No dia seguinte Kagome retomava a sua rotina pessoal após o sucesso de alguma das suas primeiras missões. Após um duche rápido, fazer a cama, trocar de roupa, escovar os dentes e o cabelo (não com a mesma ferramenta e de certeza, não por essa ordem), Kagome saia pela janela do quarto e num simples gesto lançava-se pela janela abaixo. Com o seu cabelo bailando com a brisa matinal, a garota iria num simples gesto simples lançar o seu corpo para trás e efetuar uma aterragem ligeira no solo de gravilha que circundava a sua casa. Levantando-se novamente, Kagome iria sacudir a poeira da sua roupa e efetuando um novo salto, partia em direção ao gabinete do Hokage para requisitar outra missão rank D. A Uchiha planeava fazer mais alguma delas e juntar o dinheiro para comprar um pergaminho decente que tivesse no seu interior uma técnica forte o suficiente para lhe garantir a segurança e a certeza que ela esta pronta para enfrentar o obstáculo que vinha no futuro. Assim que chegou ao gabinete e para a sua surpresa, encontrou-o completamente vazio exceto a presença do atual responsável. De forma semelhante as anteriores, a Uchiha levantou uma mão para cumprimentar o shinobi de elevado escalão e de imediato foi deparada com um pergaminho. O homem ainda estava a tomar o seu café e tendo em conta o motivo para maior parte das pessoas estarem presentes naquele local, não era muito difícil ligar os pontos de uma forma rápida e eficaz. Kagome apenas aceitou o pergaminho e perguntou se o podia abrir. O homem apenas segurou a xicará de café com as duas mãos e acenou, informando-a que a missão dela seria assistir os responsáveis da biblioteca na organização de livros que tinha sido devolvidos. Era uma missão bastante básica e digna para qualquer recém-graduado shinobi, o que ironicamente era o que ela era. Kagome apenas leu o pergaminho de relance e agradeceu pela oportunidade antes de se dirigir para o centro da aldeia e rumo a biblioteca da aldeia. Ela teve que bater a porta meia dúzia de vezes para que um dos velhotes finalmente lhe abrisse a porta, mas antes que nem sequer pudesse responder, o velhote apenas a acusou de ser impaciente e que a biblioteca ainda não estava aberta.

No meio do raspanete, Kagome ainda levou com os comentários sobre a diferença entre gerações e que os garotos de hoje em dia eram um caso perdido. A kunoichi apenas se limitou a segurar o pergaminho com o emblema da vila em frente ao corpo e após dez longos minutos, o homem finalmente percebeu o porquê dela era estar ali a meio da manhã e convidou-a a entrar. Não houve um pedido de desculpas nem nada, apenas a típica reação de quem pretendia usar a situação como uma lição de moral desnecessária. Algo que infelizmente, ela já estava mais que habituada. Havia mais dois velhotes no interior. Um deles era uma senhora de longos cabelos brancos que parecia conferir o que estava presente e o que ainda não estava entregue através de um longo livro com nomes e moradas. O outra era um velhote muito mais amigável que usava uma bengala para andar e limitava-se a arrumar os livros nas prateleiras, um de cada vez ao seu próprio e sereno ritmo pessoal. Era com esse homem que Kagome ficaria grande parte do dia, ajudando-o naquela mesma função. De A a G era a sua secção e assim que a jovem termina-se, ela podia fazer uma pausa antes de cumprir a categoria seguinte. O velhote recomendou-a a não apenas “arrumar” os livros, mas conferir se eles estavam intactos, desfolhando as páginas e tendo a certeza que ninguém colocou nada de estranho no meio. Kagome acenou com a cabeça e colocando um sorriso no rosto começou a arrumação. A garota não tinha grande amor por leitura e maior parte das coisas que lia era apenas pela curiosidade inata que possuía ou a boa esponja mental com que tinha nascido. A tarefa em si era uma boa oportunidade para reler um pouco sobre a história da aldeia, os feitos dos futuros Kages, os bens e recursos mais famosos ou no mínimo os mais bem-conhecidos no país do fogo entre outros. Um por um, a garota pegava num livro, conferia o seu estado físico, confirmava o seu local de arrumação e tirava alguns minutos para ler o índice ou no mínimo a introdução de cada. Alguns livros levavam a sua atenção e outros eram rapidamente arrumados. Mas tendo em conta a tarefa em si, esta provavelmente seria a missão mais calma que ela teria naquela semana.

Considerações: