, Isabel Uchiha emergiu vitoriosa, sendo coroada como a nova Imperatriz de Nilfheim. Como uma de suas primeiras ordens, a nova monarca ordenou o recuo das tropas do leste, dando um fim àquele terrível conflito.

Infelizmente, a vitória não foi gratuita. O trono fora conquistado através de perdas irreparáveis, e agora a salvadora do oeste guardava do mundo um segredo importante.

Enquanto isso, envenenado e escolhido pela escuridão, Orion Noctilucent tornara-se avatar de uma entidade maligna vinda do mais profundo abismo de Elyos, convicto de que é chegada a hora da verdadeira invasão demoníaca.

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Isabel
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[ TRAMA ] A Conferência de GuerraTer Jul 05, 2022 1:34 pm


[ TRAMA ] A Conferência de Guerra Adrian-urbanowski-nowe7
A Conferência de Guerra


Naquele tempo, o Inverno havia atingido o seu apogeu.

E a Geada era palco de um profundo e perturbador silêncio. Nem mesmo nos vales, onde bestas selvagens infestavam a terra e emboscavam os viajantes, ou nas estradas maculadas pela neve, se via sinal de vida. Era como se todo o país segurasse a respiração, cessando seus mais basilares sinais de vida, se recolhendo a um sinistro estado de estase. E o motivador desde inatural cenário eram as últimas notícias em circulação. Olheiros do leste falavam sobre uma grande frota marítima advinda do País da Água. Diziam que mais de trinta mil ninjas da Névoa desembarcariam na fronteira da Geada em pouco mais de uma semana. Em breve, estariam em terra firme, montando acampamento e se preparando para a invasão. Àquela altura, civis e comerciantes haviam se reunido todos nos esconderijos e vilarejos subterrâneos típicos da Geada, onde recebiam comida, alimentos e proteção. Tempos difíceis recairiam sobre aquele povo, mas eles pareciam compenetrados na precípua tarefa de ajudar uns aos outros.

[...]

No distante leste do País da Geada, com uma semana de antecedência em relação aos soldados, um navio estrangeiro atracou. Era o Tubarão Negro. Uma embarcação de transporte militar única dentro do País da Água, famosa por seu sistema de navegação automática proporcionado por um motor inteligente baseado em chakra. Aquela era uma das únicas embarcações daquele tipo e aquele que era transportado por ela provavelmente a escolhera como forma de demonstrar seu poder ante aqueles que o esperavam na praia. Uma ameaça velada, sim, mas também vazia; a tecnologia de navegação automática ainda era tópico de muitas pesquisas e estava em fase de desenvolvimento. Em outras palavras, haviam pouquíssimos navios como aquele transitando por ai. Mesmo assim, sua imponência era sem igual, com seus 340 metros de comprimento marcado por canhões de chakra e uma altura de aproximadamente 65 metros de altura, esmagando em proporção muito dos navios mais modernos das demais nações.  

Sobre o convés daquele Titan marítimo, encarando a praia com um olhar soturno e misterioso, estava o Nidaime Mizukage. Estava ali por um convite da Geada, uma formalidade comum que precedia a guerra. Muito embora aquela prática não fosse comum antes da Guerra do Milênio, agora era uma questão de boa-fé e cavalheirismo entre líderes de lados opostos, que reuniam-se no prefácio da guerra. Naquele tipo de encontro, nenhum combate era admitido, ainda que os líderes tivessem a liberdade de trazer consigo seguranças de sua confiança. E aquela tradição em específico era seguida à risca. Mesmo o Tubarão Negro estava inteiramente descarregado, sem nem mesmo uma única ogiva de chakra carregada em seus canhões. Numa reunião de cavalheiros, as únicas armas que se admitia carregar consigo eram as palavras.

O Nidaime Mizukage desembarcou minutos depois que o Tubarão Negro atracou. Acompanhando-o estavam outros seis homens, revolvidos em mantos negrumes que escondiam sua facetas. Estes eram soldados da mais alta estima de Zetsubo, cuja mera essência energética era tão impressionante quanto a do próprio líder. Mas nada daquilo impressionava a outra facção que lhes aguardava no extremo distante da praia. Sentado sobre um monólito rochoso estava Ren Yuki, trajado em um uniforme militar cinzento adornado por um único broxe de gelo, moldado no símbolo da Geada. Em sua esquerda estava Himari Senju, a Nidaime Hokage da Vila Oculta da Folha, e do lado direito Ryuuchi Sarutobi, o Yondaime Raikage da Vila Oculta da Nuvem. Além deles, estavam presentes Setsuna Aoki, Sennin da Folha, e um grupo de três desconhecidos encapuzados. A essência pungente daquela reunião tornou a atmosfera gélida daquele país ainda mais densa. Se qualquer outro shinobi de menor nível estivesse ali com eles, talvez sentisse desconfortos, um peso acumulado no peito que lhe impedia de respirar adequadamente. Desde o renascimento do estilo de vida shinobi e a restauração do mundo como se conhece, pouquíssimas eram as vezes que tantos indivíduos de poder e importância singulares se reuniam em um só ambiente.

O Nidaime Mizukage quebrou o silêncio depois de um longo e tortuoso minuto de observação e encaro. Retirou o chapéu da Sombra da Água, deixando que os ventos da praia balouçassem os cabelos cinzentos, para que pendesse paralelo à cintura, segurado pela destra. O sombreado que antes eclipsava a sua faceta desapareceu, e a facção da Geada podia observar um sorriso frio, quase dissimulado, delineado pelos lábios superiores e inferiores do senhor de Kirigakure no Sato. Ren rangeu os dentes e cerrou os punhos, mas conteve a ira crescente em seu peito e não proferiu uma única palavra enquanto ouvia os seguintes dizeres de Zetsubo:

— A que devo o prazer dos senhores nesta reunião?

Himari deu um passo a frente, assomando-se dele.

— Sabe o motivo desta reunião, Zetsubo. Antes da guerra, é sábio que nos reunamos uma última vez. Podemos evitar um banho de sangue, outra guerra como aquela ocorrida a dez anos atrás.

Zetsubo arqueou uma das sobrancelhas. Parecia confuso com alguma coisa importante.

— Esclareça-me uma coisa, Hokage. O que faz aqui? Por muito estranho julguei o seu impulso em nos chamar para esta reunião, mas tomei como o mero lembrete, de uma antiga aliada, sobre as tradições de nosso povo. — Zetsubo gesticulava como se estivesse fazendo um anúncio ao povo de Kirigakure no Sato. Talvez fosse o resquício de um comportamento típico; ou um ato de desafio, debochado para com os outros líderes. Ryuuchi tinha o cenho franzido. Zetsubo continuou. — Se toma o lado deste assassino, devo assumir que é uma alia-

De repente, uma pressão súbita instaurou-se sobre o centro da reunião. Quem quer que não estivesse preparado sentiria uma súbita queda na temperatura ambiente, suficiente para que a superfície da maré congelasse, retesando seus movimentos e trazendo um silêncio profundo ao cenário. Ren levantou-se do banco em que estava, encarando Zetsubo da mesma maneira como um leopardo encara uma presa. Os músculos tonificados davam-lhe a aparência de uma fera, um misto selvagem entre humano e animal.

— Já chega disso, garoto. Só estamos aqui porque Himari e Ryuuchi pediram por uma reunião antes da guerra. Meu povo é mais direto, respondemos à provocação de estrangeiros com sangue, e a única língua que falamos é a da violência. Se não fossem esses dois "aliados", minhas garras já estariam estraçalhando a sua garganta e meus homens já teriam afundado o monstro de metal que tem nas costas.

O sorriso contido de Zetsubo desatou num semblante de escárnio.

— Eu adoraria ver isso acontecendo, General Ren. Mas não se preocupe, meus homens estão a caminho e em breve terá o banho de sangue que almeja. Afinal, que outro motivo teria para atacar um homem em tempos de paz que não o desejo inato pela guerra? — Mesmo ante a pressão esbanjada pela silhueta de Ren Yuki, Zetsubo não parecia titubear. Era um guerreiro de mil batalhas tal como ele, e já havia sido alvo de mil outras ameaças como aquela.

Ryuuchi cessou o confronto tomando a palavra para si. Era o mais razoável dentre aqueles homens e talvez o que mais entendia o preço a ser pago por uma guerra. Kumogakure no Sato ainda lidava com os demônios de dez anos atrás, seja por sua culpa no desastre de Uzushiogakure, seja pela péssima opinião do povo sobre as novas políticas da nação. — Do que nossas fontes sabem, Mizukage, não é certo que o ataque partiu dos ninjas da Geada.

Sínico como era, Zetsubo rearranjou o semblante novamente naquela expressão de confusão num amalgama com uma silenciosa provocativa. — Ora, Raikage, bem sei que jogaste de lado o orgulho do teu povo e a honra de décadas de história, mas devo lembrar-lhe que acusações infundadas incendeiam guerras em quaisquer partes do mundo, independente da tua crença ou cultura. — Ele deu uma pausa, e os olhos azulados como o céu observaram com certa cautela os punhos cerrados de Ren mais uma vez. — Fui atacado em meus aposentos pessoais de forma covarde, sem um desafio formal ou uma declaração de guerra. Depois, invadiram minhas terras e passaram a alvejar meus shinobi, destruindo nossos laboratórios de pesquisa e causando tormento ao meu povo. Que outra alternativa teria eu que não a guerra? O Pacto do Redemoinho nos impede de empurrar o mundo à guerra, mas talvez tenhamos esquecido de traduzi-lo a uma língua possível de ser entendida pelos animais da Geada.

— Nós da Geada não agimos como cobras covardes, Zetsubo do Clã Hoshigaki. Se quiséssemos atentar contra a sua vida, o faríamos num campo de batalha, como guerreiros.

Zetsubou franziu o cenho.

— Essa reunião é uma perda de tempo. Se houvesse uma intenção diferente da de uma guerra em toda essa história, não teriam nos atacado primeiro. Em sete dias a Aldeia Oculta da Névoa desembarcara em peso no País da Geada. Marcharemos aqui mesmo, onde temos esta auspiciosa conversa, e continuaremos até o mais profundo canto deste país invernal. Tomaremos sua vila, seus postos de guerra, seus quartéis shinobi e executaremos todo shinobi que não se curvar ante a nossa causa. Como direito de conquista, anexarei o País da Geada como território de Kirigakure no Sato e farei inimigo qualquer outro povo que se prostrar em nosso caminho de justiça. — Naquele última frase ele encarou Himari e Ryuuchi, e Setsuna cerrou os punhos para não esmurra-lo no ato. Era a sua melhor amiga que ele estava ameaçando, e quem sabe quantos do seu povo não morreriam em detrimento de toda aquela arrogância e ganância.

Himari deu um passo a frente, em silêncio.

— Se é um banho de sangue que deseja, infelizmente teremos que realizar o seu desejo, Zetsubo. Mas saiba que será um extermínio unilateral, que perderá levas do seu povo única e exclusivamente por culpa de sua ganância. Não faz-me temor as ameaças vazias de outras vilas; sabemos dos seus planos e das suas verdadeiras intenções. Se não assumir seus crimes agora e desistir desta loucura, terminará como uma das muitas vítimas deste massacre. E a história tratará de culpa-lo por tudo aquilo que causou. — A chama Senju em seu peito ardia com intensidade. A presença da Hokage pareceu ter crescido dezenas de vezes mais, agora tão grande que abafava até mesmo a essência dos outros líderes. Mas Zetsubo, outra vez, não parecia com medo. Aquele homem era determinado demais para sentir temor. Ou ao menos era nisso que acreditavam na Aldeia da Névoa.

Ele deu as costas aos líderes e partiu com um aceno de mãos. Não havia nada mais a ser dito. Nenhuma palavra de razoabilidade lhes traria outra vez aos tempos de paz. O homem que desejava todas as coisas tinha um plano terrível em mente, e suas maquinações já atuavam por debaixo dos panos para torna-lo realidade. Sabia que sozinho nunca teria chances contra a Geada e duas das Grandes Nações Shinobi, mas tinha na manga uma cartada final, capaz de mudar as regras do tabuleiro e encaminhar aquela história a um fim alternativo.

Só o tempo diria se a Geada, a Folha e a Nuvem teriam a determinação necessária para lidar com aquele trunfo.


Esse é uma Narrativa Oficial da trama do Naruto Lasting RPG. Sua leitura se faz importante para a compreensão dos eventos que ocorrerão na trama e também para que os jogadores possam narrar seus personagens de acordo com os eventos ocorridos.










[ TRAMA ] A Conferência de Guerra YvefaIe
Isabel