Período de Surgimento: Pós-Guerra do Milênio
Entidade(s) Cultuada (s): Iluminado.
Classificação: Culto.
Quantidade de Fiéis: Alta.
Criador: Iluminado.
Localidade: O Continente do Oeste, compreendendo desde o País da Água até o País do Ferro, bem como alguns países isolados do Continente Leste.

O culto ao Iluminado surgiu muito antes da civilização atual, nascida de um passado sangrento e apocalíptico, resultado dos povos antigos que antes dominavam esse mundo. Com a queda dos shinobi da antiguidade, o mundo inteiro pareceu ter perdido seu brilho. Fome, doença e morte se espalhavam com o vento, a terra não mais recheava-se de vida e o brilho de um futuro melhor já não tinha morada nem mesmo no coração dos sobreviventes.

De acordo com os cultistas, é neste contexto histórico de desesperança, desespero e morte que surge a figura de um homem de roupas velhas e simplistas, um indivíduo comum — ou divino, para determinadas correntes — aos olhos do cidadão médio. Este homem, valendo-se de seus conhecimentos sobre a antiga e perdida história shinobi, bem como dotado do entendimento sobre a arte, a biologia, a engenharia e tantas outras coisas que pareciam compor o mundo dos caídos, vagou como um andarilho sobre as terras desoladas, semeando alimento onde a terra não mais era produtiva e ensinando ao povo que ali vivia a como garantir seu sustento.

Em poucos anos, aquele simplório homem ganhou notoriedade entre os "clãs" de sobreviventes shinobi. Esses não eram clãs como se conhece hoje, mas grupos bem menores, de bandidos e piratas, que aproveitavam-se do povo e de suas mazelas para reinar superior a todos eles. Decidiram por mata-lo para impedir o levante do povo, mas por mais que tentassem, não havia um único assassino capaz de tomar-lhe a vida. Não por ser um guerreiro astuto ou um ser imortal, mas sim pela serenidade de seu espírito, por seu olhar pacífico e pela determinação implacável que acompanhava os dois últimos. Naquela época, tornou-se comum dizer que todo assassino diante do Iluminado tornava-se um fiel, um seguidor, e recebia conhecimento para ensinar, proteger e semear a vida onde antes só havia morte.

O Iluminado não demorou a juntar um grande culto de seguidores, cada um responsável por sarar a terra morta em uma região do globo. Por mais que não dispusessem da mesma lábia e da mesma serenidade de espírito de seu líder, seus seguidores seguiam implacavelmente aos seus ensinamentos, e não tardou para que a terra daquele mundo fosse finalmente restaurada.

Ao final dos seus dias, como um homem já velho e cansado, o Iluminado deu aos seus cultistas um último ensinamento: a necessidade do credo shinobi. Para que tudo aquilo que fora construído pudesse sobreviver às adversidades do futuro, para que os invasores pudessem ser detidos quando atentassem contra a paz. Com esses ensinamentos, seus cultistas dividiram-se em grupos de "Caminhantes", que guiados pelo Iluminado se espalharam pelo continente e estabeleceram, com o passar dos anos, a cultura ninja e as vilas shinobi, com todo o seu sistema que parece ter sido inspirado em algo anteriormente real.


Características

— A maioria dos Shinobi, apesar de não necessariamente ser um cultista ou fiel, conhece e respeita a história do Iluminado.

— O País do Ferro, apesar de permitir a ida e vinda de cultistas, não teve seu governo samurai fundado por estes.

— Os cultistas, como são conhecidos os fiéis da religião, ainda existem mesmo nos dias atuais, mas seu trabalho é meramente de observância.

— Existem templos enormes e lustrosos homenageando o Iluminado, ainda que seu objetivo não fosse o de ser uma deidade.

— Os caminhantes consistem, tal como na vida real, em grupos com entendimentos diferentes dos ensinamentos do Iluminado.

— O Livro da Vida é o nome dado ao livro compilado pelo conselho dos caminhantes, compreendendo todos os ensinamentos do Iluminado.

— O culto possui grande influência sobre a vida shinobi e os vilarejos, mas não se envolvem nos conflitos das vilas.

— Há radicalistas, ainda que em pequena quantidade, que acreditam que o sistema shinobi é o único que deveria existir no mundo.

— A imagem do Iluminado é sagrada e símbolo de boa sorte em todo o Continente do Oeste.

— A religião realiza três feriados importantes durante o ano. O Dia da Luz, ocorrido no fim do verão (20 de Setembro), o Dia da Colheita, no Outono (7 de Novembro) e o Dia do Shinobi (25 de Dezembro). Nesses dias, os shinobi recebem folga de todos os seus afazeres. Missões em curso continuam acontecendo.

— O Dia da Luz comemora os primeiros passos do Iluminado para a restauração do mundo, sendo este o dia que, historicamente, o "Messias" conquistou seu primeiro fiel.

— O Dia da Colheita, marcado pela restauração do País do Arroz, uma das primeiras regiões restauradas pelo culto. Lá, o feriado se estende por toda a semana.

— O Dia do Shinobi marca o último dia de vida do Iluminado, mas é visto com bons olhos por ter sido o marco zero para a criação do mundo shinobi como conhecemos.

— Os cultistas mais fiéis vestem túnicas inteiramente brancas com o símbolo de uma flor na parte traseira. Os guias, como são chamados os líderes de culto, vestem túnicas com detalhes dourados e um bastão com o mesmo símbolo da flor incrustrado. (ver imagem).

Período de Surgimento: Era do Sábio dos Seis Caminhos.
Entidade(s) Cultuada (s): Nenhuma.
Classificação: Credo.
Quantidade de Fiéis: Baixíssima
Criador: Hagoromo Otsutsuki.
Localidade: Grandes Nações Shinobi.

Ninshū é a religião e o precursor do Ninjutsu moderno criado por Hagoromo Otsutsuki, o Sábio dos Seis Caminhos, o primeiro a compreender e ensinar o mistério do chakra. Os ensinamentos de ninshū foram feitos para dar às pessoas uma melhor compreensão de si mesmos, assim como dos outros, e levar o mundo a uma era de paz. Infelizmente, Ninshū viria a ser conhecido como ninjutsu, uma versão mais armada dos ensinamentos do sábio.

Hagoromo exemplificou seus ensinamentos através da distribuição de chakra feita para "conectar" as energias espirituais das pessoas umas com as outras. Isso permitiria que as pessoas entendessem uns aos outros, sem comunicação e permitiria que eles rezassem para a segurança de cada um. No entanto, as pessoas não usaram o chakra para se conectar com os outros, mas em vez disso, ligaram as suas energias espirituais e físicas internas juntas. Elas amassaram seu chakra interno para amplificá-lo e transformá-lo em ninjutsu dos tempos modernos. No final, eles acabaram usando seu chakra em batalha, assim como Kaguya, a mãe de Hagoromo, fez.

No entanto, ainda que com o peso dos muitos séculos que se passaram, o Credo Ninja parece ter sobrevivido, tendo se tornado um pouco mais forte com o advento do Iluminado, ainda que nada se comparado à Era do Sábio dos Seis Caminhos. Nos dias modernos, seus praticantes escolheram viver isolados do universo shinobi, vagando como Andarilhos e espalhando uma palavra de pacifismo, conexão e autocrítica àqueles que desejam ouvi-la.

Características

— Este é provavelmente um dos credos mais antigos que se tem notícia.

— Apesar de ser o mais antigo, raríssimas são as pessoas que tem noção da existência do Ninshū, tendo em vista que sua variante mais moderna e bélica, conhecida como Ninjutsu, foi amplamente abraçada pela sociedade.

— Nenhum dos praticantes do Ninshū tem conhecimento acerca de seu criador em um nível profundo, conhecendo-o apenas como o Sábio dos Seis Caminhos.

— O Pacifismo é uma das características marcantes dos andarilhos do Ninshū, bem como sua postura não intervencionista nos assuntos mundanos.

— É difícil encontrar um praticante do Ninshū em razão de sua conduta como andarilho; é mais fácil ser encontrado por eles.

— Para além de sua palavra e ensinamento, é comum vê-los prestando serviços sociais às camadas mais pobres da sociedade, seja como cuidadores, médicos, terapeutas, construtores e produtores de alimento.

— São conhecidos pela maioria como "Os Sennin" e as criaturas lendárias invocadas pelos shinobi lhes tem em grande estima e respeito.

Período de Surgimento: Desconhecido.
Entidade(s) Cultuada (s): Jashin.
Classificação: Seita.
Quantidade de Fiéis: Baixíssima
Criador: Desconhecido.
Localidade: Desconhecido.

Essa é uma estranha e misteriosa seita que conduz assassinatos brutais por todo o mundo. O Jashinismo consiste em indivíduos que dizem adoradores de uma entidade de caráter divino conhecido como Jashin, que espera que seus seguidores tragam ao mundo nada mais, nada menos que morte e destruição. Seus seguidores são conhecidos como "jashinistas" e costumam sempre rezar ao seu deus antes de uma luta, pedindo por uma "boa matança". Em razão desses costumes, são uma seita extremamente agressiva e perigosa, tendo feito de inimigos as maiores nações deste mundo. Apesar disso, os jashinistas tem em sua estrutura uma série de "subprodutos", grupos religiosos que se denominam jashinistas, mas que criam seus próprios rituais, dogmas e planos, de maneira que é extremamente difícil, beirando o impossível descobrir quais das centenas de grupos é o verdadeiro. Após pesquisas das Forças Regulares das Grandes Nações Shinobi, chegou-se a conclusão de que esses grupos não fazem parte de uma espécie de conglomerado, mas sim atuam separadamente e sem uma organização específica, tendo em comum unicamente a adoração por "Jashin", os sacrifícios ao dito deus do mal e uma grande diligência em esconder seus rastros.

Em virtude desta última característica, tem sido impossível rastrear lhes a nível de esconderijo, planos ou mesmo identificar uma cadeia de comando, se é que existe uma. Sabe-se que são extremamente religiosos, geralmente trajando indumentárias com seu símbolo — um círculo com um triângulo equilátero no centro — e oferecendo seus inimigos como tributo. Alguns poucos já enfrentados em combate demonstraram "maldições especiais" que em funcionamento não parecem ter nenhuma conexão com chakra, mas que também exploram o sobrenatural ao afetar suas vítimas de maneiras absurdas.

Características

— Acredita que exista, no mínimo, uma centena de variantes do Jashinismo no mundo, com seus dogmas e comportamentos específicos.

— Todas tem em comum, no entanto, a fé em Jashin e o desejo de lhe ofertar com morte e destruição.

— Não se sabe, de fato, se a entidade divina cultuada é real ou não, muito embora hajam relatos de que os Jashinistas são abençoados por uma "Força hedionda".

— É um crime comum em todas as vilas conhecidas fingir ser, abrigar ou auxiliar, de qualquer maneira, um Jashinista. Informações acerca deles são tão escassas que é comum que seja dado uma recompensa a quem tiver qualquer fato relevante para compartilhar.

— Eles não possuem templos, não adoram estátuas e nem mesmo se vestem de maneiras aparentes. Nesse sentido, qualquer um pode ser um Jashin em potencial nas estradas pelo mundo.

— São muito diligentes em suas caçadas, geralmente escondendo seus rituais sobre a faixada de ataques de animais ou bandidos.

— Seus rituais geralmente consistem em prender o cadáver de seus inimigos em regiões altas, quando o sangue ainda está fresco, para que outros possam observa-lo. Esse é o mais comum, muito embora as centenas de variantes tenham criado suas próprias formas de ritual de sacrifício.