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O Novo MundoTrama Atual

Após uma longa e devastadora batalha contra o Imperador Iedolas Aldercapt, Isabel Uchiha emergiu vitoriosa, sendo coroada como a nova Imperatriz de Nilfheim. Como uma de suas primeiras ordens, a nova monarca ordenou o recuo das tropas do leste, dando um fim àquele terrível conflito.

Infelizmente, a vitória não foi gratuita. O trono fora conquistado através de perdas irreparáveis, e agora a salvadora do oeste guardava do mundo um segredo importante.

Enquanto isso, envenenado e escolhido pela escuridão, Orion Noctilucent tornara-se avatar de uma entidade maligna vinda do mais profundo abismo de Elyos, convicto de que é chegada a hora da verdadeira invasão demoníaca.

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II. Takami KeitaroSáb Abr 03, 2021 10:55 pm



Treinos — Ano 1245

> Aqui se passarão os treinamentos de Takami Keitaro, de forma atemporal. O cenário destes variam, de acordo com a construção do texto e do objetivo da missão. Como padrão, todos acontecimentos se passarão no verão de 1245, a não ser que seja especificado o contrário.
Kaya
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Re: II. Takami KeitaroSáb Abr 03, 2021 10:57 pm



Desolation.

— O que foi mãe? Se acalma e me conta. — Disse em tom suave, segurando a mulher pelos ombros e olhando friamente os seus olhos lacrimejantes. Tentava ser firme, manter ela de pé, segurar suas pernas bambas, mas não tinha ideia se conseguiria ser forte o bastante. — Ele piorou, Keita. O ninja médico responsável falou que ele não vai conseguir passar dessa noite. — As lágrimas eram incessantes, e a fala era difícil entre os soluços. Eu não sabia o que falar, nem o que sentir, e antes que pudesse tentar qualquer coisa, ela continuou: — Eu não sei se vou aguentar, Keita. Eu preciso do seu irmão, ele precisa se despedir do seu pai! — Aquelas últimas palavras faziam invalidas qualquer projeto de frase que tinha para tentar confortá-la, restou abaixar minha cabeça e desviar o olhar. — Fica com ele, mãe. Eu te amo. — Tentei desviar completamente meu olhar, abraçando-a e me distanciando em seguida. Eu não queria ficar ali, não queria ver minha mãe chorar por algo que eu fiz, e mesmo que por dentro eu agradecesse por aquela notícia, eu me arrependia amargamente de tudo o que fiz.

A quantidade de sentimentos distintos que levava comigo fazia com que minha mente se afundasse em um mar de confusão. Eu nunca fui uma pessoa de se expressar, que sabe lidar com a carga emocional das situações, e a única forma de escape que conheço é liberar tudo em treinamentos. Mesmo que agora tenha amigos, eu não acho que estou preparado para me mostrar nesse estado quebrado para aqueles que acabei de conhecer, então resolvi sair do hospital e ir direto para as ruas, à procura de um beco qualquer que fosse capaz de aguentar todos aqueles sentimentos. Andei pelas ruelas desamparado, evitando contato visual com qualquer um que passasse por mim. Eu me torturava com meus próprios pensamentos, me julgava por desejar a morte daquele homem que me criou, mas não conseguia evitar, ele é o responsável por tudo de ruim que já me aconteceu.

No centro comercial, encontrei um beco exatamente como o que tinha em mente. Me escondi em meio a escuridão que ele produzia, iluminado unicamente pelo brilho lunar. As primeiras lágrimas começaram a cair, enquanto o corpo foi manifestando a característica principal do Shikigami no Mai, gerando cada vez mais papeis ao meu redor. O chakra fluía entre o corpo e os papeis, controlando-os e lançando-os contra uma lata de lixo metalizada, atingindo-a em diversos pontos diferentes, com uma enxurrada de papeis quase que incessantes. Eu me entreguei completamente aos meus sentimentos, deixando que a raiva e a tristeza moldassem meus movimentos pouco pensados, queimando todo o meu chakra gradativamente.

Não precisei do auxílio de nem um mísero selo de mão, os papeis simplesmente eram gerados e lançados contra a lixeira, perfurando-a e esmagando-a, a depender da forma como eu manipulava. Os sons emitidos não eram suficientes para atrair a atenção de outras pessoas, o que me deixava ali, sozinho, com meus pensamentos e sentimentos. Os papeis utilizados que caíam próximo à lixeira eram reutilizados, voltavam ao meu corpo e novamente faziam um ataque, uma série de golpes intermitentes, que só foi interrompida quando caí de joelhos contra os chãos, cansado demais para continuar. As gotas que escorriam pelos olhos acariciavam o solo, a mente desolada pouco sabia como continuar a partir dali. Até o último instante de consciência, eu continuei a destroçar aquela lixeira, até que tudo escureceu, e eu pude finalmente descansar.

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Re: II. Takami KeitaroSáb Abr 03, 2021 11:23 pm



Desolation II.

Meus olhos se abriam e eu sentia meu corpo inteiro dolorido. O calor esquentava o meu rosto e o suor percorria meu corpo, mas não entendia exatamente o que tinha acontecido, não até perceber que estava naquele beco, poucos segundos depois de abrir meus olhos, relembrando tudo o que havia acontecido. Eu me levantei com pressa, batendo em minhas vestes na tentativa falha de afastar um pouco daquela poeira que me cercava, e comecei uma rápida corrida em direção ao hospital. Eu pretendia sair por algumas horas para esfriar a cabeça, não planejava ficar tanto tempo longe, não no dia em que minha mãe mais precisaria de mim. Corri pelo vilarejo utilizando o meu chakra para aprimorar meus movimentos, a energia era queimada a cada novo passo, mas era o necessário se quisesse alcançar o hospital antes da hora do almoço.

Não tive respeito algum pela propriedade dos outros, eu saltei por veículos, rochedos e casas, derrubei mercadorias e empurrei pessoas, sem o mínimo senso de compaixão ou empatia. Eu conseguia sentir o peso físico de todo aquele esforço, minhas pernas começavam a ficar bambas, não só por estarem trabalhando em seu auge como também pela grande perda incessante de chakra. Uma aura dourada começou a se formar ao redor do meu corpo, moldada a partir do constante uso do meu chakra, o que simbolizava a queima das minhas reservas. Eu continuei seguindo em frente, despreocupado quanto à minha saúde, visto que não dosar o uso do meu chakra por dois dias seguidos poderia acarretar em consequências inesperadas.

Para quem estivesse me observando, a depender de suas habilidades, eu poderia ser uma espécie de vulto amarelo destruindo absolutamente tudo o que estava em seu caminho, para outros, mais habilidosos, eu era um ninja de baixas habilidades esgotando tudo o que tinha de suas energias para realizar um avanço nada pensado. Mas foi aquele avanço que me levou ao hospital, e quando me vi diante dele, parei por um mísero segundo e comecei a descansar. A técnica anterior foi cancelada, o fôlego pesado aos poucos se recompôs e eu me vi diante de outra situação que deveria por em ação todas as habilidades que havia desenvolvido com os treinamentos. O shikigami no mai foi realizado e duas longas asas de papeis foram moldadas a partir das costas. Eu não tinha tempo para subir as escadas.

Um único movimento me ergueu a alguns metros do chão, e outros movimentos repetitivos se sucederam enquanto utilizava o chakra para manter a manipulação. Eu me movi pelo ar próximo ao prédio, observando pelas janelas de vidro os pacientes em seus quartos. Contei cada andar que passava, até chegar naquele que estaria meu pai, e então entrei pela primeira janela aberta que encontrasse, avançando ao interior do cômodo e desfazendo os papeis que me permitiam aquele feito. — Perdão. Eu não gosto das escadas. — Lancei ao paciente que se assustou com minha entrada, e então fui aos corredores, no intuito de me situar e procurar pelo quarto onde meu pai deveria estar.

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Re: II. Takami KeitaroDom Abr 04, 2021 10:12 am

II. Takami Keitaro UARBAI3

Peço apenas que, nos próximos treinamentos, você dê um maior enfoque no treinamento e no desenvolvimento do ponto de atributo. Você chegou num nível em que apenas usar jutsus não é o suficiente para melhorar, é necessário estudar a maneira como você os usa. De resto, narrativa muito bem feita, meus parabéns.


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Re: II. Takami KeitaroSáb Abr 10, 2021 2:59 am



Desolation III.

Entrei no hospital crente que encontraria minha mãe à frente da porta do quarto do meu pai, chorando, após assinar uma tonelada de papeis referentes a possível morte do meu pai. Talvez por essa ideia que mantive em minha mente eu fiquei abismado ao encontrar um cenário completamente diferente. Dei poucos passos no corredor que se encontrava o quarto e de longe eu via meu pai de olhos abertos, com sua maca sendo movida por alguns ninjas médicos acompanhados de ninjas com cargos superiores ao meu. Ao lado deles estava minha mãe, contente, acompanhada de Ren, meu irmão mais velho. Eu não sabia o que fazer, talvez eles não reagissem bem, talvez meu pai tivesse contado uma história diferente de tudo o que realmente aconteceu. Antes que eu pudesse pensar em me retirar do recinto, fugir de toda a situação e viver nas ruas para sempre, Ren me olhou friamente, como alguém que já tinha notado minha presença há muito tempo. Meu corpo gelou, e no primeiro movimento que fiz para recuar o meu corpo paralisou.

— Já está se retirando, Kei-kun? — Sua voz ressoou pelo corredor, penetrante, contribuindo para aquela sensação que me fazia ficar completamente estático. Engoli seco, enquanto o suor gelado descia pela minha testa de forma extremamente desconfortável. — Não vai nem fingir que está feliz por me ver? Eu passei dias fora. Você já foi muito mais amoroso com seu irmão mais velho. — Ele continuou, e subitamente meu rosto corou, percebendo que uma multidão começava a olhar para nós dois. Minha fala engasgou, e demorou até que eu consegui montar uma frase suficiente para aquela situação. — O-o que estão fazendo com o nosso pai? — Perguntei, tentando me afastar do assunto anterior. Ren começou a se aproximar, enquanto minha mãe continuava a seguir o seu caminho após alguns sussurros. O silêncio era predominante.

No momento eu me sentia como o filho caçula que aprontou uma grande confusão, e que estava prestes a ser doutrinado pelo irmão mais velho para aprender uma lição. Mas eu, no fundo sabia que esse não era o tipo de figura que Ren era, mesmo que as vezes seus sermões fossem árduos, ele não costumava estar contra mim. Mas era simplesmente inevitável não temer por minha vida a cada passo que ele dava em minha direção, com seus olhos penetrantes se encontrando com os meus, e aquela aura, bem, eu não sei o que é exatamente, mas é como se eu estivesse completamente na palma das suas mãos. Subitamente a minha visão se borrou, como se a noite mais sombria que eu tivesse vivido até então se instaurasse nos corredores do hospital. Eu não conseguia ver um palmo à minha frente, e aquela paralisia que afetava o meu corpo anteriormente se revelava por trás de cordas que penduravam meus membros e impediam qualquer tipo de movimentação. Ao meu alcance de visão eu via uma poça de sangue, mas o local de onde ela vinha era escondido por trás da penumbra, só conseguia sentir o cheiro de carniça que empesteou o local.

Aquilo não fazia o menor sentido. Quanto mais eu forçava minha caminhada e tentava traçar um passo à frente, o material das cordas se aperfeiçoava, viravam cordas duplas, e depois correntes. O sangue fresco começava a tocar os meus pés, a criatura que liberava aquele sangue chegava cada vez mais perto, e eu começava a ver que se tratava de um porco executado. Parecia um grande pesadelo, com tudo o que eu mais temia me atormentando. Mas eu tinha noção que não estava dormindo, todo aquele cenário se instaurou em um momento muito repentino, e eu comecei a notar as deformidades dos arredores. O material que mudava sempre que eu tentava me mover e me prendia, me trazendo aquela sensação de restrição que eu tanto odiava; o sangue que tocava meus pés e a criatura abatida que se aproximava, mesmo morta, evidenciando minha aflição pela carne vermelha e pelo abatimento dos animais. Eu não queria acreditar, mas poderia ser uma técnica ilusória utilizada por Ren, pois somente ele me conhecia o bastante para moldar um ambiente como aquele. Continuei a inspecionar cada centímetro daquela ilusão, e comecei a questionar o motivo de tudo ser tão escuro, com falta de detalhes, claramente representando algo imperfeito.

Eu tentei fechar os olhos, e aquelas imagens continuaram passando pela minha cabeça. Mesmo com todo o ambiente que me deixava completamente desconfortável eu me esforcei para interromper meu fluxo de chakra, um método aprendido na academia para anular os efeitos de uma ilusão no meu corpo. Era complicado, fazer algo tão complexo com tantas interrupções, mas eu detinha um estado muito avançado de controle de chakra e consegui driblar aquela ilusão. Ao passo que meus olhos se abriram novamente o ambiente se transformou, e eu voltei exatamente para a localização que me via anteriormente, nos corredores do hospital, com uma exceção, de que agora Ren estava à minha frente, me observando.

— Imaginei que você tinha treinado bastante, mas o tempo que você levou para detectar a ilusão é preocupante. — Disse, dando uma leve pausa e continuando em seguida. — Espero que ele não tenha te machucado gravemente dessa vez. Vamos dar uma volta, esfriar a cabeça e então você me conta tudo o que aconteceu, certo? — Finalmente terminou, ao se aproximar o suficiente para colocar sua destra sobre meu ombro. Minhas pernas ficaram bambas por um instante, e eu senti sua mão conduzir meu corpo e manter-me de pé. Não tive opção, senão ouvir o meu irmão e seguir ao lado dele para o exterior do hospital. — Você nunca tinha me colocado em um Genjutsu antes. Essa foi minha primeira vez tendo que lidar com um, por isso foi tão difícil de me livrar dele.

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Re: II. Takami KeitaroSáb Abr 10, 2021 4:28 pm



brother.

Não lancei muitas palavras durante minha caminhada com Ren. Nós saíamos do hospital da vila e íamos em direção ao centro comercial, andando pelas ruelas sem um destino aparente. Ele comentava coisas insignificantes durante o caminho, e em certo momento até pareceu desinteressado em saber dos assuntos que levaram à internação do meu pai, mas eu queria saber para onde ele estava sendo levado. — Para onde estão levando nosso pai? Eu vi que ele estava acordado. — Eu perguntei, aflito com aquele silêncio, mas não tive uma resposta agradável. — Você sabe para onde ele estava sendo levado, só não conseguiu raciocinar ainda. — Ele interrompia subitamente os seus passos, e começava a inclinar sua cabeça, como se inspecionasse os arredores. — O que você tá fazendo? — Perguntei, revirando os olhos. — Estou prestes a te ensinar uma lição.

O ruivo apontou para três pessoas distintas, a primeira era uma velha, que estava atrás de uma banca, vendendo algumas frutas. O segundo era o homem que comprava as frutas da idosa apontada primeiramente, e o terceiro era uma criança sentada em um banco, comendo um sorvete, olhando para os dois. — Parte das habilidades de um ninja é a percepção, ele deve estar sempre atento aos seus arredores para conseguir tomar conclusões sucintas em relação às suas ações. Tente correlacionar essas três pessoas que apontei. — Ele terminava, ajeitando seu chapéu para que o sol não atrapalhasse sua visão, e então cruzou os braços, esperando uma resposta.

Comecei a encarar um por um, buscando qualquer traço similar que eles tivessem. Olhei para suas roupas, mas não existia nada que as fizessem se correlacionar, nenhuma marca específica de clã ou algo do tipo. Percebi que a criança olhava para os outros dois, intercalando entre lambidas no seu sorvete e olhadas para a vendedora e seu cliente. A mulher era idosa, e carregava consigo uma aliança, enquanto o comprador era um homem um pouco mais jovem, sem aliança, mas com um sorriso simpático em seu rosto. Ren começava a mostrar seus primeiros traços de impaciência, com seus pés fazendo movimentos repetidos, deixando-me cada vez mais nervoso.

— Eu não sei! Sei lá, cara. — Dei uma resposta prematura, aflito por não conseguir notar nenhuma coisa similar entre os três. — Qual é o sabor do sorvete que o garoto está comendo? — Seu tom era calmo, mas suficiente para me fazer abrir os olhos para uma suposta dica. Foquei-me em minha visão e encarei o sorvete da criança, notando o seu tom rosa-avermelhado, provavelmente um sorvete de alguma fruta vermelha. Tentei levar isso em consideração ao voltar a olhar para a banca, e vi que a velhota era uma comerciante de frutas vermelhas. Bingo. Mas o que aquele homem tinha a ver com tudo isso? Bem, depois de já ter isso em mente, foi fácil notar que ele carregava uma sacola na sua mão direita com o símbolo de uma sorveteria.

— A criança é cliente do homem, que é um sorveteiro, e a mulher é quem vende as mercadorias para o sorveteiro? Logo a criança compra as mercadorias processadas da idosa que são vendidas pelo homem? — Lancei ainda com dúvidas, não muito confiante da minha resposta, e Ren respondeu-me com uma longa risada. — Você ainda tem muito o que aprender, Kei-kun. Você cresce em tamanho, mas continua sendo uma criança. Vamos continuar nossa caminhada.

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Re: II. Takami KeitaroSáb Abr 10, 2021 4:46 pm



brother II.

— Foque-se em suas lembranças anteriores ao momento em que você se viu preso na minha ilusão. O que você viu? — Ren sentava-se na sombra de uma árvore pouco depois do centro do vilarejo, abrindo espaço para que eu fizesse o mesmo, e então começou uma série de perguntas para que eu conseguisse raciocinar por minha conta para onde os ninjas estavam levando nosso pai. — Eu estava cansado, ofegante, entrei pela janela de um dos quartos e quando virei no corredor eu vi nosso pai sendo levado na sua cama por alguns ninjas médicos e outros superiores. — Respondi, lembrando rasamente do que havia acontecido. — E o que mais? — Ren não estava contente com algo raso, sua voz grossa era até mesmo intimidadora, como se ele estivesse realizando uma investigação para o vilarejo. — Você e a nossa mãe estavam atrás, eu pensei em ir embora mas você me notou e a ilusão começou. — Voltei a responder, mas Ren balançava a cabeça, decepcionado, notificando que não era isso que ele queria.

— Volte para os ninjas que levaram nosso pai. Como eles eram? O que eles tinham? O que eles não tinham? — Ren voltava a me questionar, e eu sinceramente estava odiando aquela brincadeira de jogo da memória. — Argh... Eram dois ninjas médicos carregando a maca, enquanto outros dois ninjas seguiam em um caminho que levava para o elevador. Eles vão trocar nosso pai de andar, não é? — Eu tinha quase certeza que sim, embora não tivesse pensado nisso anteriormente. Ren concordou, balançando a cabeça, e a falta de palavras mostrava que ele esperava mais do que isso. Me inspirei em nossa lição passada e me atentei aos detalhes, procurando nos fragmentos da minha memória algum objeto ou símbolo que fizesse ligação a outar coisa. — Os médicos que levavam nosso pai não tinham o símbolo do hospital em seus trajes, não igual ao dos outros, era um símbolo diferente, mas eu conheço esse símbolo, ele também está presente na jaqueta dos dois ninjas que os acompanham... — Deixei que minha fala acompanhasse meu processo de pensamento, até que dei uma pausa de alguns segundos onde tentei raciocinar a ligação de todas as informações.

Aquele era o símbolo do quartel general. Por que meu pai havia sido internado? Porque eu havia o ferido gravemente. Por que mesmo inconsciente o meu pai estava sendo vigiado de perto por diversos ninjas do vilarejo? Por que meu pai estaria sendo levado pelo quartel general após sobreviver aos ferimentos e acordar do coma? Comprovar informações? Meu processo de pensamento ficava cada vez mais confuso, eu comecei a lembrar-me dos acontecimentos passados e a memória da minha conversa com um dos oficiais veio à tona. Ele havia me questionado sobre o que aconteceu naquele dia, o que houve para que eu fizesse aquele ataque. Ele inspecionou meus ferimentos, eu tive que passar por diversos médicos especialistas, e nada disso teve uma resposta até então, eu consequentemente interliguei todos esses fatores em uma resposta nada certeira.

— O alto escalão do vilarejo acha que eu sou um perigo para o nosso pai? — Respondi enquanto abria os olhos, encarando Ren, que esperava uma resposta brilhante, mas que teve que lidar com a decepção da minha falha. — As vezes eu me surpreendo em como você é ingênuo, Keitaro. Pelo menos você está conseguindo prestar mais atenção nos detalhes das situações, é um avanço. Eu vou te explicar para onde levaram nosso pai e você vai me explicar o que exatamente aconteceu em casa.

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Re: II. Takami KeitaroSáb Abr 10, 2021 11:37 pm

Treinos de Atributo I, II e III : Aprovados;
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Re: II. Takami KeitaroQui Abr 15, 2021 2:13 am



A tale about a mountain.

Existe um ponto da vida de um ninja em que ele se vê estagnado, esse momento é quando ele deixou de aprender apenas o básico e começa a transitar entre assuntos mais complicados, que precisam de extensos dias de prática para um resultado minimamente perceptível. Keitaro estava nesse ponto, e é bastante conhecido por não ser alguém dotado de muita paciência. Por isso, ele se vê preso em determinado nível de poder já faz algum tempo, e não podia simplesmente recorrer aos ensinamentos de Ren como sempre fazia, tinha que começar a desenvolver certa autonomia, bom, pelo menos era esse o motivo que ele contava para si mesmo. Internamente, ele se corroía de raiva pela sua própria incompetência. Ele estava melhorando, suas habilidades começavam a se tornar um pouco mais refinadas, principalmente em relação ao Shikigami no Mai, e sua fama ninja era espalhada entre os vizinhos mais próximos, mas ele não conseguia observar isso, pois a finesse de suas habilidades estava muito acima de sua percepção para com elas.

Em algum lugar de Kumogakure, onde os picos tentavam arduamente contestar o lugar das nuvens no céu, os pássaros se assustavam com os gritos e estrondos emitidos por um genin não tão preparado. No local, isolado do centro do vilarejo e de qualquer parte civilizada, Keitaro estava empenhado em desfazer uma montanha utilizando unicamente o seu ninjutsu. — Até o fim do verão eu vou derrubar você, porra! — Ele gritava entre as tentativas falhas de controlar o seu chakra e moldar parte do seu corpo em objetos diversos, que se chocavam abruptamente contra as rochas, causando não muito mais do que poucos deslizamento de minúsculas pedras. — O meu papel vai destruir essa montanha, nem que eu precise ficar todos os dias tentando! — Ele não tinha uma plateia, aquelas frases intermináveis eram para si mesmo, uma espécie de motivação, ele precisava daquilo.

Quem sabe o papel realmente fosse capaz de perfurar a montanha e eventualmente derrubá-la, mas com o progresso atual, isso poderia demorar anos. Keitaro percebeu isso, e imediatamente interrompeu suas tentativas, e lembrou-se dos ensinamentos do seu irmão. Não há aprendizado sem a análise, sua percepção deveria trabalhar lado a lado com suas habilidades, ele começou a refazer os seus passos em sua mente, e investigou o motivo de seu fracasso. Começou pelo papel, o material que gerava com a sua manipulação, e ele não aparentava problemas, era uma matéria perfeita moldada com seu próprio chakra, não existia forma de aprimorar aquilo, não atualmente. Concluiu que deveria colocar mais esforço na potencialização do seu chakra, fazer com que o papel tomasse uma propriedade perfurante, e deixasse de ser simplesmente cortante.

Seria uma tarefa árdua, ele nunca havia conseguido modificar a estrutura do papel que criava, mas teve uma ideia que poderia lhe ajudar. — De nada adianta eu ficar tentando cortar a montanha, eu preciso de algo mais potente, preciso perfura-la. Mas como? Eu não consigo alterar as propriedades tão livremente assim... A não ser que... — Concentrou seu chakra até o ponto em que uma aura dourada começou a ser visível em torno de seu corpo. Tanto seu corpo quanto suas vestes começaram a evidenciar ainda mais a característica principal da ativação do Shikigami no mai, e a superfície de sua pele começou a desfazer-se em papeis, juntando-se em uma grande esfera ao lado do seu corpo. — Eu não posso alterar a propriedade diretamente, mas posso usar a rigidez do chakra para moldar algo com eles. — Terminou, modelando a esfera gerada em uma espécie de broca, que carregava o imenso brilho de seu próprio chakra.

Com um único gesto, lançou aquela broca contra a rígida superfície da montanha, e inicialmente já mostrou uma melhora na performance. A técnica não era repelida e simplesmente se desfazia em míseros papéis, ela continuava arduamente enquanto queimava o chakra empregado no molde, adentrando alguns centímetros no rochedo durante a investida inicial, mas logo sendo interrompida. — Caralho! Como isso não funcionou!? — Foi a reação inicial de Keitaro, mas ao observar com cautela, ele notou que sua broca continuava queimando chakra, ela era resistente o suficiente para fazer o que ele queria, mas falta algo mais.

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Re: II. Takami KeitaroQui Abr 15, 2021 2:26 am



II. A tale about a mountain.

A broca de papel improvisada era desfeita em diversos papeis que voltavam ao corpo do genin, dessa vez não forçadamente, mas ao seu comando. Ele sentia sua cabeça doer com o esforço que fazia para tentar analisar suas falhas, e não parecia ter chegado muito longe, mesmo que tivesse se desviado imensamente de suas tentativas iniciais. Ele tinha a habilidade suficiente para fazer o que desejava, mas não conseguia bolar a estratégia ideal, pois não se tratava de um feito fácil. Tinha escolhido a menor montanha das mais próximas, algo minimalista ao ser comparado com as normalmente presentes no país em que residia, e isso mostrava o quão familiarizado estava com suas habilidades. Ele sentou no chão, com cara de derrotado, mas só estava sentindo-se em um beco sem saída. A mesma questão repetiu-se em sua cabeça, mais vezes do que conseguia se lembrar: Como diabos eu posso perfurar essa montanha?

Controlar os papeis gerados pelo seu próprio corpo era uma tarefa simples, ele conseguia alterar sua trajetória em meio ao ar e até mesmo utilizar o chakra para moldá-los em diversas formas. Mas e se além de parecer uma broca, aquele objeto de papel se comportasse como uma? Ele teria que aplicar conceitos complexos de controle de chakra nos seus ninjutsus, pois além de moldar o formato, teria que manter, controlar e se esforçar no mantimento do movimento de avanço e de giro em torno de seu próprio eixo. Na cabeça de Keitaro, isso era simplesmente impossível, eram fatores demais a se preocupar e não seria hábil o suficiente para isso, mesmo que tivesse praticado por meses suas habilidades com o shikigami no mai. Suspirou, deixando sua coluna ceder e leva-lo ao chão, caindo de braços abertos olhando para o céu. — Eu vou ter que tentar... — Ele não tinha nenhuma outra ideia.

Sua primeira tentativa quase o levou à desistência total. Se desconcentrou na geração do papel e não havia o suficiente para a modelagem da broca, teve que recomeçar e simplesmente havia perdido o seu chakra e tempo. A segunda foi um pouco mais promissora, ele moldou a broca em meio ao ar, manipulando-a acima do chão, e então começou a aplicação de seu chakra sobre o papel já manipulado, não só aumentando sua resistência como também facilitando a manipulação, e a broca começava a traçar a sua primeira rotação. Ele sorriu, contente com a comprovação de que aquilo era possível, e nesse momento a escultura desmoronou, com os papeis se dividindo e indo ao chão, pela falta de concentração. — Mas que merda. — Lançou aos ventos, juntando as folhas ao seu corpo e se preparando para uma nova tentativa.

Ainda falta muito tempo para o verão acabar, e Keitaro estava determinado em derrubar a montanha até lá.

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Re: II. Takami KeitaroQui Abr 15, 2021 3:30 am



III. A tale about a mountain.

Com o passar do tempo, o sol foi se pondo, e o calor ardente do verão começava a perder a potência. Mas o mesmo não podia ser dito para as tentativas repetitivas de Keitaro, que avançava cada vez mais. Ele havia masterizado completamente a modelagem da broca que seria a responsável por derrubar a montanha, mas seus giros eram instáveis, não detinha a consistência necessária para uma tarefa tão árdua quanto perfurar toda uma montanha. No entanto, o avanço era claro, uma espécie de buraco começava a se formar na parte da montanha que recebia os repetitivos impactos, e Keitaro começava a perceber o seu avanço no controle do Ninjutsu, agora que tinha um exemplo visual daquilo que conquistava.

O estômago começava a reclamar, mas seu cérebro estava completamente focado naquela série de ações, ignorando qualquer estimulo do corpo para o alcançar de seu objetivo. O genin estava esperando um grande avanço, alguma espécie de marco que delimitasse o seu treinamento, mostrando que era o suficiente pelo dia, para que finalmente conseguisse descansar. Perdeu as contas das tentativas na vigésima sexta, acreditava que já teria dobrado o número e começava a pegar prática no controle simultâneo da broca e do seu giro. Ele abriu mão da estocada inicial, que contribuía para a formação de um maior impacto, mas que desequilibrava o papel e fazia-o girar bem menos. Mas com a falta dele, Keitaro percebeu que pecava em algo crucial, ele não estava exercendo força o suficiente para que a broca adentrasse a montanha, ele estava se focando demais no giro.

— Gerar, moldar, controlar o avanço e o giro... — Ele repetia aquilo diversas vezes em sua cabeça, ao ponto que começava a passar por seus lábios sem perceber. Gotículas de suor transbordava por toda sua face, e suas vestes mostravam o cansativo trabalho que fizera até então. Moldou mais uma broca de papel, fez com que girasse e a fez avançar sutilmente contra a formação rochosa. Os olhos cerravam enquanto o chakra entrava em combustão, pedregulhos começavam a se soltar da superfície e o buraco começava a se alongar, ao ponto que a broca começava a adentrar no interior da montanha, parando completamente após infiltrar pouco mais de sua metade. — Arghhh! — Resmungou Keitaro, frustrado. Havia chegado em mais um beco sem saída, mesmo desvendando diversos problemas em seu ninjutsu e o lapidando o suficiente com a aquisição de novas técnicas de manipulação, a broca não era capaz de criar espaço o suficiente para continuar o seu giro, evidenciando o fracasso de tudo o que fizera até então.

— Eu ainda não desisti de você, montanha. — Resmungou, virando as costas e voltando ao centro do vilarejo. Seu treinamento não havia terminado, ele ainda tinha longas horas de descanso para utilizar elaborando novos planos para o aperfeiçoamento do seu ninjutsu. Ele precisava melhorar o bastante para derrubar aquela montanha. Mas antes de tudo isso, se entregou à uma longa noite de sono.

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Re: II. Takami KeitaroQui Abr 15, 2021 9:23 am

Treinos de Atributo I, II e III : Aprovados;
Recuperação de Chakra:  48Hrs sendo contadas a partir do momento de postagem do ultimo treino, sendo assim, a recuperação será dada as 3:30 A.M de 17/04.Lembre-se, postagens em on irão anular a recuperação.

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Re: II. Takami KeitaroSáb Abr 17, 2021 3:07 pm


Kami Shuriken.

Keitaro tinha apenas seis anos de idade quando percebeu que suas habilidades com os armamentos básicos de um ninja eram medíocres. Por mais que Ren tentasse lhe auxiliar, para ele era simplesmente impossível realizar um acerto que não tivesse a cruel trajetória de ir ao chão. Isso não o entristecia, pois detinha talento com a arte do Ninjutsu, e mesmo com uma idade tão pequena ele já era capaz de manifestar o Shikigami no Mai, em pequenos momentos de sua vida. Estava longe de ter um controle de chakra perfeito, mas ver aquelas armas ninja serem arremessadas por seu irmão o fez inveja, ele queria fazer aquilo, mas queria fazer do seu próprio jeito.

Em uma tarde, pegou uma shuriken e manuseou-a entre as palmas de suas mãos. Ele tateou-a no intuito de ensinar cada detalhe aos seus olhos e aos seus músculos. Ele queria saber exatamente como era o formato daquela arma, quais eram as características que permitiam o seu uso. Ao mesmo tempo ele se esforçava, controlava o seu chakra de maneira amadora, e separava uma única folha de papel de seu corpo, começando a dobra-la em uma série de figuras, um real origami. Não demorou até que a figura de uma estrela foi adquirida, mas não era o suficiente, não era o tipo de estrela que ele queria. Mas foi o suficiente para se convencer de que era possível.

Ele largou a arma ninja, e observou-a de longe enquanto focava na criação de sua técnica. O chakra foi novamente colocado sobre a folha de papel, que começou uma série de novos movimentos, até finalmente alcançar a figura que queria. Cansado, o pequeno Keitaro ofegava, e com um único balanço de sua destra a shuriken avançou, cravando sua entrada contra um rochedo de seu campo de treinamento. Ele sorriu, vendo sua mais nova criação, a primeira técnica que havia criado.

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Re: II. Takami KeitaroQui Abr 22, 2021 10:58 am

Aprendizado de Jutsu [Rank-C: Kami Shuriken]: Aprovado

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Re: II. Takami KeitaroSáb Jun 18, 2022 11:55 pm


need for speed.

Alguns dias se passaram desde a última vez que eu e Sariel nos encontramos com o intuito de treinar. Na ocasião, nós realizamos um treinamento um tanto quanto peculiar, onde uma aposta fora feita e, obviamente, eu a ganhei. Isso aconteceu há algumas semanas atrás, e desde então eu simplesmente não consigo parar de refletir sobre todos os acontecimentos daquele dia em específico. Não consigo tirar da minha cabeça essa ideia estranha de que eu esteja sentindo algo muito maior do que eu consigo compreender, e essa mistura de ânsia pela sua presença e resistência tem me exaurido mentalmente de forma que influenciara minha estima e me prendera dentro das quatro paredes de minha casa, congelando todo meu progresso como ninja.

Quando a lua banhou o vilarejo com o brilho refletido entre as montanhas e cumes, adentrando as janelas de forma nada arbitrária, eu resolvi que estava farto de me fazer de preguiçoso, de esperar por um contato, um convite, qualquer coisa. Pensei em tomar alguma atitude, mas quanto mais próximo à realidade essa ideia se tornava, mais eu me acovardei. Com o único intuito de fugir desse sentimento fragilizado, que eu estava longe de compreender, eu resolvi me retirar dos confortos do meu quarto para gastar toda aquela energia acumulada depois de tantos dias de repouso.

Do lado de fora da casa, pouco conseguia observar e determinar que seria útil para um treinamento improvisado, não importava o quanto eu tentava ser abstrato com a ideia de um treinamento, talvez por conta da localidade ou por outro motivo qualquer, mas nada me parecia útil de verdade. Nesse instante, uma ideia surgiu em minha mente, espontânea o suficiente para ser considerada um insight. — O método do Ren! — Pronunciei em tom elevado, evidenciando a falta de controle momentânea.

Bem, depois de algumas poucas series de movimentos repetindo aquilo que via Ren fazer quando criança – Pular de uma parte da cerca para a outra, alterando o ritmo de forma crescente e depois decrescente – eu percebi que não era exatamente uma abordagem útil para mim. Nesse momento, parte superficial de todo o meu corpo se desfez em pequenos papéis, que alçaram voo até uma distância considerável, formando algumas shurikens de tamanho nada assustador.

Respirei fundo e observei as armas ninjas criadas a partir do origami girarem e flutuarem, prontas para serem lançadas em minha direção, só bastava um comando. Em dado momento, quando me vi preparado, comecei a primeira serie de exercícios daquela improvisação criada por mim e para mim. No momento em que a primeira Shuriken começava a vir contra a minha direção, flexionei os joelhos e me lancei contra a minha direita, encostando no muro da casa. Com isso, a primeira arma tinha sido evitada com sucesso, mas não demorou até que a segunda fosse comandada contra minha direção, e eu respondi com o mesmo movimento, dessa vez para a esquerda.

Não demorou muito até que eu percebesse que aquilo era simples demais, reagindo ao tédio com o aumento da dificuldade daquela tarefa. Agora, além das duas shurikens que vinham em direção opostas pela frente, duas shurikens previamente evitadas voltavam e tentavam me acertar pelas costas. Com isso, eu estava sendo atacado por quatro ângulos distintos, dificultando a esquiva com movimentos simples. Na primeira série dessa nova dinâmica, eu comecei a saltar para evitar as primeiras duas shurikens, e no momento em que alcançava certa altura, moldava um par de asas para me impulsionar para baixo, me agachando ao alcançar o chão, evitando as outras duas armas. Até então, estava dando certo.

Com o Shikigami no Mai sendo o protagonista naquele treinamento onde eu sentia que meus reflexos e velocidade se aprimoravam, eu começava a transpirar. Tamanho era o esforço físico e mental, tanto pelos numerosos movimentos quanto pela manutenção e controle da técnica, que eu estava cada vez mais exausto. O suor que escorria por todas as partes do corpo começava a dificultar a movimentação com a transformação em papeis, diminuindo minha velocidade e fazendo com que alguns movimentos fracassassem, culminando em mim recebendo golpes que não deveriam me atingir.

— Porra! — Lancei aos ventos, em tom moderado, mas o suficiente para atrair a atenção de alguns vizinhos, que me encaravam pelas janelas de suas casas. Eu suspirei, e respondi com um gesto não muito amigável protagonizado pelo meu dedo do meio. — Vão a merda! — Após a fala, eu me joguei para trás e deitei no solo montanhoso, com o rosto mirando os céus, encarando a lua. Cansado demais para dar os dez passos necessários para entrar em casa, eu fiquei ali, observando as nuvens e montanhas de Kumogakure, refletindo sobre cada movimento feito durante aquelas inúmeras séries de treinamento. Como eu poderia ter evitado o último golpe que me acertou? Quais outros movimentos eu posso começar a desenvolver para aumentar o meu repertório? Eu tinha noção que o combate físico e a velocidade eram as áreas que Sariel tinha vantagem sobre mim, e quiçá essa fosse a lenha que mantinha ardendo a chama que me motivava a treinar.

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Re: II. Takami KeitaroDom Jun 19, 2022 1:58 pm

Na manhã do dia seguinte, o rapaz veria uma misteriosa carta a ele destinada. Desenrolando o papiro e lendo seu conteúdo, perceberia tratar-se de um comunicado do corpo administrativo das Forças Regulares da vila, recomendando que não arranjasse confusão com seus vizinhos.


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Re: II. Takami KeitaroTer Jun 21, 2022 9:08 pm


the sound of silence

Eu estava cercado pelo mais amplo vazio quando minha consciência se acendeu em um lampejo, assimilando de forma repentina todos os processos que ocorriam de forma simultânea por toda vastidão do meu ser. As pálpebras se abriram lentamente enquanto as írises estremeciam de acordo com o inconveniente brilho solar, ao passo em que o canto dos pássaros e o som dos passos dos cidadãos de Kumogakure começaram a invadir os ouvidos. Em poucos segundos de consciência os bilhões de neurônios já conseguiam cumprir o seu árduo feito de lembrar-me de tudo o que culminou na minha posição atual. Eu havia treinado demais e desmaiado.

Ainda assumindo a mesma posição, sentindo cada grão de areia sobre as rochas que moldavam o solo local impregnarem minhas vestes, eu continuei observando as nuvens que se moviam lentamente, sentindo uma exaustão física crescente mesmo depois de tantas horas de descanso. Nesse instante, um corvejo se ascendeu entre os sons do ambiente, e minha atenção se voltou completamente a ele. — Uma águia? — meus olhos foram redirecionados até onde o som parecia ter sido emitido, e com isso eu constatava que estava correto, uma águia alçava voo entre os cumes do vilarejo.

Enquanto os passos daqueles que caminhavam pelo centro residencial se tornavam sons ignoráveis pela habituação, a sensibilização de uma discordância estridente tomava completamente minha atenção. Por um instante uma enorme dúvida pairou sobre meus pensamentos: O que diabos era aquele estridor? — Não demorou até que eu finalmente assimilasse que aquele som não era rotineiro, mas era bem familiar. — O chá da minha mãe tá pronto... Então ainda é manhã... — consegui identificar com clareza que se tratava do apito da chaleira velha da minha mãe, que utilizava raramente, porém sempre às manhãs.

Uma certa tristeza abraçou meu corpo após a última adivinhação com base na percepção sonora. Ren já estava há alguns dias sem voltar para casa, sempre em suas incontáveis missões secretas, e meu pai ainda estava na prisão. Eu queria que minha independência fizesse com que minha mãe se sentisse mais livre, principalmente com a ausência do meu pai, mas infelizmente isso só fez com que ela se sentisse isolada... Presa, para sempre, nas memórias da minha falecida irmã. Não existe nada que eu queira mais no mundo do que sanar essa dor incessante, que queima e machuca de forma improcedente. Não tem um dia que eu não lembre dela.

Ao passo em que as lágrimas rapidamente se formavam e escorriam pelas bochechas, seguindo as leis da gravidade e indo de encontro com o solo seco, eu tentei tomar as rédeas dos meus pensamentos e me distanciar daquelas lembranças tão mórbidas. A pacata área residencial contribuía com uma ínfima variedade de poluição sonora para aquele teste improvisado, então chegava o momento em que eu me via diante da triste realidade de ter que testar-me utilizando o som dos passos dos cidadãos.

Os passos da pessoa mais próxima da minha localização eram pesados, parecia estar utilizando um calçado de madeira, o que não é tão comum assim entre as famílias que residem nessa área. O som resultante poderia ser facilmente reconhecível se eu o ouvisse novamente daqui a alguns dias. — Acima do peso, calçado de madeira... — continuei tentando analisar o som que se aproximava, até que uma pequena fagulha metálica se fez presente. — Joias? — conclui que possivelmente tratava-se de uma mulher, acima do peso, com algum acessório como pulseiras ou colares.

Eu abri ambos os meus olhos quando me dei por finalizado e inclinei levemente a cabeça, procurando pela figura que representasse os sons que havia ouvido até então. Eu estava parcialmente correto, realmente se tratava de uma pessoa acima do peso com muitos acessórios, porém era um homem. — Tsc. Não devia ter suposto o gênero só por conta do som dos acessórios. Idiota. — a decepção com minha performance era clara. Errar por algo tão mínimo era até mesmo ofensivo. Por isso, eu continuei.

Fechei meus olhos novamente para voltar a me concentrar completamente na audição. Muitos passos colaboravam para a criação de uma sinfonia catastrófica nada organizada entre a multidão de pessoas, que começavam a sair de suas casas para começar o seu dia. O fluxo estava ainda maior do que antes, e começava a se tornar uma grande dificuldade focar-se completamente em uma única fonte sonora. Quando os primeiros passos começaram a vir em minha direção, eu consegui designar o meu alvo.

— Duas pessoas... Juntas. — a sincronia entre os sons gerados pelo caminhar indicava claramente que estavam juntas. — Uma criança... — Um dos passos era leve, quase imperceptível, dado o seu peso tão diminuto em comparação à pessoa ao lado. Tentei focar-me na região de origem daquele som, parecia estar a pouco mais de dez metros. — Calçado de borracha... Nenhum som metálico... Espera. O que é esse som? — um som não característico começou a se evidenciar, por parte da criança. — Parecia uma lambida... Um sorvete? Não, não pode ser... O clima não tá tão favorável para isso. Fez novamente... Já sei. Só pode ser um pirulito. — talvez conseguisse obter mais informações se continuasse, porém, a curiosidade foi muito maior e eu abri os olhos, confirmando todas as minhas afirmações.

Ver aquela criança se lambuzando com seu pirulito conseguiu me recordar que eu não havia comido até então. Já se passaram algumas dezenas de minutos desde que havia iniciado essa prática, e ela já foi útil o suficiente para me alertar de uma parte da percepção que havia ignorado até então. Com tão pouco tempo de treino obviamente minha performance não seria uma das melhores, porém era animador pensar que poderia trabalhar mais nesse avanço futuramente. Com isso, eu dei fim ao treinamento e junto a ele, ao meu momento de repouso.

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Re: II. Takami KeitaroTer Jun 21, 2022 10:13 pm

— Treinamento Aprovado


Comentário: Gostei muito da forma como o texto seguiu uma crescente no treinamento de percepção desde o início, notando primeiramente as coisas mais comuns e até um pouco incomum do ambiente e foi se expandindo até o momento em que Keitaro colocou em prática sua ideia/brincadeira de percepção, formando uma ambientação divertida e interessante para a leitura. Por conta do desenvolvimento criativo bonificarei o treinamento com +01 em rastreio.

Recompensas: +04 de Percepção (Já dobrado pelo Evento de Reinauguração) +01 em Perícia de Rastreio (Não dobravél pelo Evento).
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Re: II. Takami KeitaroQui Jun 23, 2022 7:32 am


think

— Vamos lá, Keitaro. O que você faria para fugir de Kumogakure sem ser visto?

Por conta do clima, eu e Ren estávamos presos dentro de casa condenados ao mais absoluto tédio. Hoje era um dos poucos dias que meu irmão mais velho estava em casa, e ele iria me ajudar a melhorar minha luta corporal, porém por conta do imprevisto tivemos que elaborar uma brincadeira não tão interessante para passar o tempo.

— Eu aproveitaria que estamos no inverno e vestiria roupas pesadas que camuflem bem a minha identidade. Quando estivesse de madrugada eu iria tentar fugir pelo portão, onde tem pouca vigilância.

Ren respondeu à minha afirmação com um olhar de desdém.

— Bora, Keita, se esforça um pouco mais. Você não tá nem dando uma chance.

— Argh... Eu esperaria a madrugada e tentaria encontrar uma saída alternativa do vilarejo, se não conseguisse, iria observar a rotina dos guardas e procurar uma brecha em seus horários, um momento em que eu conseguisse passar por eles sem ser notado. Se necessário, eu usaria o Shikigami no Mai para reduzir minha massa corporal deixando parte dos papeis para trás.

A resposta parecia agradar Ren bem mais do que a anterior.

— Gostei, mas ainda tá muito simples. Enfim, agora você tá fora do vilarejo, no meio do frio. O que vai fazer?

— Um abrigo seria minha prioridade. Tentaria procurar uma caverna entre as montanhas onde eu pudesse me proteger do frio e me esconder do fluxo de pessoas que entram e saem do vilarejo.

— Vai ficar aí para sempre?

— Não. Depois de estabelecer um local eu vou descansar e consumir parte dos alimentos que trouxe comigo na fuga. Depois disso, vou começar a caminhar em direção ao pequeno vilarejo vizinho mais próximo, para reabastecer meus recursos e me informar sobre a rota para o país da Geada.

— País da Geada? Escolha interessante. Por que escolheu eles?

— Em meio a todos os acontecimentos eu não acho que eles vão se preocupar com um ninja de Kumogakure, principalmente por sermos seus aliados. Eu teria que tomar cuidado para manter um disfarce, mas acho que conseguiria encontrar um local entre os pequenos vilarejos da Geada.

— Não acho que ocorreria assim. Não é tão simples invadir um país dessa forma, mas vou permitir que você continue. Você conseguiu abrigo na Geada, que não sabe que você fugiu de Kumogakure. E agora? Vai viver aí? Fugiu de Kumogakure para se tornar um cidadão de um vilarejo menor?

— Eu não tenho a mínima intenção de fugir de Kumogakure, foi você que me fez fugir, porra! Óbvio que não faz sentido, é um plano que eu to improvisando por livre e espontânea pressão. Que saco. Bom, eu to fugindo para Kirigakure porque eu concordo com as ideias idiotas do Mizukage, e quero me juntar a eles para guerrear contra a Geada. Tá bom esse motivo?

— Tá ficando interessante. Como você fugiria da Geada e iria chegar em Kirigakure? Eu sei que você não sabe muito de geografia, então me vejo na necessidade de te alertar que você terá que cruzar o oceano para alcançar o país das ondas, atravessar a Ponte Naruto, para só enfim conseguir adentrar no território do país da Água.

— Que merda. Foi falta de atenção. Devia ter escolhido algum lugar com menos água como destino. Eu tentaria me informar sobre rotas comerciais... Não. Pera! Na verdade, eu iria me candidatar a uma missão de espionagem. Tentaria convencer os superiores do país da Geada a me lançarem em uma missão de espionagem em Kirigakure, utilizando todo o meu carisma para isso. Assim, eu conseguiria chegar lá sem muitos problemas, já que me forneceriam transporte.

— Sem chance, Keitaro. Você não é idiota e sabe que o mundo não funciona assim. Bota essa cabeça para funcionar e pensa em uma resposta decente.

— Você não tem noção do quão chato isso tá sendo. Bom... Após entrar no país da Geada eu tentaria buscar informações em algum pequeno vilarejo que se situasse próximo ao mar. Provavelmente haveriam pescadores por lá, ou qualquer tipo de comerciante que use embarcações. Eu buscaria informações sobre as rotas de comércio de Kirigakure, se há ou não formas de adentrar o vilarejo, mesmo durante a guerra. Tá bom assim?

— Eu estou vendo que você não tá mais com vontade de continuar. Outra hora a gente termina. Nem tudo é treino físico, Keitaro. Você precisa dar mais valor aos exercícios mentais que eu te proponho. Eu sei que você não pretende fugir do vilarejo, e mesmo se pretendesse eu iria te impedir, mas é importante que você saiba resolver problemas e gerenciar crises. São fundamentos necessários para todos os ninjas.

Eu revirei os olhos, mas continuei ouvindo.

— Existem inúmeras falhas no seu plano. Você não conseguiria adentrar o país da Geada com mais facilidade por conta da guerra. Na verdade, seria ainda mais difícil, já que a segurança está aumentada para evitar espiões e invasões do vilarejo inimigo. Além disso, você não tem o mínimo senso geográfico necessário para encontrar uma aldeia ou vilarejo dentro do território de um país. As chances de você morrer congelado são muito maiores do que as de você encontrar um local para descansar.

— Acho que você tá passando muito tempo fora, e não deveria supor essas coisas de mim. Eu estudei bastante sobre a localização dos países e seus territórios. Eu não sou mais aquele pirralho idiota de um tempo atrás, Ren. Sou muito grato por essa sua tentativa de ajuda, mas acho que consigo "exercitar minha mente” sozinho a partir de agora.

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Re: II. Takami KeitaroQui Jun 23, 2022 3:24 pm

— Treinamento Aprovado


Comentário: Acredito que em algumas variadas variações do multiverso do Lasting o Keitaro seja, de fato, um péssimo criminoso e tenha sido capturado diversas vezes em suas tentativas de fuga ou de se manter fora do vilarejo. Bom, por sorte, você não é esse Keitaro né? Eu gostei do seu treino, você desenvolveu a inteligência através de um lado lógico de raciocínio rápido de uma situação hipotética, e o feedback final do Ren lhe permitiu um melhor aprendizado.

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Re: II. Takami KeitaroSáb Jun 25, 2022 11:56 pm


think

Eu não tinha permissão para falar enquanto estivesse dentro daqueles salões. A cada novo passo que dávamos em direção às profundezas daquele laboratório, mais escuro ficava, e eu conseguia a todo momento sentir o odor de uma substância desconhecida, que causava ardência nas narinas e olhos. Ren era o responsável por me guiar diante daquele cenário desconhecido, e se não fosse por sua presença eu provavelmente estaria me cagando de medo.

Eventualmente eu me vi diante de uma sala completamente vazia, com as paredes, incluindo o chão e o teto, completamente pintadas de branco. À minha frente estava um telão, com a imagem de um quadrado azul. Depois de um segundo, o quadrado azul se transformou em um triangulo verde, que se transformou em um retângulo laranja, e continuou em uma sequência de figuras geométricas cada vez mais complexas, com cores diferentes, porém que inevitavelmente acabavam tendo certa semelhança depois de algumas imagens.

O telão parava, e então um letreiro aparecia, com a palavra “organize”.

Eu me encontrava nessa situação após conversar com Ren sobre meus avanços intelectuais. Ele dizia que queria me levar em um lugar, dentro do prédio especialista em inteligência de Kumogakure, para testar o meu nível cognitivo. Esse primeiro teste, ao que aparenta, possui o intuito de testar minhas habilidades de memorização. Imaginei isso no momento em que vi a segunda figura, então já depositei toda minha atenção em decorar aquela sequência.

Uma a uma eu organizei as figuras mostradas pelo telão, me esforçando ao máximo para lembrar-me cada um dos detalhes. Era difícil diferenciar os distintos tons da mesma cor, mas eu tentava me guiar pelas formas geométricas, até que finalmente conseguisse reunir com excelência todos os vinte símbolos. A resposta do telão foi positiva, mostrando que eu tinha sucesso em meu teste.

Eu prossegui para a próxima sala, e nela tinha um homem sentado. Eu me aproximei, acenando, e sentei-me à sua frente. — Você está diante da seguinte situação: Uma mulher está caindo de um prédio à sua esquerda, enquanto uma criança está prestes a ser atropelada por uma carroça à sua direita. Qual a sua reação? — Essa foi a fala do homem, assim que eu me sentei. Depois de sua fala, ele apertou o que parecia um cronometro, e eu percebi que o teste havia se iniciado.

Eu tinha que salvar os dois. Eu tinha isso cravado profundamente em minha mente. — Eu ativaria minhas habilidades do Shikigami no Mai e arremessaria uma manipulação em forma de espiral contra a posição da criança, atingindo-a com os papeis e lançando ela para trás. Ao mesmo tempo eu abriria minhas asas e voaria em direção a mulher, tentando captura-la no ar e impedi-la de cair no chão. — Respondi, quase que instantaneamente, mostrando meu controle emocional mesmo em momentos de crise simulada.

O homem apontou para a saída da sala e eu caminhei em direção a próxima. No momento em que passei pela porta da sala eu me vi diante de uma escuridão maciça. O quarto não tinha paredes e nem chão, apenas o vazio que me abrigava. Quando percebi isso eu já comecei a suspeitar de uma possível ilusão. No cenário começou-se a construir imagens de memórias passadas, faziam-me reviver os poucos momentos que tive com minha irmã mais nova. O meu peito ardia, eu estava completamente devastado com aquela cena, mas tinha noção de qual era o desafio. Com lágrimas escorrendo, eu juntei ambas as mãos e conturbei o meu fluxo de chakra, removendo aquela tão doce ilusão.

Com o fim daquele teste, ainda me restavam algumas salas a serem exploradas.

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Última edição por Kaya em Seg Jun 27, 2022 7:49 am, editado 2 vez(es)
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Re: II. Takami KeitaroDom Jun 26, 2022 2:12 pm

— Treinamento Aprovado


Comentário: Gostei do desenvolvimento centrado na inteligência que você inseriu no treino desde o inicio dele, através do plot dele você conseguiu abordar mais do que apenas um único ponto do atributo, mostrando a maturidade desenvolvida por Keitaro.

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Re: II. Takami KeitaroSeg Jun 27, 2022 7:49 am


memories

Com a chegada do inverno muitas memórias são revividas pela minha família. Uma delas, e que tenho um apreço sem igual, é a de minha mãe se esforçando para tricotar peças de roupas coloridas e confortáveis, para esquentar seus filhos e manter todos dentro de um estilo similar. No entanto, desde os prévios acontecimentos, como a perda da minha irmã mais nova, minha mãe nunca mais se dispôs àquela tarefa banal, mas que eu sentia tanta falta.

Agora como um ninja e com meu próprio salário, eu me vejo em uma constante obrigação de auxiliar minha mãe de inúmeras formas. Dessa vez, eu gastei parte do meu salário com materiais para tricô, e resolvi preparar uma oficina improvisada em nossa cozinha, aproveitando a ausência do meu pai e de Ren, para tentar animar minha mãe a voltar a reproduzir aquela atividade.

Estávamos sentados diante dos materiais e eu tentava fazer qualquer coisa que conseguisse montar com aquelas tricotadas inexperientes, mas minha mãe não parecia nem um pouco atraída. — Porra! Isso não faz sentido. Quanto mais eu tento fazer alguma coisa, mais as linhas se embolam e tudo se desmonta! — Expressei parte de minha frustração, o que culminou na aproximação de Kazuna, que colocou suas delicadas palmas sobre o dorso das minhas mãos, me guiando.

Por mais que não falasse muita coisa, eu conseguia entender aos poucos o que estava fazendo de errado. Os movimentos com as mãos deveriam ser minuciosos, e anteriormente estavam sendo completamente aleatórios. Os dois “gravetos” que estava usando para intercalar as linhas de tricô também tinham que ser empunhados com mais firmeza, e os resultados começaram a surgir no momento em que comecei a entender essas falhas.

Por um instante eu podia ter certeza que vi um sorriso breve aparecer no rosto da minha mãe, porém quando voltei o olhar para ela novamente ele já havia se apagado. Fazia tempo que eu não tinha uma interação como aquela com ela. Nós continuamos, sem falar uma palavra para o outro, nos comunicando unicamente por meio daqueles fios que se entrelaçavam e aos poucos construíam a figura de algo que estava muito longe de ter um nome.

Para cima, para baixo, intercalando. Os gravetos se cruzavam, e nossas mãos sempre se mantinham firmes juntas. A partir daquele momento eu já havia entendido como funcionava a técnica para o tricô, porém eu não conseguia parar de fingir que necessitava de ajuda, só para manter pela maior quantidade de tempo possível aquela imagem que pensei ter perdido há tanto tempo de minha mãe.

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Re: II. Takami KeitaroQui Jun 30, 2022 7:51 am


falling

Me perder entre os pensamentos e tentar entender a efemeridade de coisas banais do nosso mundo sempre me guia em um caminho sem volta à mais profunda tristeza. Pensar que nunca tinha visto o mar, e que ele poderia simplesmente desaparecer, me parecia uma ideia inconcebível. Eu tenho plena noção de que o mar não vai simplesmente sumir de um dia para o outro, não sou idiota, mas mesmo assim, são pensamentos que não consigo evitar. Isso surgiu quando comecei a racionalizar um pouco mais em relação a perda de Sophie, minha irmã mais nova, e eu percebi que tenho muito medo de qualquer tipo de mudança na minha vida.

Essa linha de pensamentos era o que me mantinha distraído em um treinamento um tanto quanto peculiar. Apesar disso, estava com nível de concentração suficiente para a futilidade daquela ação em comparação aos grandiosos poderes de um ninja. Com o chakra formado como uma película sobre as solas, eu mantinha o equilíbrio acima do cume mais estreito dentro do território de Kumogakure. A zona que tinha para me manter em equilíbrio era não muito maior que uma agulha, e não acomodava mais do que um pé.

Obviamente, o Shikigami no Mai estava a todo momento em uso, mantendo-me seguro de que mesmo com o maior dos erros eu conseguiria sair ileso. Conforme o vento tentava consecutivamente obter vitória sobre meu domínio, eu exercia força suficiente para resistir seu aperto e me manter em constante equilíbrio. Eu precisava alcançar aquele equilíbrio não só de forma física, mas também psicológica. Aqueles pensamentos representavam fraqueza.

Algumas coisas no mundo não são efêmeras. O mar não vai sumir, assim como as montanhas não sumirão. A depressão da minha mãe talvez não seja efêmera, e Sariel... Eu espero que Sariel não seja efêmero. Nesse momento, ao alcançar esse caminho entre os pensamentos, eu me desequilibrei, e fiquei pela primeira vez prestes a cair. A perna esquerda, que estava erguida, começou a balançar, enquanto a articulação na altura do joelho da perna direita começou a estremecer, mas logo consegui voltar ao controle após me focar completamente no treinamento.

O receio de falhar me fazia prestar mais atenção no treinamento, e esse esforço demasiado retirava completamente a dificuldade daquela banal tarefa. Nesse momento, eu tive uma ideia que poderia contribuir para a minha morte prematura, mas resolvi seguir em frente. O chakra que sobrepunha os pés era completamente retirado. Agora, teria que me equilibrar de verdade, sem o auxílio da propriedade aderente que o chakra conseguia assumir.

Eu conseguia sentir minha pele queimar a cada nova rajada de vento que vinha contra minha direção, e elas eram numerosas. O frio se estabelecia por todo meu corpo e cada vez mais eu não conseguia evitar a tremedeira. Eu tentava, com toda minha habilidade, me manter em equilíbrio mesmo com o corpo estremecido, porém estava se tornando cada vez mais difícil. Em determinado momento, eu simplesmente troquei de perna em um ágil movimento, deixando com que minha outra perna descansasse um pouco.

Para me proteger do frio, eu me cobri com minhas próprias asas, que eram úteis o suficiente para me protegerem da friaca, mas faziam com que o treinamento se tornasse três vezes mais difícil, já que tinha mais peso necessário a manter em constante equilíbrio. Eu me esforçava ao máximo para não me afogar em meus pensamentos novamente, tentando sempre me manter em completo controle daquela situação, mas após alguns minutos, eu simplesmente escorreguei, e caí.

Senti meus glúteos se arrastarem sobre a superfície da montanha, em um deslize que desgastava completamente minhas vestimentas. Eu tentava concentrar meu chakra para formar uma película fina sobre meu corpo, tentando com isso reduzir meus ferimentos, e obtinha sucesso, porém não conseguia levantar voo com o Shikigami no Mai.

Enquanto a gravidade fazia questão de me aproximar cada vez mais do chão, eu me via diante de diversos rochedos que poderiam me causar graves ferimentos caso não conseguisse evita-los. Em uma ação rápida, eu movi uma das asas de papel e me impulsionei para o lado, escapando de seu alcance. Quanto ao segundo, eu fazia o mesmo movimento de forma inversa, porém ao desviar minha rota eu batia de frente com um novo rochedo.

A manipulação dos papeis era a responsável por desmaterializar todo o meu corpo e recompô-lo no ar livre, materializando minha aparência física cinco metros acima do impacto, onde permaneci inerte, voando. Suspirei profundamente, cruzando os braços em completo desamparo.

Eu definitivamente não estou contente com toda minha performance física e emocional. Não aguento mais me sentir refém dos mesmos pensamentos: Sophie, Ren, Sariel... É um ciclo vicioso que me torna fraco, que me prende. Eu odeio estar preso. Valorizo muito a liberdade da minha mente, porém é comum ela pregar peças nos piores momentos, retirando à força toda a minha vontade de fazer algo, ou em casos mais extremos, até mesmo de viver.

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Re: II. Takami KeitaroSeg Jul 04, 2022 3:09 pm

— Treinamento Aprovado


Comentário: Ambos os treinamentos foram realmente surpreendentes de ler. Eles são bem escritos, bem desenvolvidos e ambos reforçam o amadurecimento crescente que Keitaro anda alcançando em sua cabeça, principalmente a forma como constantemente ele lida com o fato de seus sentimentos soarem como fraqueza. No primeiro, o laço com sua mãe é muito sútil, genuíno e emocionante. Já no segundo, ver o medo que Keitaro tem de perder quem ama — e o ressentimento por aqueles que já perdeu — é algo que nos envolve do início ao fim. Em partes, você realmente tem um desafio daqui em diante, seus treinamentos devem chegar a um novo patamar, mas eu consigo ver a evolução e aprendizado de Keitaro pelos dois treinos e, pela maneira divertida, interessante e bem-estruturada que os dois treinos foram moldados, eu vou conceder +01 de Agilidade para Keitaro, seria em inteligência, mas infelizmente você já maximizou esse atributo, então acredito que agilidade seja o bônus de melhor encaixe.

Recompensas: +03 de Destreza, +01 de Agilidade.
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Re: II. Takami KeitaroQua Jul 06, 2022 8:29 am


watching

Alheio em meio aos grandiosos campos utilizados para treinamento pelos ninjas do vilarejo, Keitaro travava uma exímia batalha contra seus pensamentos para manter-se conciso com a realidade, distante da profundeza que é sua imaginação. Sobre um rochedo qualquer entre a imensa cordilheira, ele analisava o comportamento dos outros ninjas de seu vilarejo, tentando entender as diferentes formas que eles se comportavam em combate, com o intuito de que com o fim daquela observação conseguisse começar a desenvolver seu próprio estilo de combate, para aperfeiçoar seus movimentos em uma arte específica.

Uma dupla se encontrava a algumas dezenas de metros de distância. Keitaro os observava com certo rigor, percebendo que se tratava de um jovem e seu pai, praticando com duas espadas de aço. Mesmo com o tímido sol do inverno banhando seus movimentos característicos, as espadas não emanavam brilho algum, claramente revelando seu material nada valioso. Os golpes do mais velho eram interceptados com grande habilidade, em aparos graciosos que despertavam fagulhas de empolgação. Aparentemente, o mais novo ensinava o mais velho, e não o contrário.

Inspirado pelo embate de seus companheiros de vilarejo, Keitaro mantinha-se estático sobre o diminuto cume não muito distante dos protagonistas daquele treinamento. O genin se emocionava com a evolução daquele treinamento, começava a torcer para que o ninja mais velho conseguisse tocar o mais novo com sua lâmina. Cada nova estocada era uma vibração interna, observando com cautela cada erro que era cometido pelos dois, de esquivas falhas até golpes não tão certeiros.

Depois de alguns minutos, o ninja que anteriormente estava na defensiva começou a avançar em rápidas investidas. A partir de uma observação com bastante atenção, Keitaro tinha conseguido perceber que o ninja não desviava de golpes, apenas os aparava. Agora, na posição ofensiva, ele realizava saltos e cortes simultaneamente, em intervalos aparentemente aleatórios. O seu opositor tentava evitar os golpes da melhor forma que conseguia, mas seus movimentos eram desprovidos de qualquer gracejo, e fadados à falha.

Com o avançar daquele novo aspecto do treinamento, Keitaro conseguia notar que não se tratavam de movimentos aleatórios partindo da ofensiva, mas sim movimentos sincronizados com marcações específicas e simples, quase como se ele esperasse que seu oponente visse sua repetição e aprendesse com isso. Seus golpes repetiam a mesma sequência: Três passos lentos para frente com uma estocada, um passo para trás com o recuo da espada, um salto com um golpe forte, três golpes fracos após estabilizar-se no chão.

Entretanto, o mais velho não parecia notar na dica deixada pelo seu opositor, e perceber isso fazia com que Keitaro se sentisse ansioso, alimentando sua vontade de interferir naquela experiência para chamar a atenção daquele ninja. — Tsc. Observar é muito chato. Talvez eu deva voltar a treinar com Ren... — Resmungou o Genin, com a brisa invernal sendo sua única ouvinte. Farto do incomodo causado por observar aqueles ninjas batalhando, Keitaro se dirigiu até sua casa, esperando que pudesse descansar para que no dia seguinte voltasse a treinar com seu irmão mais velho.

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Re: II. Takami KeitaroSáb Jul 09, 2022 11:53 pm


faster

As notícias da guerra estão ficando cada vez mais frequentes, e é possível observar suas consequências mesmo nas menores ações do alto escalão do vilarejo. Há poucos dias atrás eu e Sariel arriscamos nossas vidas para levar suprimentos e armamentos para o país da Geada, e os genins estão cada vez mais sendo submetidos a longas rotinas de treinamentos. Conhecer Susume e Chloe me fez perceber que nem todos os genins são tão experientes quanto eu, e isso me trouxe grande preocupação. Uma missão simplória se transformou em um massacre sangrento, e me tortura pensar que se fossem Susume e Chloe no nosso lugar o resultado seria possivelmente diferente.

Os últimos dias foram exaustivos, e os que virão serão ainda mais. Eu quero me tornar forte, eu quero ter poder e influência para conseguir ter influência sobre essa guerra. Eu quero conseguir proteger quem eu amo. De acordo com meus padrões e minha visão sobre o mundo, a guerra nunca foi e nunca será uma aliada da liberdade, porém ver o Mizukage marchar contra tudo o que eu acredito me obriga a querer participar.

Estamos provavelmente passando pelos dias mais frios que Kumogakure já viu nos últimos anos. As repentinas nevascas dificultam qualquer atividade ao ar livre, porém eu tento sempre continuar meus treinamentos, apesar da adversidade. As grandes asas de papel me mantêm a muitos metros acima do chão, praticamente alcançando as nuvens, em uma altura que me torna muito mais suscetível ao efeito do frio. Meu corpo inteiro está dormente, praticamente congelado, quiçá se não fosse pela influencia da película de chakra sobre todo o corpo já estaria desmaiado.

Ao passo que o chakra sofria uma espécie de combustão para materializar uma pequena película sobre meu corpo, protegendo-me levemente do efeito adverso daquele clima abrupto, eu me mantinha em constante voo, preparando-me para mais uma das diversas arrancadas que estava realizando durante o treinamento. Um único movimento com ambas as asas foram o suficiente para me impulsionar, e através dele comecei um avanço repentino para frente, tentando ser o mais rápido possível.

”Preciso ir mais rápido.” — Era o que eu repetia após cada tentativa, nunca aceitando a mediocridade da minha performance. Eu precisava masterizar os movimentos aéreos do Shikigami no Mai, que vão muito além de simples avanços ou esquivas monótonas. Pairei sob a geada por alguns segundos, e comecei a analisar o pouco campo de visão que tinha à minha frente. A imaginação foi a responsável por simular todos os movimentos que viriam a se tornar realidade dentro de alguns segundos, provavelmente a rotina de movimentos mais ousados que havia tentado realizar até então.

De forma súbita recuei minhas asas, começando a rotina daquele exercício até então inédito. Me vi em queda livre, sentindo o ar gelado cortar minha pele como navalhas. Em poucos segundos eu consegui observar o solo se aproximando, até o ponto em que comecei a me preocupar com a falha. Nesse momento, ambas as asas se abriram novamente, e eu utilizei a combustão do chakra para impulsionar os meus movimentos corporais, utilizando toda a aerodinâmica dos papeis para alterar meu trajeto, utilizando o momentum ao meu favor.

Essa era de longe a maior velocidade que já havia atingido até então. Eu nem mesmo conseguia controlar completamente todos os movimentos do meu corpo. Controlei as asas para voltar a manter a altitude, desacelerando moderadamente enquanto obtinha certa distância vertical. De acordo com a desaceleração, conseguia sentir o meu peito queimar, e um sorriso inevitável se fez presente em minha face. Aquilo foi desafiador e animador ao mesmo tempo, estava completamente em êxtase por conta da adrenalina pulsante em minhas veias. Sequer conseguia sentir o frio agora.

Aquele sentimento de liberdade e êxtase tomou proporções muito maiores do que havia imaginado inicialmente. Durante aqueles poucos minutos eu não senti nada, foi como se todo meu corpo estivesse anestesiado e toda dor desenvolvida por longos 16 anos de vida tivesse desaparecido completamente. Antes que pudesse chegar a qualquer outra conclusão, eu repeti aquela movimentação, recuando ambas as asas e deixando com que a gravidade fizesse seu trabalho.

Ao estar próximo do chão, faria novamente a manipulação do Shikigami no Mai para utilizar o momentum para me lançar em uma investida horizontal, sobrevoando os cumes de Kumogakure em uma velocidade inédita até então. Com a altura alcançada, eu conseguia ver as muitas luzes do vilarejo e todos os prédios principais. Eu nunca havia parado para pensar nisso, porém eu sempre me senti muito privilegiado por ter uma habilidade que me possibilita ter vistas tão belas.

Com o passar do tempo, as luzes do vilarejo e a adrenalina de toda aquela atividade não eram mais o suficiente para me manter anestesiado de todas as consequências do esforço físico feito até então. Estava na hora de descansar, e deixar com que meu corpo tivesse tempo para se acostumar com toda a nova rotina de treinamentos.

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Re: II. Takami KeitaroDom Jul 10, 2022 11:20 am

Olá, Keitaro!

Narrativa muito boa de ler, como sempre. No entanto, tornou-se repetitivo evoluir Percepção assistindo lutas. Há mais formas de desenvolver o atributo, você já tem 15 pontos nele (16 agora) e deve explorar outras coisas para evolui-lo, algo que realmente traga alguma dificuldade pro seu personagem.

+1 em Percepção

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Re: II. Takami KeitaroDom Jul 10, 2022 6:54 pm

Olá, Keitaro!

Ok, eu simplesmente adorei a sua narrativa em 1ª Pessoa. Sério, ficou muito original e divertida de ler, além de que pude imaginar de forma vívida e detalhada o seu treinamento. Meus parabéns e, pela excelente narração, lhe darei +1 ponto em Destreza.

+2 em Agilidade e +1 em Destreza (Extra).

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Re: II. Takami KeitaroSáb Jul 16, 2022 9:33 am


a arte ilusória pt.1

Minha visão estava turva. Não faziam mais do que quinze minutos desde o momento em que havia acordado, estava alheio e pensativo quanto as minhas tarefas ninja e os acontecimentos dos últimos dias. Em meio a uma linha de pensamentos desorganizada, eu comecei a observar objetos específicos pairando sobre o ar do meu quarto, e a atmosfera foi se tornando cada vez mais leve. Conforme minha visão focava-se, eu percebia que se tratavam de penas, e pouco consegui pensar ou fazer antes de ficar completamente inconsciente.

O escuro se apossou totalmente da minha visão, e eu me vi afundando nas trevas, até o momento em que fui trazido de volta, sentindo uma pequena fagulha de um chakra que não era o meu. — Hã? O que foi isso? Ren? — As pálpebras se abriam lentamente, e eu via uma figura familiar diante de minha posição. Ren acenou com a cabeça, e começou a dissertar sobre uma arte ignorada por mim até então.

— Eu tenho observado os seus treinamentos, Keita. Você está ignorando completamente a arte ilusória, e eu não acho isso correto.
— Eu não tenho tempo pra isso, Ren! Eu preciso focar no meu Ninjutsu. É meu principal estilo de luta! Eu não sirvo para essas coisas ilusórias
— Se esse Genjutsu tivesse sido utilizado por um ninja opositor você ficaria preso nele por tempo indeterminado. A sua falta de conhecimento sobre essas técnicas te faz muito mais suscetível a elas. Até quando você vai se fingir de idiota para manter a sua ignorância? Você é inteligente, Keita. Talvez mais inteligente que eu. Mas você continua fazendo essa barreira patética e imatura para se conformar com suas habilidades atuais.

Aquela última fala de Ren era amarga, e doía tanto justamente por se tratar da verdade. Não havia ninguém que me conhecesse mais do que meu próprio irmão, e ouvir aquilo era revoltante, porém esclarecedor. Me emburrei, e as palavras se mantiveram em pequenas fagulhas de pensamentos. Uma mistura de ódio e vergonha se instaurou, percebendo que realmente deveria dar mais atenção a arte ilusória, assim como diversas outras áreas que havia negligenciado até então.

— E como eu faço para aprender isso? Eu não sei absolutamente nada, Ren!
— Simples. Comece lendo. A teoria precede a prática, e o simples fato de você estar ciente de sua falha já é uma melhoria.

Dito isso, Ren se retirou do cômodo por alguns segundos, e voltou com um imenso livro sendo carregado por sua destra. Ele lançou o livro contra a escrivaninha, retirando-se sem falar mais nada. Eu engoli seco, sabendo que estava prestes a começar uma jornada não tão divertida assim.

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Re: II. Takami Keitaro


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