O desespero durou um único instante antes de dar lugar ao mais profundo silêncio. Rastros de magma azulado se espalhavam do centro da cratera, ejetando fumaça e detritos do centro da terra. Quando a brisa ventosa soprava seu ardor, a pele branquiça da kunoichi era tomada por um súbito arrepio, arrastando-se do topo da espinha à ponta dos pés. O cadáver do espadachim jazia estirado sobre o centro da vala, afundado em lama e sangue, de onde os olhos da menina não ousavam fugir. "Está morto", os neurônios arriscaram uma frase, mandando embora o silêncio hasteado pelo subconsciente. Mas Isabel, em choque, não respondeu. Estava morto, sim. Ela o tinha matado. Por força maior. Por legítima defesa. Ninguém ousaria questionar o estado de absoluta necessidade no qual a decisão mostrou-se necessária. Mesmo assim, o coração doía, se apertava no peito. Queria que ainda estivesse vivo, e que não fosse necessário tirar-lhe a vida. A muitos meses prometera a si mesma não mais tomar a vida de pessoas como ela, mas a promessa parecia tão distante quanto sua honra.

Ela olhou às mãos tingidas do mais profundo vermelho e um balbucio desesperado vindo dela mesma tirou-a do transe. Embaraçou as pernas, tombou sobre a terra e arrastou-se para longe do corpo, envergonhada e acometida por um temor hediondo demais para que pudesse ter uma atitude diferente. Foi quando os olhos encontraram restos de tecidos do que deveria ter sido o vestuário de um dos guerreiros; enojada pela mácula que se depositava sobre as suas mãos, a menina enfaixou-as com o pano e sentiu o coração acalmar-se ao não mais precisar olhar para o seu pecado.

E dali partiu para o ponto de encontro após um período de descanso.

Isabel  HP: 650/1050, Chakra: 825/2800

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